sábado, 18 de maio de 2013

ENCONTRO COM A ARTE - POESIA

 UM FLOR DA COR DO MÊS DE MAIO

             
uma flor
que é da cor do mês de Maio
grito  aberto                                                                
em cor ardente
ou de desmaio
parecendo
de repente
transparente
em olhar solar
que do Poente
traz do mar outra luz
à minha fronte

olho em volta
e da urbe que cerca
hei-de sair
numa nau à descoberta
dessa cor de que é feito o horizonte
e de mim levo apenas breve ensaio
de uma flor
que é da cor do mês de Maio

Jorge Castro "ORCA" Livro  "Apenas alguns poemas de cordel"

7 comentários:

  1. E eu, estou a ver a flor!
    Melhor, estou a ver um campo salpicado com elas!
    Leves, garridas, prontas a soltarem as suas pétalas até onde nos levarem a imaginação e a esperança.
    Linda, a cor do mês de Maio, Jorge!

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  2. Já tinha tido um encontro com a arte de Jorge Castro em AUTO DAS DANAÇÕES - Versalhada em um acto, que o tempo não está para desperdícios que não atem nem desatem.
    Estupendo!
    Obrigado, queria dizer bem-haja, ao Paulo Moura por me ter dado a conhecer este excelente autor.

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    Respostas
    1. É um luxo, não é? Só é pena não poderes estar connosco (com o "nosco" a incluir o Jorge Castro) no dia 2.

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    2. Sem dúvida, um luxo.
      Como te disse, "compromissos anteriormente assumidos"... ( onde é que já ouvi esta conversa?)
      Não tens mais pena do que eu, meu caro PM. É a vida ...
      Mas gostava de te "cravar" para que "cravasses" uma dedicatória ao Jorge Castro no TEATRO NO CORDEL.
      Se calhar, vou "cravar" Dom Rafael para servir de correio...
      Isto é que eu sou um "crava!

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    3. O Rafaelito é um excelente carteiro (como dizia a música, "é a sua profissão"). E o Jorge Castro terá certamente todo o gosto em dar um pouco mais de si ao teu exemplar do livrinho.
      Abre aço!

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  3. Ouviste Paulo? Sim o Viana está a falar contigo para cravares ao Jorge uma dedicatória no Teatro de Cordel!
    Ou peço eu!
    Será mais prático.
    Moro mesmo à beirinha do prédio amaricano!

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  4. Já eu dano-me por desafios. Teatro No Cordel? Onde, onde? E quando? E o quê? A Fernanda Frazão já sabe disto? Que quereis de mim, que vos darei? «Falaide» comigo, gentes, que eu terei muito gosto, se me não falhar engenho e «responderei-vos-ei»...

    Abraços, mil. E um!

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