domingo, 31 de maio de 2020
COIMBRA ANTIGA,,,, Tivoli
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sábado, 30 de maio de 2020
ANIVERSÁRIO
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Aniversários
sexta-feira, 29 de maio de 2020
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS Teatro Avenida
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quinta-feira, 28 de maio de 2020
ANIVERSÁRIO
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quarta-feira, 27 de maio de 2020
ANIVERSÁRIO
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segunda-feira, 25 de maio de 2020
OS FRESCOS ...
…
a sobrevivência vinda do céu ...
Alguns dos que combateram em África, sabem o significado da
palavra “frescos”. Sobretudo aqueles que, como eu, estiveram em zonas remotas,
na linha de fronteira com o antagonista. Durante uns longos dezoito meses de
uma comissão de mais de dois anos, vivi perto de um covil de guerrilheiros e de
abelhas assassinas. Por vezes, nessas zonas despovoadas, faltava a comida.
Arroz era o prato de luxo para quem não tinha mais nada para digerir. Então, nesses momentos, avançavam os
“frescos”, que mais não era que comida lançada do ar em paraquedas por aviões
da Força Aérea. A nossa sobrevivência alimentar tornava-se sempre um reboliço
com a chegada dos géneros alimentícios tão necessários. Uma manobra perigosa,
que requeria muita atenção pelo peso dos enormes caixotes que batiam no chão
com violência, apesar de virem seguros por paraquedas. Com o entusiasmo, os
soldados num impulso queriam invadir a zona onde caíam os “frescos”, mas logo
eram contrariados pelos seus superiores para que não sucedesse qualquer
acidente grave. E, realmente, na nossa Base de Canjadude nunca sucedeu. Em
determinado dia, indo de Bissau para o Gabu, aconteceu – me viajar num avião
que ia lançar os “frescos”. O paquiderme voador levantou voo, para mais tarde
escancarar uma rampa na cauda do aparelho para essa função de lançamento. Por
desdita minha, fiquei no último banco lateral a escassos passos do abismo,
juntamente com dois paraquedistas que empurravam a mercadoria borda fora. Eles,
pelo sim pelo não, iam equipados para a eventualidade de caírem do avião
juntamente com a mercadoria. Foram duas longas horas às voltas, abastecendo
vários aquartelamentos no mato, com a aeronave por vezes a inclinar-se e eu
agarrado ao banco a olhar o abismo, mesmo que preso por um cinto de segurança.
Mas tudo correu bem. Foi mais uma experiência na minha vida militar. O
hilariante nesta história, foi o dia em que um avião sobrevoou a nossa base
para lançar os víveres. Apesar de bem acondicionada, geralmente e com o impacto
no chão, nunca sobrava nem um ovo para fazer uma omeleta. Mas naquele dia foi
pior, porque os enormes paraquedas e respetiva carga caíram em cima de cerca de
cento e cinquenta metros de arame farpado da vedação do aquartelamento que
ficou destruída, bem como toda a estrutura de suporte. E ele, o capitão Gil, de
punhos cerrados para o ar como se os pilotos o ouvissem num português que me
escuso a reproduzir, a dizer furioso mais ou menos isto:
- Imbecis, já não
basta partirem os ovos e ainda me estragam o arame farpado …
É claro que o verbo “estragar”, é apenas um vocábulo
demasiado brando para o português vernáculo que foi dito em irritado desespero...
Q.P.
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA
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domingo, 24 de maio de 2020
ANIVERSÁRIO
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Aniversários
sábado, 23 de maio de 2020
sexta-feira, 22 de maio de 2020
NOTÍCIA TRISTE
FALECEU
JORGE MOUTINHO
JÓ
O Funeral será 3ª Feira em Lisboa.
O corpo estará em Câmara ardente no dia 25 de Maio (2ª Feira) entre as 17 h e as 22h, na Capela Mortuária da Igreja do Beato, calçada de D. Gastão.
No dia 26 pelas 9h00-Capel Mortuária da Igreja do Beato.
10H00 cerimónia de despedida.
10H45 - saída da Capela para o Cemitério do Alto de São João-Lisboa.
