Podia vir aqui de uma forma protocolar dar-te os parabéns em dia de aniversário e de memórias. Nunca conseguimos passar este marco da vida sem fazer um balanço do passado. Das coisas terríveis que nos aconteceram na vida que não merecíamos nem ninguém merece. Mas há um outro lado da vida e hoje aqui estou justamente para brindar contigo e lembrar o nosso Bairro. E no nosso Bairro, as damas que o Silva comia sem piedade, os Jesuitas com que o Rui Piçarra se empanturrava, as noites mornas da rua A ao som dos Beatles e a menina de vestido verde que nos punha uma noite a sonhar. O Senhor Janeiro. que de bicicleta cobrava as quotas do Centro de Recreio. O Sequeira que fazia cortes de cabelo que mais pareciam as Escadas Monumentais que davam acesso à Universidade. E o Domingos de faces roxas que engraxava sapatos à força de vinho. E os bailes no Recreativo do Calhabé,
Também os trilhos de África e humidade viscosa que se nos colava ao corpo. E os pôr de sol que eram uma dádiva da natureza. E a maldita guerra. Combatemos e combateste pelo país generosamente, independentemente das razões que te e nos fizeram partir.Andaste por anfiteatros da Universidade e formaste-te em Leis. Fizeste a maior faena de que há memória na Praça de Touros da Figueira da Foz em tempo de Queima e de que ainda hoje se fala com assombro nos cafés da cidade.
Por isso meu caro Rui, por este passado rico, dá uma prenda a ti próprio. Vai almoçar nessa bela Ericeira que também tanto aprecio e come o prato que mais gostas de degustar. Afinal uma forma de te mereceres e de respeitares a ti próprio como cidadão e escritor de eleição que foste que e és.
Que memória a tua. Lembraste me episódios marcantes trazendo me para a frente dos olhos em filme a cores a película a preto e branco que o cérebro tinha arquivado. Tornando os vivos e actuais neste dia de declínio da vida. Só por isso te agradeceria. Mas a nossa ligação justifica um agradecimento mais profundo mesmo quando o silêncio de viagem ao Tempo pretérito nos tolhe as palavras.
Segui o teu conselho é almocei a olhar o mar num restaurante na praia de São Lourenço. Um delicioso espadarte baseado.
Rui Felício, queria fazer-te um poema, queria abraçar-te, queria estar contigo para te dar os parabéns e dizer o quanto te admiro e o quão gratificante foi reencontrar-te graças ao Encontro de Gerações. Invejo muito as tuas qualidades e a tua garra. Lembro-me que sem nunca teres andado de patins, não te negaste a substituir o guarda-redes que era o Morais Sarmento, que tinha apanhado uma bebedeira e não se tinha de pé. - Ó pá, dizias tu, mas eu não sei andar de patins! Não faz mal, diziam os outros, porque o guarda-redes está sempre em bicos dos pés e nem pões as rodas no chão. Lá foste amparado até à baliza e ali cumpriste, estoicamente, a tua função de guarda-redes!... Poucos teriam a mesma coragem. Aparece, pá! Um abraço de parabéns e um beijo da Daisy.
RUI FELÍCIO
Um abraço de parabéns
ResponderEliminarObrigado Rafael
EliminarMuitos Parabéns!
ResponderEliminarFeliz dia de aniversário.
Obrigado jovem amigo
EliminarUm abraço feliz aniversário tchim tchim
ResponderEliminarObrigado Nela
EliminarPodia vir aqui de uma forma protocolar dar-te os parabéns em dia de aniversário e de memórias. Nunca conseguimos passar este marco da vida sem fazer um balanço do passado. Das coisas terríveis que nos aconteceram na vida que não merecíamos nem ninguém merece. Mas há um outro lado da vida e hoje aqui estou justamente para brindar contigo e lembrar o nosso Bairro. E no nosso Bairro, as damas que o Silva comia sem piedade, os Jesuitas com que o Rui Piçarra se empanturrava, as noites mornas da rua A ao som dos Beatles e a menina de vestido verde que nos punha uma noite a sonhar. O Senhor Janeiro. que de bicicleta cobrava as quotas do Centro de Recreio. O Sequeira que fazia cortes de cabelo que mais pareciam as Escadas Monumentais que davam acesso à Universidade. E o Domingos de faces roxas que engraxava sapatos à força de vinho. E os bailes no Recreativo do Calhabé,
ResponderEliminarTambém os trilhos de África e humidade viscosa que se nos colava ao corpo. E os pôr de sol que eram uma dádiva da natureza. E a maldita guerra. Combatemos e combateste pelo país generosamente, independentemente das razões que te e nos fizeram partir.Andaste por anfiteatros da Universidade e formaste-te em Leis. Fizeste a maior faena de que há memória na Praça de Touros da Figueira da Foz em tempo de Queima e de que ainda hoje se fala com assombro nos cafés da cidade.
Por isso meu caro Rui, por este passado rico, dá uma prenda a ti próprio. Vai almoçar nessa bela Ericeira que também tanto aprecio e come o prato que mais gostas de degustar. Afinal uma forma de te mereceres e de respeitares a ti próprio como cidadão e escritor de eleição que foste que e és.
Parabéns !!!
Quito Pereira
Que memória a tua.
EliminarLembraste me episódios marcantes trazendo me para a frente dos olhos em filme a cores a película a preto e branco que o cérebro tinha arquivado.
Tornando os vivos e actuais neste dia de declínio da vida.
Só por isso te agradeceria.
Mas a nossa ligação justifica um agradecimento mais profundo mesmo quando o silêncio de viagem ao Tempo pretérito nos tolhe as palavras.
Segui o teu conselho é almocei a olhar o mar num restaurante na praia de São Lourenço.
Um delicioso espadarte baseado.
Um abraço Quito
Rui, Felicito-te!
ResponderEliminarBem hajas Paulo
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarParabéns. Muitos e bons com os originais contos que já são a tua marca. Um abraço amigo.
ResponderEliminarObrigado Adão.
ResponderEliminarUm abraço
Rui Felício, queria fazer-te um poema, queria abraçar-te, queria estar contigo para te dar os parabéns e dizer o quanto te admiro e o quão gratificante foi reencontrar-te graças ao Encontro de Gerações. Invejo muito as tuas qualidades e a tua garra. Lembro-me que sem nunca teres andado de patins, não te negaste a substituir o guarda-redes que era o Morais Sarmento, que tinha apanhado uma bebedeira e não se tinha de pé. - Ó pá, dizias tu, mas eu não sei andar de patins! Não faz mal, diziam os outros, porque o guarda-redes está sempre em bicos dos pés e nem pões as rodas no chão. Lá foste amparado até à baliza e ali cumpriste, estoicamente, a tua função de guarda-redes!... Poucos teriam a mesma coragem.
ResponderEliminarAparece, pá! Um abraço de parabéns e um beijo da Daisy.
Foi nas Minas da Panasqueira.
EliminarQuando o árbitro apitou para as equipas se perfilarem deixaram me sem apoio e comecei a deslizar.
Ainda ouvi da bancada :
- estes gajos nem sabem andar de patins @
É de Homem, carais!
EliminarO problema não era do brilhante Guarda - Redes. Os patins é que tinham sido comprados numa loja dos 3OO !!!
EliminarUm grande abraço meu caro amigo por mais este aniversário.
ResponderEliminarQue vivas muitos anos.
Parabéns.
Zé Afonso
Obrigado Afonso
EliminarParabéns e mais um grande abraço.
ResponderEliminarObrigado Celeste
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