quinta-feira, 17 de maio de 2018

As lições singulars

Sendo a primeira obra de arte dentro do Plano de acção de arte pública de Montreal, as Lições singulares são uma série de referências à vida urbana sobre o relacionamento colectivo.
A Praça Roy apresenta-nos uma mesa tipo fonte em latão que representa o mapa mundo, assim como um conjunto de oito cadeiras esculpidas em bronze, aço inóxidável e latão, ornamentadas com objectos utilitários de usos diferentes utilizados no dia a dia como se pode ver a seguir.
É seguindo a continuação da rua Roy que acompanha a praça
e já no Parc LaFontaine que Michel Goulet criou a segunda fase das Lições singulares a serem apresentadas oportunamente.

Por vezes até certas obras de arte têm a sua história com mais ou menos piada derivado aos factos que a envolvem.
A cadeira abaixo foi roubada da referida praça
e desapareceu durante quinze anos, pelo que tiveram de fazer outra para a substituir. O engraçadinho que deve ter feito por uma brincadeira de mau gosto, pô-la na sua garagem que servia de armazém e nunca mais se lembrou, tal era a sua preocupação. Passado quinze anos resolveu vender a casa e o novo proprietário ao fazer a limpeza deparou-se com a cadeira. Alertou as autoridades, a cadeira foi entregue ao escultor que a voltou a dar à Cãmara e depois de comum acordo foi colocada noutro lado.
Conclusão: - um ladrão muito distraído.

19 comentários:

  1. Um texto muito interessante
    Grande abraço, Chico.

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    1. A obra de Michel Goulet composta de cadeiras soltas nesta praça necessitava de uma descrição para ser compreendida. Assim não tive outra chance, Celeste Maria.
      Abraço

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  2. Curiosa história e é com agrado que me apercebi que voltaste. Como estive ausente uns dias a saborear o calor algarvio, nada comentei pois fiz dieta da Net. Já agora, dizer - te que em Lagos existe a Rotunda das Cadeiras. São quatro cadeiras grandes e iluminadas de noite numa rotunda, embora eu não saiba qual o significado. Mas terei curiosidade em saber ...
    Um abraço
    Abraço

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    1. É verdade, Quito mas desta vez não vos perdi porque o hospital lá me ia emprestando um coputador que punha ao lado da cama e ia escrevendo uns comentários mas não dava para postar. Tendo em casa quem percebe do assunto, arranjou-se um lap top construído de acordo com as minhas necessidades pois tive que transferir grande parte do stock do computador de casa e agora com um protótipo e uma lupa que aumenta trinta vezes posso até publicar, mesmo que volte para o hospital.
      A ida para o hospital foi uma estória muito engraçada pois o médico sem saber o que fazer de mim, mandou-me para o Céu mas o raio do GPS que se avariou e eu fui parar ao Mont Sinai. Olha, safei-me. Uma pessoa nunca deve desanimar, deve aceitar a situação mas nunca baixar os braços e ver o que se passa com uma pitada de positivismo, um sorriso para si e para os outros. Agora não vos deixo mais…
      Cá fico à espera das tuas quatro cadeiras pois isso escrito por ti toma logo outra "aparência".
      Abraço.

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  3. Uma postagem muito interessante.Uma boa série de fotos que são muito bem explicadas"o seu porquê" nas diversas ruas.Muito satisfeito por este bom momento que deixas transparecer neste momento! Esta tua colaboração é excelente!

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    1. Agora estou preparado para continuar a acompanhar este blogue, enquanto fôr tendo "produto" para ir aparecendo, Rafael. O dia de hoje já praticamente passou e o de amanhã… há é verdade… já estou aí amanhã. Como a vida é bela.
      Abraço.

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  4. Pelo aspecto da "cadeira" roubada, parece-me evidente o que se passou: o senhor que a tinha na garagem mudou-se para outra casa... e essa já tinha sanita.
    Abre aço, Chico!

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    1. Muito provávelmente teve medo de caír lá dentro.
      Abraço.

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  5. Interessante colecção de Arte Pública. Gostei, mas do que mais gostei foi do comentário que escreveste ao Quito. És um Homem de garra, com amor à vida e aos que te amam. É aí que vais buscar todas as forças e tem dado bons resultados. Grande abraço.