11H00-início do funeral
Encontro de Gerações apresenta a toda a famiília as mais sinceras condolências
RECORDANDO GRANDE AMIGO E COLABORADOR DO GRANDE ENCONTRO DE GERAÇÕES DE 2008
LEOPARDOS -Equipamento preto mais claro com gola
Em cima: Rui Bento(fiscal de linha,Renato Santos director, Jó Moutinho,Arcindo Bastos, Fernando Moutinho, Zé Bráz, Zézé Veloso, Raul Pinto, C. Alberto a fiscal de linha, Emilio Gomes
PIRATAS (em baixo): Zeca Simões, Teixeira, Tó Gonçalves, Bétinho Lopes, Paulo Nobre, Fernando Rafael e Tó Jó Veloso(porquê em branco...não sei)
JORGE MOUTINHO
JÓ
O Funeral será 3ª Feira em Lisboa.
O corpo estará em Câmara ardente no dia 25 de Maio (2ª Feira) entre as 17 h e as 22h, na Capela Mortuária da Igreja do Beato, calçada de D. Gastão.
No dia 26 pelas 9h00-Capel Mortuária da Igreja do Beato.
10H00 cerimónia de despedida.
10H45 - saída da Capela para o Cemitério do Alto de São João-Lisboa.
11H00-início do funeral
Encontro de Gerações apresenta a toda a famiília as mais sinceras condolências
RECORDANDO GRANDE AMIGO E COLABORADOR DO GRANDE ENCONTRO DE GERAÇÕES DE 2008
LEOPARDOS -Equipamento preto mais claro com gola
Em cima: Rui Bento(fiscal de linha,Renato Santos director, Jó Moutinho,Arcindo Bastos, Fernando Moutinho, Zé Bráz, Zézé Veloso, Raul Pinto, C. Alberto a fiscal de linha, Emilio Gomes
PIRATAS (em baixo): Zeca Simões, Teixeira, Tó Gonçalves, Bétinho Lopes, Paulo Nobre, Fernando Rafael e Tó Jó Veloso(porquê em branco...não sei)
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS
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quinta-feira, 21 de maio de 2020
O ROMANCISTA
Antes do almoço
Já quase no final...antes do café
Enquanto não contrato um advogado(com curso tirado antes do processo de Bolonha e que tenha passado no exame da Ordem do Marinho), para dar resposta adequada á tua carta(a), vai-te-te entretendo em decifrar esta enigmática foto do J.Leitão
Tive a grande alegria de, neste passado fim de semana, conviver com o “Romancista”, com toda a propriedade assim baptizado pelo Alfredo.
É um dos cromos mais procurados pelos coleccionadores, pela sua simpatia e pela limpidez do seu carácter
Não desperdiça nenhuma oportunidade de alinhavar os tópicos e os rascunhos dos belos textos carregados de sentimentalismo com que mais tarde nos delicia e comove.
Ontem, o ar absorto, em pleno restaurante onde almoçou em Coimbra com um grupo de amigos onde eu próprio me incluía, transferia esses tópicos, desde o seu cérebro para o computador acoplado à cabeça.
Como se demonstra pela fotografia junta que, com a devida vénia aqui publico, da autoria do J. Leitão.
Rui Felício
28-06-2010
2ª foto:dupla J.Leitão e Castelão
A CARTA ABERTA E NÃO SÓ
a)https://(www.blogger.com/blogger.g?blogID=3111280718041980673#editor/target=post;postID=8801079198777098796;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=6461;src=postname
Já quase no final...antes do café
Enquanto não contrato um advogado(com curso tirado antes do processo de Bolonha e que tenha passado no exame da Ordem do Marinho), para dar resposta adequada á tua carta(a), vai-te-te entretendo em decifrar esta enigmática foto do J.Leitão
Tive a grande alegria de, neste passado fim de semana, conviver com o “Romancista”, com toda a propriedade assim baptizado pelo Alfredo.
É um dos cromos mais procurados pelos coleccionadores, pela sua simpatia e pela limpidez do seu carácter
Não desperdiça nenhuma oportunidade de alinhavar os tópicos e os rascunhos dos belos textos carregados de sentimentalismo com que mais tarde nos delicia e comove.
Ontem, o ar absorto, em pleno restaurante onde almoçou em Coimbra com um grupo de amigos onde eu próprio me incluía, transferia esses tópicos, desde o seu cérebro para o computador acoplado à cabeça.
Como se demonstra pela fotografia junta que, com a devida vénia aqui publico, da autoria do J. Leitão.
