terça-feira, 7 de maio de 2013

Dura lex,

Sed lex.

A lei no Quebec impõe que a primeira língua oficial de trabalho seja o francês. A segunda é o inglês. Se cada um fala a língua que deseja, tudo o que seja afixado publicamente deve estar dentro do determinado na lei. Só que os representantes das duas línguas são amigos, conhecidos mas... Esta habitação fica numa zona mais inglesa e o proprietário seguindo a lei que neste caso não se aplica, mostrou o seu descontentamento para com o pessoal da reciclagem usando as duas línguas. Deixou de forma bem explícita que o material a reciclar, era para ir no carro do lixo.

              S.F.F.
Francês: Este contentor da reciclagem é lixo.
Inglês:   O idiota do gajo da reciclagem não passou.
             Obrigado

12 comentários:

  1. Isto é que é trabalho de cidadania.
    Por cá havia logo um jeitoso que virava tudo ao contrário.

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    1. Por aqui não tocam na reciclagem nem no lixo. Nos quintais também não mas partirem os vidros das paragens de autocarros, é normal.
      O que fazem muito é entrarem em casa das pessoas de terceira idade à procura de dinheiro e outros valores para comprarem droga. Tratam os velhos pior que os animais. Tem de se ter muito cuidado.

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  2. Chico quanto ao lixo, entendam-se!
    Seja em francês ou inglês!

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    1. Há muito por cá e o problema é deles mas fartei-me de rir com esta.
      Li o que saíu hoje por aí com os correiros, só que nada tem a ver com a recessão. É o mesmo em todo o mundo pois a internete tirou-lhes muito trabalho. Só que por este lado, têm feito o mesmo mas mais docemente. No fim,o resultado é o mesmo. Se der mais desemprego e da forma como vai o país, o melhor para essas pessoas é aceitarem a situação e adaptarem-se ao que aparecer, como cá se faz. Se tiverem capacidade para exportarem, nem que se tenham que juntar vários, melhor. O que está a dar mais nesse campo, é a propriedade intelectual. Passa de mãos com muita facilidade. Se fôr-mos positivos, nem tudo é mau pois também há os que vencem nestas situações. Enfim, temos que esperar por melhores dias.

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  3. Chico
    Isto por cá está negro. Preparam-se para despedir até 2O15, 1OO OOO funcionários públicos, como quem fala de mercadoria. Dizes que vão ter que se adaptar. Adaptar a quê ? Por cá, só se for adaptarem-se a ir dormir para baixo de uma ponte, porque empregos não há ...

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    1. Ah,Quito a verdade miserável por que passamos...

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    2. Compreendo-te plenamente pois todos os dias quando me levanto penso logo nas pessoas aí.
      Quito, nem todos têm o poder de escrever como fazes e por vezes uma palavra a mais ou a menos, é a morte do "artista". Se estivéssemos em amena cavaqueira, esta dúvida nem se te levantava. Quando digo "adaptar", é ao emprego que a um ou outro possa aparecer. Há dois e três anos não aceitaram o que lhes apareceu e hoje estão prontos a tudo aceitar como me escrevem, mas agora não há. Os que tiverem sorte, peguem no que aparecer. Houve quem escrevesse que isto era humildade, mas na realidade, é a forma de enfrentar a vida. Essas pessoas são muito respeitadas, aqui.
      Quanto aos cem mil desempregados, já vi desaparecer um país que Chissano salvou mas só daqui a muitos anos ficará direito e vi uma recessão aqui de 1991/93 no Quebec, a que não deram cabo das estruturas mas que na altura cometeram os mesmos erros que estão a fazer aí, cortar e despedir pessoal. Parece que aprenderam, mas... nunca fiando. O que vou escrever, é para não traír os meus e portante estarem bem alertados. Falando apenas no segundo caso, digo que a maioria das pessoas sofrem e sabem que se vai perder empregos mas é uma visão muito geral. Comigo aconteceu o mesmo como já disse, só que esses senhores quando cortam vão tocar em tudo e aí o problema é muito mais profundo. Entre muitos, apresento um caso concreto e típico: o passado com médicos e enfermeiros. Além dos vários hospitais que fecharam, o pessoal antigo foi para a reforma, não despediram pessoal mas os hospitais ficaram com falta de médicos e enfermeiros. Só que como cortaram tudo, também nas universidades os professores foram para a reforma, parando a reposição do pessoal hospitalar. E depois fazer arrancar? Hoje, vinte anos passados, o pessoal nos hospitais faz dezasseis horas por dia e dias seguidos, o que passou a ser normal. Quando não podem, os chefes que também estão na engrenagem e não têm outros para substituí-los, dizem-lhes que estão a deixar caír os colegas. E assim acabam por ficarem a fazer as tais dezasseis horas até que um dia caiem doentes e faltam mesmo, além de um ou outro que acaba por dizer adeus a este mundo de livre vontade. Nós lá dentro somos muito bem tratados por estes escravos. Até tenho pena dessa gente. Por sua vez, mesmo que lhes mantenham a reforma e os convidem a voltar dando-lhes novamente o salário por inteiro para os cativarem, eles ao verem o que se passa com os colegas ao activo, não voltam. O que me admira, é a noção de responsabilidade social desta gente: há quem faça benevolado e assim não ganha mais do que a reforma mas também não é obrigado a cumprir horários loucos em idade avançada. É claro que conseguiram vencer a situação sem recorrerem ao FMI. É certo que deram certas condições ao sector público para contrabalançar a situação por outros meios como a creatividade, a exportação, etc.
      No Canada, há dois partidos há muitos anos com ideologias diferentes mas quando chegam ao poder, o que foi bem feito não alteram. Aqui técnicamente é o capital com distribuição para não falar em bandeiras, mas os conservadores quando chegam ao poder como actualmente, mantêm os sistemas sem falar no assunto pois tal não está nos seus princípios. Eles mesmo não alteram a socialização da medicina, sistema escolar desde o infantário, companhias aeronáuticas, de caminhos de ferro, electricidade, águas, alcool [ vinhos, licôres e outros ( e esta, hein...)], etc.
      Por outro lado, é bom manter a esperança pois é preciso ver que há pessoas que se mantiveram positivas e mesmo sem nada, aparecem ricos no fim da recessão.
      Houve vários. Quando se entra num campo de cortar como aí, os governos não devem só obter um consenso social com os sindicatos, patronato e outras forças vivas, mas criar um alvo e um clima de esperança à população, o que não se está a passar no nosso país. Esperemos que o sector público a partir de um dado momento comece a criar empregos pois é para isso que ele também existe. Enfim...

