sexta-feira, 11 de setembro de 2015

U b e r  vista pela juventude


Quando há quatro anos escrevi que acabavam de eleger à "Assembleia Nacional do Canada" e à Assembleia Provincial do Quebec deputados com idade inferior a vinte anos, muitas pessoas puseram em causa a maturidade destes jovens para tão elevados cargos. Acontece que no caso da Província do Quebec, um dos deputados em causa que até já partiu para continuar os seus estudos, deixou uma lei com o seu nome. Nas últimas eleições, o partido com maior número de jovens no federal, ficou em segundo lugar e está neste momento em primeiro nas sondagens do actual escrutínio. Não quer dizer que ganhe pois depende também do número de condados ou circunscrições que possam ganhar mas mostra bem o dinamismo desses jovens.
No caso Uber, muito discutido num grande número de países, quando o governo Províncial do Quebec seguindo o mesmo diapasão que se vai ouvindo pelos quatro cantos deste mundo se propunha criar uma lei pondo-a fora do quadro legal, apareceram as juventudes partidárias a dizer bem alto que é aos táxis de se actualizarem pois o mundo evolui e portanto se devem tornar competitivos.
Tal lei nem voltou a ser falada e os táxis estão a criar programas para satisfazerem os seus clientes, demonstrando que a indústria andava adormecida.
De facto as pessoas do meu tempo têm uma experiência de toda uma vida e por isso não são de ignorar. No entanto a realidade é que toda essa experiência foi ganha à base de vitórias e dissabores, o que as leva a serem comedidas e por vezes a recearem o desconhecido. Por outro lado a juventude de hoje apropriou-se das novas técnologias, o que a leva a ser muito mais aberta e agressiva.
Não se podendo minimizar a influência dos diferentes escalões etários que se devem complementar, com o tempo a juventude está a demonstrar que têm as suas ideias a defender nos diferentes níveis governamentais, como neste caso bem específico.



23 comentários:

  1. Pois é! Os taxistas têm muito que aprender!
    Quando atenderem os clientes com educação, não utilizarem os carros para coisas pessoais (a última vez que utilizei taxi para ir para o aeroporto, as malas não cabiam no porta-bagagem porque estava com caixotes de coisas pessoais), quando ligarem o ar condicionado sempre que o cliente o solicita, quando passarem recibos sem ser preciso pedir, quando não tratarem mal os clientes quando a corrida é curta, quando tomarem banho e não deixarem um cheiro nauseabundo na viatura, quando estiverem calados e não dizerem mal dos governos, partidos políticos e clubes de futebol, quando não puserem a música que lhes agrada em altos berros e só ligarem o rádio quando o cliente o solicitar, quando ajudarem o cliente a colocar as malas na bagageira,então sim! Estarei do lado deles. Até lá, VIVA A UBER.

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  2. Tudo o que disse no comentário, foram situações que já vivi.

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    1. Alfredo Moreirinhas
      Desculpa o atrazo mas tive que ir ao CLSC, caixa cá do sítio, tirar uns agrafes.
      Até parece que estás a falar de Montreal. Bem observado. Nisso também já estão a mudar mas com muitas reticências. Já começaram a querer mudar a apresentação, etc. dos taxistas que estão no aeroporto porque é um local de entrada dos turistas mas até a televisão lá teve que ir. Enfim, parece que também há mentalidades profissionais por todo o mundo! Vamos a ver o que isto dá.

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  3. Pois Alfredo.Também já tive situações desagradáveis com Taxis.Embora sejam excepções ao comportamento da maioria.
    Têm que se modernizar e acompanhar a evolução tecnológica, mas principalmente nos comportamentos. E assim vão poder sobreviver
    , não todos mas a grande maioria. Este novo serviço é imparável.
    A máxima:se não os consegues vencer...junta a eles! Será a solução.
    Neste momento penso que a UBER só existe em Lisboa, Porto e Faro..

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    1. Sem dúvidas, Rafael. Os países não têm direito de criar leis para caso de controle de situações profissionais, lá porque aparece uma modernice. Que a criem para balizar a modernice, de acorde mas para a abafar, não vai dar nada. É uma questão de tempo. Ninguém espera voltar à lua com o tipo de técnologias de 1969.