Rui Felício
28-06-2010
2ª foto:dupla J.Leitão e Castelão
A CARTA ABERTA E NÃO SÓ
a)https://(www.blogger.com/blogger.g?blogID=3111280718041980673#editor/target=post;postID=8801079198777098796;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=6461;src=postname
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O Romancista
quarta-feira, 20 de maio de 2020
ENCONTRO COM A ARTE - POESIA
Flor de Maio que tão intensa floriste
Entre cardos e gumes de cortar o medo
Agarrada ao tronco que anunciaste teu
Revesso no cerne e no marasmo azedo.
Firme vertical sem torcer e sem quebrar
Lança no espaço reflexos da sua essência
Que adejam livres quando os dedos se alongam
E se apresentam em rituais de consonância.
Prendi-me a ti que da manhã antevias noite
No cessar do parto na similitude da haste
Numa rubra névoa estanque na estepe distante
Flor de Maio que batendo pétalas voaste.
terça-feira, 19 de maio de 2020
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA
segunda-feira, 18 de maio de 2020
ENCONTRO COM A ARTE- POESIA
Aqui, no aconchego do meu cantinho...
Como deve estar linda a serra
Coberta de estevas de neve
Para me lembrar a minha terra
E eu, sem poder vê-la assim...
A urze florescerá em breve
Já é tempo da rosa albardeira
Malmequeres, cóleos, alecrim
Do rosmaninho que tão bem cheira...
Mas..., a pandemia não tem fim
As papoilas tingem as searas
Que prometem dar pão das espigas
As chuvas são cada vez mais raras
Pulula o afã nas herdades
Não de rapazes e raparigas
Alegrando o ar com seu cantar
Nem do velho toque das Trindades
A avisar do regresso ao lar
Cansaço que nos deixou saudades
Ai..., pandemia que faz pensar!...
Lá fora canta a chuva forte
Hoje nem o sol vem espreitar
O candeeiro é minha sorte
Não deixa que o escuro do dia
Aprisione o meu sonhar
Na gaiola de melancolia,
Traz musas e gnomos até mim,
Projecta baile de sombras negras
Que invento em lindo jardim
Ouvem-se pios de toutinegras,
Os rouxinóis soltam melodias
Enquanto vou teclando assim!
Talvez adormeça a pandemia...
Georgina E. C. Ferro
Como deve estar linda a serra
Coberta de estevas de neve
Para me lembrar a minha terra
E eu, sem poder vê-la assim...
A urze florescerá em breve
Já é tempo da rosa albardeira
Malmequeres, cóleos, alecrim
Do rosmaninho que tão bem cheira...
Mas..., a pandemia não tem fim
As papoilas tingem as searas
Que prometem dar pão das espigas
As chuvas são cada vez mais raras
Pulula o afã nas herdades
Não de rapazes e raparigas
Alegrando o ar com seu cantar
Nem do velho toque das Trindades
A avisar do regresso ao lar
Cansaço que nos deixou saudades
Ai..., pandemia que faz pensar!...
Lá fora canta a chuva forte
Hoje nem o sol vem espreitar
O candeeiro é minha sorte
Não deixa que o escuro do dia
Aprisione o meu sonhar
Na gaiola de melancolia,
Traz musas e gnomos até mim,
Projecta baile de sombras negras
Que invento em lindo jardim
Ouvem-se pios de toutinegras,
Os rouxinóis soltam melodias
Enquanto vou teclando assim!
Talvez adormeça a pandemia...
Georgina E. C. Ferro
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Encontro com a arte-poesia
domingo, 17 de maio de 2020
ANIVERSÁRIO
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Aniversários
sexta-feira, 15 de maio de 2020
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA sub ripas
A Casa de Sobre-Ribas foi construída, como o primitivo nome indica, na vertente escarpada de uma ribeira, "sobre a riba". A sua edificação aproveitou uma das torres da antiga cerca medieval da cidade, aproximadamente a meia altura da sua encosta mais extensa, voltada para o curso do rio Mondego.
É constituído por dois corpos distintos: a Casa de Cima, ou Casa do Arco, voltada a Leste da rua, e a Casa de Baixo ou Casa da Torre.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910, publicado no Diário do Governo nº 136, de 23 de Junho de 1910.