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    1. 1/2
      Uma pessoa pode escolher ser doente ou viver, Alfredo Moreirinhas. . Se escolhe ser doente, anda sempre a lamentar-se, é um verdadeiro doentinho e põe a fanília e os outros todos doentes. Um ambiente pesado. Anda tudo desfeito. É só tristezas. Se escolhe viver, faz uma vida normal até ao dia que está consciente que vai chegar. Só que esse dia chega a todos, tendo como única diferença que ele tem o previlégio de poder ter a noção do momento. Os outros nem sonham. É claro que também é preciso sorte pois fiz parte da primeira vaga de um estudo experiental radio activo que foi aqui lançado no Quebec em vários hospitais ao mesmo tempo e que se compunha de seis tratamentos. Quando cheguei ao quinto, o médico disse-me que era uma pessoa cheia de sorte porque todos os outros tiham "desaparecido" ao terceuro tratamento. É possível que muito tenha contribuído a forma fisica originada pela bicicleta. Quando terminei o sexto tratamento, deran-me seis meses de garantia em Fevereiro do ano passado e ainda cá vou andando. Depois também conta a nossa forma de ver pois tive uma vez uma pessoa que ao ver eu fazer os tratamentos experimentais que me propunham, veio-me avisar para ter cuidado pois isso era o que os médicos queriam para poderem fazer as suas experiências. Disse-lhe calmamente que se tivessem mais, eu aceitaria pois o que eu quero é viver. Pontos de vista diferente que na vida contam pois os médicos só avançam com um tratamento experimental quando já não há outra chance e se acontecer alguma coisa, ia acontecer na mesma. É todo um protocolo que eles têm de seguir à risca. Por isso nós não somos valentes ou corajosos como habitualmente as pessoas dizem, queremos é viver. Além disso tenho tido á disposição equipas médicas de alto "gabarito" com todo o respeito esta lembrança ao nosso Tonito, que têm tido os meios económicos para terem os produtos certos na hora certa. Ainda agora no hospital Mont Sinai, que é muito mais que um hospital que nos trata com os medicamentos pois estão sempre a nos envolver com muito amor e carinho, vim a aperceber-me que é um centro de pesquisa e que no meu caso não só me trataram como me reconstruíram pois apareci aparentemente normal em tipos de condição de vida que já não tinha há muito tempo. É claro que é toda uma qualida de vida em face de uma doença que paradoxalmente continua o seu avanço inéxorável.

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    2. 2/2
      A profundidade dos seus estudos vão a pontos como este: - devem-se ter apercebido da minha filosofia de vida e perguntaram-me se estava aberto a uma entrevista de uma hora com um médico. Aceitei pois penso que se recebemos tanto, também temos a responsabilidade social de contribuir e assim passei uma hora com esse senhor que o fim era saber como eu conseguia viver com o que tenho com o positivismo que apresento chegando mesmo a um momento em que me apertava com a pergunta. Vou aqui dizer o mesmo e se ajudar alguém seria extraordinário: - é manter os tempos todos ocupados e assim não se pensa na doença, além da aceitação da situação. No fim perguntou-me o que pensava da entrevista e eu respondi-lhe que para mim tinha sido uma entrevista vazia, sem interesse. Respondeu-me que não pois tinha-lhe dado dois pontos fundamentais: o dos tempos ocupado era de um interesse fundamental e um outro que já não me lembro pois isto são tantas pilulas que faz efeito no cérebro, provávelmente a aceitação. Aos pontos a que chegam, não são só as pílulas como todo o meio envolvente. Pois bem, este senhor que queria saber como eu conseguia viver com o cancro de forma tão normal, era um cientista vinda da Suíça. Para aquilo que nos parece não ter grande valor, é um empate de capital muito grande. Nem todos os países têm esta capacidade económica. Mas para aqueles que têm problemas de coenças, penso que tudo passa pela aceitação descontraída da situação sem as mínimas dúvidas e pela ocupação total dos tempos. Além disso neste hospital os médicos a quem eu dou o nome de cientista por tudo o que vi, práticamente não têm gabinetes. Só há um muito piquinino que fica cheio com uns três, tendo os outros que preencher o que têm a fazer nas mesas dos corredores. Assim há um contacto médico/oente muito próximo, que origina um seguimento do doente constante. Aconteceu algumas vezes ir muito bem e ouvir: Mr Silva, tudo bem? Depois de troca de impressões, uma vez lá veio a enfermeira com um medicamento para tomar, também com o seu protocolo. Sempre que dão um medicamento a tomar, as enfermeiras dizem-nos qual é o medicamento, para que serve, os efeitos secundários e as reacções que posso ter. Não abandonam o doente até ter tomado todos os medicamentos, pois por vezes deixa-se caír um ou outro e não se nota mas elas vêm isso tudo e substituem-no logo.
      Depois, muito conta a fanília e os amigos. Jamais tentar pôr água na fervura ou dizer ao doente que por vezes há sempre uma chance em que a pessoa recupera. O doente consciente do seu problema, essa atitude só o revolta, mesmo que não mostre. O ideal é ser-se honesto. Incentivando a pessoa a ter coragem e tudo dentro desse campo, Damos-lhe força e nãi se sente traído por aquele em quem confia.
      No fundo até somos uns previligiados.
      A Daizy conhece isto tudo muito bem.
      Abraço.

      PS: Como vêm, voltei e à próxima ainda vou tentar voltar outra vez. Isto é a melhor demonstração que eles me reconstruíram.

