... é chegado o momento melhor aprazado para o balanço a
fazer de mais um ano que vivemos, chegados que somos ao solstício do Inverno. E
outro ano está já a bater à nossa porta.
Como habitualmente, trago-vos o meu poema para o Natal,
desta feita o de 2018. Aqui o deixo às minhas amizades e aos companheiros de
muitas jornadas, com os votos de boas, calorosas e felizes festas.
Aqui fica, também, o meu abraço e os votos auspiciosos de
que, em 2019, o homem, universalmente considerado, seja mais humano e, assim
sendo, mais ilustrado, mais consciente e mais solidário. Porque nenhum homem é
uma ilha, como sabemos...
Jorge Castro
Natal,
sempre - 2018
corre o tempo sobre nós
como sempre aconteceu
ainda há bem pouco chovia
e já brilha o Sol no céu
ouvíamos os avós
e hoje
logo mal amanheceu
só nos ouvimos a nós
antes de um ar que nos deu
ou que talvez venha a dar…
e
afinal
era Natal
nesse dia amanhecido
e era tanto tal e qual
aquele outro mais antigo
que trazes tão entranhado
como o que eu trago
comigo
o dia de hoje é diverso
daquele outro que evocamos
é de manhas controverso
e perigos que nem sonhamos…
e
no entanto
naquele outro tão distante
houve manhas controversas
dramas
maleitas diversas
e perigos que nem sonhámos…
pois há sempre essa
constância
- melhor dizendo certeza -
de sermos a circunstância
do tempo que nos enreda
nem é melhor este dia
nem pior o que seria
outro o tempo
outra a harmonia
cada dia é sementeira
em que corre a vida inteira
neste campo por lavrar
lancemos semente à vida
que de breve é desvalida
mas tem tanto para nos dar
e
afinal
é Natal
aí está ele como sempre
no eterno recomeço
e só quem viva do avesso
não gosta de o ver chegar
tudo é igual
tudo muda
tudo nos vale
não se iluda quem pensar
em atentar contra a Vida
que a Vida não vai parar
enfim
lá vem o Natal
aprontemo-nos então
seja qual for o serão
está um ano a começar.
- Jorge Castro
Dezembro de 2018
Vou já fazer de acusa-Cristos ao autor!
ResponderEliminarMas meu acusa Cristo esbarraste na simpatia do autor deste belo poema de Natal.
EliminarAssim e tal como o Jorge escreve o miminho é para todos que por aqui passam!
E eu reitero o que fica dito, com um forte abraço a quantos por aqui passem. Boas Festas!
ResponderEliminarMeu caro e amigo Jorge, só não pedi autorização para publicar a mensagem e poema aqui no blogue, porque a tenho a certeza que o pedido seria deferido...e assim a mensagem pôde chegar a muitos amigos e visitantes do blogue que já têm tido o prazer de o apreciar noutras publicações aqui publicadas.
ResponderEliminarPor mim fico muito grato"por este abuso"...
Um FELIZ NATALe um BOM ANO NOVO extensivo também com muita amizade à esposa
Boas Festas, caro amigo Jorge Castro ...
ResponderEliminarBoas Festas, amigos de Portugal!
ResponderEliminarTrago-os tanto comigo,
Em meu coração nunca arrefecido,
Na memória, e nestas mãos que digitam
Tudo o que eu gostaria ter dito
Em muitos e outros Natais.
Mas hoje me faço presente,
Amando amigos tão ausentes,
Que da lembrança não me saem.
Explica o tamanho dessa amizade
Maior que o Oceano a nos separar,
Ainda hei de vê-los à frente
E a cada um abraçar.
Feliz Natal!
Vais ter que trazer muitos abraços, Mamãe. Só eu já vou precisar de meia dúzia... e o Paulo Moura outros tantos...
EliminarClaro , São!
EliminarOra diz lá meu acusa cristos se não valeu bem a pena ter publicado esta mensagem e poema, depois de teres lido o belo comentário de Chama a Mamãe!
ResponderEliminarTambém eu estou esperando pelos abraços...mas Chama a Mamãe porque teremos que esperar tanto tempo, porque padecemos assim...
Mas entretanto em mais um ano de espera e porque os Natais se vão sucedendo, aproveito já este para desejar um Santo Natal e um Ano Novo bom... E com boas decisões aéreas...
Vale sempre a pena, quando a maceta não é pequena!
EliminarPois...
ResponderEliminarJá me vou aprontando, pois está mesmo a chegar mais um Natal 🤶
ResponderEliminarBOAS FESTAS, amigo Jorge e família! 💖