Nos nossos dias, a Casa de Baixo pertence ao Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e a Casa de Cima é propriedade privada.
NET
quinta-feira, 14 de maio de 2020
O BOMBO ...
amigos inseparáveis ...
Era uma vez um bombo. Um bombo muito bonito e redondinho. Um
bombo colorido que vinha suceder a outro bombo, que tinha desaparecido
misteriosamente nas voltas e reviravoltas de uma romaria. Ficou muito choroso o
dono do bombo. E não descansou enquanto não arranjou um novo amigo. Lá pelas
bandas da Estrela, resolveu o assunto e veio a correr mostrar o novo
instrumento aos seus compadres da viola e do cavaquinho. O grande paradoxo é
que o Castelão fartava-se de bater no bombo que não se queixava de violência
doméstica. Tanto o homem de Penela bateu no bombo, que um dia lhe rebentou a
pele. Ficou de novo choroso com pena do seu rico bombo e o bombo também chorou
e em lágrimas agarraram-se a chorar um ao outro. Então o Castelão, que tinha um
amigo a viver lá palas bandas da Serra, pediu ao Choupalino se lhe levava o
bombo para ser tratado na clínica de Lavacolhos. Dito e feito e num dia de
calor abrasador, o pajem do Castelão chegou à nova e mui formosa cidade do
Fundão onde tinha o cirurgião à sua espera. Ele, com um ar entendido, mirou o
paciente e disse que a doença era grave, mas tinha cura. Com o bombo às costas
rodou para Lavacolhos e o pajem do Castelão para Castelo Branco e tinto. Dias
depois a boa nova: o paciente estava curado e era preciso ir lá busca-lo. Com o
coração aos saltos, o pajem de novo rumou à mui nobre cidade do Fundão, onde
pagou os honorários ao cirurgião e se selou uma amizade encostados ao balcão do
clube desportivo lá do sítio a virar copos de vinho do barril e a comer
azeitonas da Beira – Baixa. Dias depois, na Rua Infante Santo, o pajem
depositou o bombo renovado nas níveas mãos do Castelão que dava vivas de
contente. O pajem, aos pulos, foi pelas ruas do bairro a anunciar a boa nova e
foram todos muito felizes para sempre.
FIM
quarta-feira, 13 de maio de 2020
CHOUPAL DE ONTEM E DE HOJE
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Noticias de Coimbra
terça-feira, 12 de maio de 2020
ANIVERSÁRIO
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domingo, 10 de maio de 2020
SAUDADES DA MALTA!
Olá, amigos queridos !
Custei a vir aqui. Mas cá estou. Ainda não para falar dos momentos maravilhosos passados com vocês.
Domingo, dia 10 de maio, por esta terra chamada Brasil - ultimamente parece ter mudado o nome para Corona - será o Dia das Mães. Bom, para quem gosta de datas comemorativas, esta é mais uma! Os nossos governantes foram infectados com um vírus, também danoso, periculoso e muito visível: as eleições. E estão fazendo de tudo para alterar essas datas comemorativas. Talvez o Dia das Mães seja no Dia dos Pais; o Dia dos Pais no Natal; o Natal não vai acontecer, porque o Papai Noel está em grupo de risco; possivelmente será comemorado no Carnaval....e o Carnaval...bem, no Carnaval o "vírus" dará uma trégua. Afinal, em fevereiro passado, a pandemia do Corona Vírus já mapeava quase toda a Europa, mas por estas plagas (eu disse plagas!) brasileiras, o Carnaval seguiu seu curso.
Enfim, isso tudo para lhes dizer que o Dia das Mães será como qualquer outro, porque filho que é (bom) filho lembra que tem mãe todos os dias. Faz-lhe agrado diariamente. Beija-lhe sempre que a saudade lhe cobra uma visita. E, mesmo estando longe, faz questão de saber notícias. Então, o comércio vai estranhar o prejuízo. Alguns filhos, vão, mais uma vez, culpar algo, alguma coisa ou o Corona Vírus por não presentearem suas mamães, nem uma vez ao ano.
Por que cargas d´água estou abordando isso? Não sei! Talvez a quarentena tenha-me corroído algum neurônio, ainda são. Penso mesmo que queria vir aqui...Quando a gente sente saudades, a gente pensa em quem a gente ama. Quando a gente quer conversar ou jogar conversa fora, a gente faz isso com melhores amigos. Quando a gente quer falar de qualquer coisa, sem que alguém nos interrompa...a gente usa o Blog! rsss
Enfim, vim por conta de vocês! Saudade de todos....