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    1. É verdade, Tonito. Parece que estão a criar vários programas de informática para que os clientes possam tirar proveito. Vou-te contar uma "secreta" para que ninguém saiba: estão a estudar um programa que vai levar um dispositivo muito especial junto ao contador. Uma pessoa vai na rua e se precisa de um táxi, liga um número no telefone que lhe diz aonde está o taxi livre mais perto. Se a pessoa está interessada, introduz a sua carta e o táxi "começa" a rolar na sua direcção. Apanha-o e continua a corrida. Rápido e mais barato. Por sua vez o táxista não tem nada a perder pois o aparelho tem o número da carta que foi logo automáticamente confirmado. Há mais mas anda muita coisinha no segredo dos Deuses porque agora as diversas centrais de táxis, não são só concorrentes da Uber como voltaram a ser entre elas.

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    1. Em Coimbra já eu andei de aspirador, como se pode ver clicando aqui.
      , Rafael.
      Porque é que deixaram passar tanto poder creativo...

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  6. Bem, não se pode generalizar e diabolizar os taxistas. Em todas as profissões há gente séria e gente menos recomendável. Confesso que não estou muito dentro do assunto, mas ao que ouvi, os taxistas pagam os seus impostos e outras contribuições. o que parece não ser o caso da Uber. Fala-se em concorrência desleal, mas não tomo partido pois admito ter insuficiente informação ...

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    1. Quito

      São dois conceitos diferentes pelo que depreendi, Quito.

      O táxi à base deve ter partido da pessoa que tinha um carro e começou a transportar clientes, devendo ter um taxímetro. Posteriormente foi-se desenvolvendo e não só continuou o taxista individual das mais diversas formas, como apareceram companhias que empregaram taxistas para lhes fazer o serviço, do que tenho depreendido.
      Uber, é diferente básicamente. Acenta no conceipto da companhia que aceita pessoas temporáriamente para lhe fazerem o serviço e que lhes paga não por corrida mas baseando no tempo e kms percorridos.
      É por isso que os taxistas dizem que os motoristas da Uber estão fora da lei, só que na realidade eles são trabalhadores temporários.
      A partir desta base, tudo depende das leis do país, estado ou província, inicialmente.
      Com o tempo, o problema sócio-económico vai-se pôr aos responsáveis que não tomem as medidas certas pois o cliente o que quer neste campo, é um serviço rápido, baixo preço e qualidade.
      É o cliente quem vota e aí a Huber está à frente até este momento.

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    2. Chico.Aqui a minha dúvida é saber que impostos pagam e quem os recebe.Ao que tenho lido" parece" que pagam menos e os impostos serão pagos a essa companhi mas no estrangeiro.São os argumentos dos taxistas e da sua organização profissional.
      Portanto é preciso uniformizar esta situação.Os preços que eles cobram indicia que pagam menos impostos. É neste aspecto que os taxista podem ter razão. No resto MODERNIZEM-SE!

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    3. Rafael
      É isso mesmo o que pensa a grande maioria do nosso escalão ectário.
      O pessoal da Uber, pelo que me apercebi, paga menos impostos porque são do tipo temporários mas não quer dizer que não haja lá quem trabalhe quase normalmente. Ora, este tipo temporário é que pode ser legal num país e ilegal noutro. O imposto de todo o trabalhador, é pago no país aonde trabalha. A Uber, multi-nacional, terá que pagar no país de origem e no país aonde actuar, de acordo com os acordos existentes entre os dois países.

      Só que há países aonde são ilegais e outros aonde são legais como era o caso daqui que até iam criar uma nova lei.
      Isso é o lado legal.

      Além disso, a malta jovem que são os homens de amanhã, não querem pagar mais caro para defender uns tantos no país (taxistas) que andaram adormecidos e mesmo agora não querem evoluír, pois cada cidadão também conta e esse quer pagar o serviço mais rápido e mais barato. Se quisessem evoluir já tinham tomado decisões há muito tempo como em toda a concorrência mas não, querem é que os outros sejam penalizados.

