quinta-feira, 23 de maio de 2013

FUERTEVENTURA (ESPANHA) ...

Há um Tempo que partiu. A casa branca num mar revolto de terra estéril, é a alva ilusão de um futuro que foi ontem. Um Lugar âncorado no infinito dos dias. Um cais de solidão. E de sonhos fugazes levados pelo vento ...
Quito Pereira

9 comentários:

  1. Profundo este poema/prosa!
    Em que parte de Espanha fica? Numa ilha,parece-me...

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  2. Esta ilha é, seguramente, a mais árida de todas quantas formam o arquipélago das Canárias.
    Aridez que em si mesma encerra uma enorme beleza, que nos faz sonhar com paisagens de outro mundo, simultâneamente inóspitas e atraentes pela sua originalidade.
    Tanto mais bela, quanto quem lá vai sabe que, a escassos quilómetros, junto ao litoral os espanhóis construiram magnificas estâncias turisticas verdejantes e cheias de conforto que servem de porto de abrigo aos aventureiros que se atrevem por estas paragens que a fotografia documenta.

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    1. Amigo Rui

      É verdade, Felício. No meio daquele deserto, vão aparecendo uns oásis onde se está confortavelmente. Ma minha unidade hoteleira, havia muitos turistas, sendo o maior percentagem alemães . Não sendo, talvez, um destino muito apelativo, a verdade é que o aeroporto, muito funcional, é um reboliço de chegadas e partidas ...
      Abraço

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  3. Amiga Olinda

    Fuerteventura é uma ilha. Tal como Lanzarote, ou se gosta ou se detesta.

    Para quem goste de isolamento, é o sitio ideal para o refúgio da alma. É um paraíso para os amantes do surf, pois tem zonas excelentes para a prática da modalidade, devido aos ventos que assolam determinada zona da Ilha. Há ali uma das mais importantes escolas do mundo. De resto, são quilómetros e quilómetros de terra de ninguém, zonas áridas onde, de onde em onde, aparecem habitações que são um autêntico mistério. Porque não se sabe ao certo do seu meio de subsistência. Muitos viverão do gado. Julgo que o turismo dará a sua ajuda e é uma fatia importante da vida na Ilha.

    Para mim, como se vê nesta foto da São, há lugares que são o esqueleto tétrico da solidão.
    Abraço

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  4. Estive lá uns dias, há uns anos atrás. Recordo-me do pequeno mas moderno aeroporto a fervilhar de turistas a chegarem e a partirem.
    Recordo-me da paisagem negra, nua e agreste que deslizava aos nossos olhos quando me dirigia de autocarro para a unidade hoteleira onde reservei a estadia, ainda distante em direcção a sul.
    E ficou-me na retina a praia de Calheta del Fuste, de alvas e finissimas areias brancas num estranho e inexplicável contraste com o desolado negrume das terras.

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  5. Sim, Rui. Eu acho que o contraste é fascinante. Gostei da estadia. O hotel, no fim da Ilha (lado sul), era excelente, com grandes zonas ajardinadas, muito bem tratadas. Eles, os espanhóis, sabem bem da importância do turismo. Cativar turistas, para ilhas inóspitas, é trabalho muito profissional. Fuerteventura, em minha opinião, é exemplo disso ...
    Um abraço e até amanhã

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  6. Muito sinceramente, a mim não me fascina tanta aridez e solidão.
    Assusta-me o negrume da terra.
    No entanto aprecio os contrastes e, sobretudo, gosto da foto da São!

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  7. A foto é bela!
    Mas tal como dizes "é um cais de solidão"!
    Para solidão não me convidem, NÃO!

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  8. Confesso que não me seduz a aridez e solidão. Só por obrigação...

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