Chama a Mamãe
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Chama a Mamãe
sábado, 9 de maio de 2020
ENCONTRO COM A ARTE - POESIA
A Rosa chegara da eira bem cedinho
Pois vieram os saltimbancos à aldeia
Embora não gostasse de ver a capeia
Não faltava ao circo ou a um bailinho
Foi encher o cântaro num afogadilho
Varreu a casa, preparou a chaminé
Puxou o lume sob a panela tripé
Que mantivera com os carolos do milho
Deitou água na bacia do lavatório
Endireitou bem o espelho para ela
Abriu o sorriso ao ver a imagem dela
Ter cara alegre era mesmo obrigatório
Destrançou o seu cabelo cor de carvão
Encharcou o pente de osso na bacia
E alisou com ele o melhor que podia
As madeixas que ia amparando na mão
Depois traçou o risco muito direitinho
Dividindo metade para cada lado
Que deixou primorosamente entrançado
Com um ágil e habilidoso jeitinho
E, como qualquer moça ainda solteira
Formou um arco com as tranças, no ciminho,
Que fixou com duas ganchas e um ganchinho
Fez as ondas, à frente, à sua maneira
Enfeitou-as com duas travessas castanhas
Com pedrinhas, tais diamantes a brilhar,
Ainda, se foi a mirar e remirar
Mas fazia umas caretas tão estranhas!
Enfiou o vestido novo aos godés
Tinha um tom amarelo, muito clarinho,
Apertou-lhe o fecho lá atrás com jeitinho
E calçou os tamanquinhos novos nos pés
Agarrou o lenço que estava guardado
Passou-o sobre os ombros com galhardia
Lia-se -lhe no rosto tamanha alegria
Sabia que ia conquistar narmorado
De Georgina Ferro
Pois vieram os saltimbancos à aldeia
Embora não gostasse de ver a capeia
Não faltava ao circo ou a um bailinho
Foi encher o cântaro num afogadilho
Varreu a casa, preparou a chaminé
Puxou o lume sob a panela tripé
Que mantivera com os carolos do milho
Deitou água na bacia do lavatório
Endireitou bem o espelho para ela
Abriu o sorriso ao ver a imagem dela
Ter cara alegre era mesmo obrigatório
Destrançou o seu cabelo cor de carvão
Encharcou o pente de osso na bacia
E alisou com ele o melhor que podia
As madeixas que ia amparando na mão
Depois traçou o risco muito direitinho
Dividindo metade para cada lado
Que deixou primorosamente entrançado
Com um ágil e habilidoso jeitinho
E, como qualquer moça ainda solteira
Formou um arco com as tranças, no ciminho,
Que fixou com duas ganchas e um ganchinho
Fez as ondas, à frente, à sua maneira
Enfeitou-as com duas travessas castanhas
Com pedrinhas, tais diamantes a brilhar,
Ainda, se foi a mirar e remirar
Mas fazia umas caretas tão estranhas!
Enfiou o vestido novo aos godés
Tinha um tom amarelo, muito clarinho,
Apertou-lhe o fecho lá atrás com jeitinho
E calçou os tamanquinhos novos nos pés
Agarrou o lenço que estava guardado
Passou-o sobre os ombros com galhardia
Lia-se -lhe no rosto tamanha alegria
Sabia que ia conquistar narmorado
De Georgina Ferro
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Encontro com a arte-poesia
sexta-feira, 8 de maio de 2020
ENCONTRO COM A ARTE - PINTURA Maria Guia -vista de Coimbra
quinta-feira, 7 de maio de 2020
ANIVERSÁRIO
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terça-feira, 5 de maio de 2020
O LODO E AS ESTRELAS - Parte 4
PARTE 1
http://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2020/04/o-lodo-e-as-estrelas-parte-1.html#comment-form
PARTE II
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2020/04/o-lodo-e-as-estrelas-parte-2_22.html#comment-
form
PARTE III
http://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2020/04/o-lodo-e-as-estrelas-parte-3_29.html#comment-form
ELE E A MANHÃ
Veio antes do sol vir. Abri. Lábios grossos, olhos redondos e um pouco saídos, cabelo desgrenhado. Um manto de gelo nos campos. As árvores amochadas. Filtrado pelos zimbros, o sol começou a despontar. Frio e trémulo o braço estendido.