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    3. Gostei desta tua lição!Ficamos todos mais esclarecidos como funciona a parte social aí no Canadá.
      Esta parte é muito ilucidativa-ai se fosse cá!!!

      o passado com médicos e enfermeiros. Além dos vários hospitais que fecharam, o pessoal antigo foi para a reforma, não despediram pessoal mas os hospitais ficaram com falta de médicos e enfermeiros. Só que como cortaram tudo, também nas universidades os professores foram para a reforma, parando a reposição do pessoal hospitalar. E depois fazer arrancar? Hoje, vinte anos passados, o pessoal nos hospitais faz dezasseis horas por dia e dias seguidos, o que passou a ser normal.

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  4. Olinda, é verdade. À parte a instabilidade económica, também existe a instabilidade social no nosso país. Quando se vêm os políticos daqui nas respectivas assembleias, parece que estão prontos a matarem-se mas no privado é tudo muito diferente e até mostram para que as pessoas vejam que todos somos humanos.
    Na Assembleia Nacional do Canada, Comunas, o primeiro ministro ou o chefe da oposição, quando notavam a falto do adversário no outro lado da tribuna, iam informar-se do que se passava. Se não obtivessem respostas, telefonavam para casa do outro a inteirar-se e a oferecer os seus préstimos.
    Pierre Elliot Trudeau era um feroz opositor de Brian Mulroney, também praticavam o que acima descrevo. Justin Trudeau, de que ainda há pouco falei no meu blogue e futuro primeiro ministro do Canada, convidou o filho de Brian Mulroney para o seu casamento. Estiveram todos juntos e sei que se vão falando.
    Uma ministra do Quebec, chegou ao seu bairro e como havia festa, pôs-se a dançar. A um dado momento, andava a dançar com um deputado da oposição.
    Há muitos mais casos como os ministros, capitalistas, artistas, apresentadores de TV que vão a festividades ou mesmo se passeiam em bicicleta e ninguém lhes toca. Isto tem dado muito dinheiro ao Quebec pois os hoteis, centros de turismo, etc, recebem gente de muito dinheiro como os artistas de Hollywood que não querem ser incomodados por outras pessoas, incluindo os paparazis.
    Esta paz social que é essencial para que tudo comece a progredir, tem que vir de cima. Os responsáveis são sempre os mesmos.
    Sem gastarem dinheiro, conseguiram um novo tipo de turismo a juntar ao que já existia.

    Ontem tivemos vinte e nove centígrados, amanhã vai chover e as temperaturas vão descer. Em pouco tempo passámos dos negativos aos positivos altos. É normal.

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    1. Outra cultura,outra forma de encarar a Vida...
      Beijo,Chico é sempre bom ler as notícias daí e a tua opinião dos factos.

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  5. Ó Chico está a escrever sobre o Parlamento no Canadá ou sobre o Parlamento em Portugal.
    Aqui se houver um arraial também dançam uns com os outros!!!!
    E tanto assim é, que nem querem que o número de deputados seja inferior a 230!!!!Neste número dá para satisfazer todas as clientelas!Podem fazer sonecas, almoçar e jantar do bom e do melhor quase à borla,reformam-se mais cedo, etc, etc...
    Isto agora, porque algumas das regalias já acabaram!
    Mas obrigado pelos teus esclarecimentos!

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  6. Última hora

    Gilles Vaillancourt foi presidente da cãmara da segunda maior cidade do Québec, Laval, de 1989 a Novembro de 2012. Impulsionador extraordinário, conseguiu nos anos de seu governo desenvolver sobre todos os aspectos a cidade de Laval, pelo que os naturais dessa terra jamais o esquecerão.
    Recebeu hoje a visita da equipa da UPAC pelo saíu de sua casa directamente para a prisão. A azáfama é grande, dificultando o trabalho dos jornalistas pois não podem estar em todos os lado, uma vez que o total vai ser de 45 prisões das quais, 30 hoje. Neste conjunto faz parte um advogado Jean Bertrand e um dos maiores empreiteiros desta cidade, Tony Accurso que já foi preso pela Segurança do Quebec, GRC,e estava à espera dos respectivos julgamentos. Parece que é um bom colecionador. Entre as muitas acusações, vão sofrer a segunda acusação mais grave após a de terrorismo, gangsterismo. Estamos a seguir as prisões em directo e só é pena que a UPAC não avise com antecedência pois iria aumentar o turismo. Já estão a entrevistar especialista do campo, ex-polícias.
    É um tratado.

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