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  7. Hoje na Imprensa:

    Tuk-tuks investigados por fuga ao fisco de vários milhões de euros
    A investigação do Ministério Público partiu de uma denúncia anónima e visa a principal empresa responsável pelos tuk-tuks em Portugal, mas pode estender-se a outras do ramo, conta o jornal i.
    DR
    ECONOMIA FINANÇASHÁ 1 HORAPOR NOTÍCIAS AO MINUTO
    Chamam-se riquexós mas por cá tornaram-se conhecidos como tuk-tuks – aqueles veículos sem capota que fazem as delícias dos turistas. Agora, conta o i, a principal empresa a operar neste meio de transporte está a ser alvo de investigação por parte do Ministério Público (MP).
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    De acordo com a mesma publicação, a empresa é acusada de evasão fiscal nos últimos cinco anos, altura em que chegou a Portugal, e o valor pode ascender às dezenas de milhões de euros.
    A Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou ao i que o processo “corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa e encontra-se em investigação”.
    A investigação partiu de uma denúncia anónima feita em Julho e está a ser feita à Tuk Tuk Lisboa – Circuitos Turísticos Lda, mas pode estender-se a outras empresas do ramo.
    De acordo com a denúncia, a atividade declarada, nas Finanças e na Comunicação Social, não bate certo nos dois planos, suspeitando-se de uma fuga ao Fisco na ordem dos vários “milhões de euros”.

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    1. Rafael
      Em cada país, cada empresa ou está legal e tudo bem ou está ilegal e deve passar à caixa. Até que ponto esteja legal ou ilegal a Uber, vai de acordo com a lei portuguesa.
      O problema que se põe é que quando todo o mundo começar a pensar que só perdem com os taxistas, a pressão vai ser enorme junto dos governos como aconteceu no Quebec. As pessoas estão prontas a ajudar na saúde, educação e noutros casos como o auxílio social das mais variadas formas mas pagar mais caro, não. Com o tempo é a isto que se vai ter e a Uber está ciente disso. Uma empresa com um poder económico que poucos têm, €44 biliões, bem pode ir pagando em certos países e esperando.

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    2. Segundo ouvi dizer ao presidente do sindicato dos taxistas a UBER entrega os impostos no pais onde tem a Sede.Será uma multinacional?
      Os empregados recebem vencimento e pagam para a segurança social?
      Isto é: devia haver alguém que esclerecesse tudo abertamente, pra que não haja dúvidas, se é uma prestação de serviços legal ou não.
      Se estão legais, os taxistas só têm que se modernizar e receberem até formação adequada ao serviço que prestam.

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    3. Rafael
      Escrevi no meu comentário das 6 :14 da tarde :
      "O imposto de todo o trabalhador, é pago no país aonde trabalha. A Uber, multi-nacional, terá que pagar no país de origem e no país aonde actuar, [de acordo com os acordos existentes entre os dois países]." Ora se sindicatos portuguêses alegam que é uma multi-nacional, eles sabem o que andam a fazer porque correm com todas as multi-nacionais que podem e que dão um número elevadíssimo de postos de trabalho. Em muitos casos excelentes salários com tudo o que isso traz como excelentes impostos, nívels social, capacidade económica, etc, etc. Que não metam ideias erradas na cabeça das pessoas pois muitas vezes vêm falar no mal que faz a Portugal quando a missão deles é falar do bem ou mal que fazem aos trabalhadores. O que estas empresas impôem, como práticamente todas as empresas existentes por aqui, é disciplina no trabalho. Derivado aos salários, logo que o trabalhador passa a porta, faz o nível de vida que quer. Ora países pobres como os EU, Canada, etc., acolhem essas multi-nacionais e vão buscar capitalistas ao estrangeiro. A França que o diga. Portugal se não tem leis para enquadrar as multi-nacionais, tem a obrigação de as arranjar pois a culpa não é delas.
      Os empregados terão de pagar de acordo com a lei do país aonde estão, caso contrário é uma questão de tempo para passarem à "caixa", o que é uma punição correcta. Se ainda não puseram os da Uber em tribunal, é porque estão de acordo com a lei. Se estão de acordo com a lei, os taxistas que não se queixem e criem condições idênticas. Se vêm que não é possível, devem forçar o governo a dar-lhes as mesmas condições mas jamais querer que os outros paguem o que não devem, pois a lei no caso deles não imporá. Se é assim, seguiram o caminho errado.
      É engraçado: quando estava aí, nos impostos de fim do ano, as pessoas faziam tudo para "fugir aos impostos", o que me metia impressão. Com o tempo vim a ver que essa "fugida aos impostos", não era fuga nenhuma mas aproveitar as condições que a lei dava para pagar o menos imposto possível. Se a Uber estiver legal, é porque escolheu esse caminho. É aos taxistas de lutarem pelo mesmo.
      Qualquer que seja o resultado no nosso país, com o que vai acontecer em alguns outros países ao começo e que vai se expandindo, qualquer que venha a ser as alterações agora ou mais tarde, pois o tempo vai contar, estou convicto que nada vai ficar na mesma.