http://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2020/04/o-lodo-e-as-estrelas-parte-1.html#comment-form
PARTE II
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2020/04/o-lodo-e-as-estrelas-parte-2_22.html#comment-
form
PARTE III
http://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2020/04/o-lodo-e-as-estrelas-parte-3_29.html#comment-form
Telmo Ferraz
Naquela comunidade isolada a solidariedade não era palavra
vã. O afastamento de tudo, fazia os residentes unirem-se em laços de amizade.
Naquele templo de solidão havia uma cidade viva. Trabalhavam as máquinas de dia
e de noite. E os “Euclides”, os gigantescos camiões que desciam e subiam as
ladeiras ingremes. Naquele cenário grandioso e avassalador, mais pereciam
pequenas formigas laboriosas. E enquanto os trabalhos decorriam, a escola dava
aulas às crianças. No recreio brincavam, dando um toque de felicidade a uma
paisagem agreste. E havia as festas. Eram então contratados conhecidos artistas
da época, de que Amália Rodrigues terá sido figura maior. A igreja do padre
Telmo trazia o conforto espiritual necessário em terra de crentes. E a piscina
com os seus professores de natação a alegria da criançada. Mas, no meio deste
carrossel de aventura, havia os outros – os tais – mais aventureiros que vinham
à procura do desconhecido e que pagavam no corpo e a angústia da alma o
trabalho precário e uma pobreza nos limites. Aqui fica, para terminar, mais
dois momentos do livro de Telmo:
ELE E A MANHÃ
Veio antes do sol vir. Abri. Lábios grossos, olhos redondos e um pouco saídos, cabelo desgrenhado. Um manto de gelo nos campos. As árvores amochadas. Filtrado pelos zimbros, o sol começou a despontar. Frio e trémulo o braço estendido.
- Entre.
- Sou plantão
duma caserna. Ganho trinta escudos. Tenho mulher e três filhinhos na terra. Não
tenho dinheiro para pagar esta receita …
Quando se
retirou, fiquei olhando no lençol de
gelo os sinais escuros dos seus passos tímidos.
1O de
Janeiro de 1957
MAIS UMA BARRAGEM
O Manuel Nogueira foi para Miranda. Vive na cabana de uma
vinha. O António Martins também. Fez uma barraca com quatro paus e umas sacas
de papel.
A Companhia fez lá um bairro grande. Encheu-se logo ! Há
meses o acampamento começou a levantar. O velho Ford do Laranjeira não tem
descanso. Vai e vem. Dentro da cabina, a ninhada: na carroceria, colchões
velhos e tábuas afumadas.
O bando vai… eu vou também.
Miranda tem Sé!
Miranda tem castelo !
O bando dominou as ruas!
Os bairros romperam as muralhas !
A fúria do trabalho !
Outra vez o princípio!
Mais uma barragem!
3O de Setembro de 1958
Aqui ficaram mais umas pinceladas do livro de Telmo. A saga
das barragens de Portugal. Em nossas casas, no simples gesto de ligar o
interruptor da luz, há uma longa história por detrás. Um passado de martírios
de centenas de heróis anónimos de um país que é o nosso.
Quito Pereira
ENCONTRO COM A ARTE- PINTURA-Aguarela Jardim da Manga
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Encontro com a Arte - pintura
segunda-feira, 4 de maio de 2020
ANIVERSÁRIO
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domingo, 3 de maio de 2020
ANIVERSÁRIO
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sexta-feira, 1 de maio de 2020
GRUPO DE DANÇAS E CANTARES DOS CTT DE COIMBRA - 1º de MAIO de 1991. DOIS VÍDEOS
PRIMEIRO VÍDEO NO SALÃO DAS TELECOMUNICAÇÕES...ANTES DE PARTIR PARA O PARQUE DA CIDADE
SEGUNDO VÍDEO NO PARQUE DA CIDADE DE COIMBRA
Saudades dos elements já falecidos: D. Odete, Fernandito,Isabel Calçada e Jorge Carvalho
SEGUNDO VÍDEO NO PARQUE DA CIDADE DE COIMBRA
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