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    3. Ao referir-me acima ao cientista vindo da Suiça, não quiz dizer que tenha vindo especialmente para mim. Como nunca o vi no hospital tanto antes como depois, é possível que esteja noutro hospital em Montreal ou nesta provincia. Também pode ser que dentro dos estudos que faz, esteja aqui a dar uma volta e teha aproveitado. Como o sistema está todo informatizado, é fácil deixarem uma nota que qualquer interessado pode ler.

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    4. GRANDE CHICO! ESTES 3 COMENTÁRUIOS(OS DOIS PRIMEIROS EM ESPECIAL), DEIXARAM-ME A ALMA CHEIA DE UM CONTENTAMENTO DENTRO DE UM DESCONTENTAMENTO...
      APLICA-SE AQUI O NOSSO "ALMA ATÉ ALMEIDA!"
      UM GRANDE ABRAÇO!

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    5. Obrigado pelo comentário Rafael mas francamente, penso que é um contentamento. É certo que nem tudo são flôres mas com os meios que pôe hoje à nossa disposição, uma pessoa vive muito mais tempo com qualidade de vida como no meu caso e de milhares de outros, Assim como pode partir em dignidade para ele e para os outros. É um hospital muito piquinino com cinco andares e muitos poucos quartos em cada andar, mais uma razão porque eu digo que se dedicam à pesquisa e por isso têm quartos de dois e um ou outro de quatro mas só vi um, enquanto o Glen tem individuais. Só que a dinâmica que se vive lá dentro, leva a que as pessoas vivam como numa pequena comunidade. É um hospital em que o doente mesmo que tenha um azar de fazer o que não devia, está sempre tudo bem e é tudo normal. Para ver o que é partir com dignidade, a minha vizinha de quarto esteve a falar com a família antes defechar a luz porque cada um fecha a sua luz quando lhe apetece e eu adormeci com a de vigilancia acesa. No outro dia quando acordei, dei pela falta da minha vizinha. Como tinha estado a falar tão bem na noite anterior, pensei que tivesse ido para casa mas não: tinha partido de vez e o pessoal fez um serviço tão limpo que eu nem dei por nada. Mais, ficou uma pessoa em alerta permanente à entrada do quarto para quando eu acordasse me apoiar psicológicamente se necessitasse.
      Não é possível acabar com as doenças pois quando resolverem umas, aparecerão outras mas não haja dúvidas que há um avanço que nos permite sermos positivos.


      Até vou aproveitar para deixar qualquer coisa de muito simples para aqueles que não conhecem, pois há muitas pessoas que por se sentirem cansadas ou até com pequenas dôres, as dôres sustentáveis, até nem vão ao médico procurar a ajuda necessária, o que não é aconselhável. Ainda hoje cheguei atrazado para comentar a postagem das torres, porque andei umas horas fora. Andar no meu estado é uma belíssima fisioterapia mas não se deve abusar porque por vezes podem aparecer situações inesperadas.
      As pessoas que sofrem de cansaço ou pequenas dôres têm tendência a sentarem-se num ou noutro lugar para recuperar e depois recomeçar. Fazem bem mas o ideal não é descansarem quando se sentem cansadas ou pequenas dôres mas sim quando se apercebem que podem estar para entrar nessa situação. É antes de ter o cansa;co ou as pequenas dôres que a pessoa deve parar e repousar. Em casa pode-se deitar mas na rua quase sempre se assenta e se fôr antes de estar cansada ou com dôres, deve-se deixar estar o tempo necessário mesmo que seja longo mas nunca pensando no já chega.

      O básico é descansar como disse acima: quando se tem a percepção do que pode vir a acontecer. Isto foi-me ensinado em gestão de energias e aplico-o à regra com pleno resultado. Vou ao ponto de saír sempre com um saco com duas rodas como há agora para ir às compras e um dos artigos que levo dentro, é um banco em lona de abrir para o caso de tomar a decisão de me sentar e não haver nada a geito, assento-me no meu banco. Com o tempo a pessoa vai ver que obtem bons resultados.
      Abraço.

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  6. GRANDE CHICO! Fazes tanta falta ao blogue, como o Messi faz ao Barcelona !
    ( Esta do Messi é só para chatear o dono desta espécie de blogue, que só reza a São Ronaldo ! )

    Toma lá um abraço

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    1. Eu nao conheèco as vossa tendências sobre os jogadores mas parece-me que deixam infiltrar-se um avanèçado central que demonstra muita actividade mediática. É claro que há muito produto nas farmácias à disposição do freguês e cujo o valentão é o Pinto da Costa. Enquanto andam só a pensar no Messi e no CR7, o clambeque passa pelo meio.
      Na verdde quem havia de dizer que em tão pouco tempo teríamos alguém a seguir ao Eusébio, não falando no Pinto daCosta.
      Lá vai mais um abraço.

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  7. Ainda bem que esta é chatear o dono do blog, porque unem sei quem é o Messi...

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    1. O Messi é um caramelo que vende farturas nas Ramblas. Um abraço e até domingo ... a oito ...em prícipio ...

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    2. Para o Barcelona, é o Messias!

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