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    4. Certo.Compete aos serviços competentes escclarecerem os sindicatos e quem tenha dúvidad sobre como são pagos os impostos.
      É simples!
      Basta alguém das finaças ou da segurança Social pedir a um dos condutores do carro UBER e pedir que mostre o recibo do pagamento para verem a descriminação do que está a pagar à Segurança Social e a entidade patronal mostrar o que descontou!
      É o que se passa com a minha empregada doméstica.Nós pagamos uma parte e a empregada a sua!
      É fácil e dá milhões!
      Aí no Canadá não é assim?

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    5. É a mesma situação aqui. Os dois contribuem.
      Aqui, não é preciso ninguém das finanças ou outros serviços para se ser ilucidado.
      Solicita-se numa folha de papel "qualquer" aos respectivos serviços um pedido sujeito à lei da informação sobre o assunto. Não é preciso ter ligações, amigos, "cunhas", etc. Paga-se €3,30 e espera-se pela resposta, que é sempre dada. É nisto que eu admiro a capacidade que tiveram para criar leis que obriguem as pessoas a viver em democracia.

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  9. Caro Chico, obrigado por este teu artigo, com pano para muitas mangas, como já se viu.
    Também tenho opinião sobre o assunto, pois claro...
    Vou tentar simplificar.
    Taxista - (Chamo assim ao condutor de táxi, não ao proprietário do mesmo). Tem má fama. Essa fama era justa, hoje começa a ser injusta. A grande maioria é gente evoluída e educada. O que o Alfredo diz é a verdade mas penso que era a verdade há uns anos atrás. Julgo ter para isso uma explicação mas não me quero alongar.
    Dono do Táxi/Táxis - Empresário que investiu neste comércio de venda de serviços. O alvará de um carro/táxi custava há 20 anos qualquer coisa como 20 mil contos. Não faço ideia de quanto custa hoje.
    Impostos - estão sujeitos a IVA de 23%.
    Nota: "fogem" ao fisco como qualquer outro comerciante, se o Estado não for capaz de criar mecanismo de controlo.
    UBER - é ilegal. Até para abrir um quiosque é preciso pagar licença. Não sou um legalista mas há coisas que nem merecem discussão. Fazem preços mais baixos? Pois claro, era melhor que assim não fosse.
    Legalizem-se e depois já me podem cobrar dinheiro pelo transporte.
    Chico, já me desabituei deste fuso. Vou já, já, para os braços de Morfeu.

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  10. Carlos Viana,
    Aqui não se pode dizer que tenham má fama mas vivem assim os condutores de taxis. Quem nota mais isso, são os europeus.
    Se aí é ilegal, é ilegal. Nesse caso já os deviam ter posto em tribunal e não havia necessidade nenhuma de manifestações. Dura lex, sed lex.
    Só que não creio que com o tempo, certas situações não mudem pois pelo que vejo por aqui, é uma indústria que vai ter que evoluir.

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  11. Só acrescento que LEGALIZADOS, os TÁXIS são um monopólio!
    Agora os UBER têm que ser legalizados, pagarem os mesmo impostos em Portugal, e aí sim:já há
    a salutar concorrência
    Prontus, encerrei!

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