sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Vida fácil

Em Montreal.
Em pleno coração da cidade.

Eureka, o que existe sempre aparece.

Este pranchista preferiu ir pela rua Berri contra a sua segurança, pois passam cerca de vinte e cinco mil carros por dia em frente à biblioteca principal que está à direita na foto.
Um pranchista que teve problemas com a roda da bicicleta e resolveu ir pela rua Sherbrooke que é das mais movimentadas desta cidade.
Convivendo com as bicicletas em plena pista do Boulevard de Maisonneuve.

15 comentários:

  1. Tá gira!
    Mas como não se vê trânsito, não há perigo!
    Bom fim de semana!

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    1. Com pranchas e patins de rodas ainda não tive conhecimento de nenhum acidente, Rafael. Geralmente os automobilistas têm muito cuidado. A foti foi tirada de manhãzinha. Espera-se um pouco e nem tráfego, nem pessoas.

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  2. Uma prancha, uma mochila e um telemóvel. É o condensar do mundo na visão simplista dos jovens. Sinal dos tempos ...
    Abraço Francisco

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  3. É verdade, Quito. Muito bem definido.

    Acabo de juntar mais três fotos.
    A da rua Berri mesmo a frente da Grande Biblioteca, foi tirada ainda antes dela abrir para evitar o estacionamento dos carros.
    A da Sherbrooke foi a que deu mais trabalho, pois a passagem dos carros obrigou-me a fazer várias fotos no mesmo local para os evitar. Como havia vários pranchistas, este foi o que ficou.
    A do Boul. de Maisonneuve, é uma belíssima pista com fresquinho no verão devido às árvores.
    Um abraço.

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  4. Se isto é no coração da cidade, que inveja!
    Mesmo nesta pacata cidade, o trânsito no centro já é um verdadeiro pandemónio, a Av. Fernão de Magalhães tem um dos índices de poluição mais elevados do país.

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    1. Compreendo plenamente a tua reacção, Carlos Viana.
      Não podes comparar Coimbra a Montreal, tanto no tráfego como na sua configuração e muito menos o estudo de escoamento do tráfego pois as configurações das duas cidades são muito diferentes, assim como os meios utilizados.
      Só o centro de Montreal com as suas torres tem de dia mais população do que Coimbra, o que também não se nota tanto pois os passeios são muito largos. Aí as pessoas estão comprimidas. Basta ver ruas relativamente recentes como a Carvalho Araújo no bairro ou até os passeios da rua da Sofia.
      O local da primeira foto, é num cruzamento da rua Ontário com uma que é paralela à St. Denis e que lhe fica próxima. Para te dar o local certo teria que ir ver o parque de estacionamento mas agora pouco saio.
      Montreal é uma cidade de ruas paralelas, tendo as ruas principais os dois sentidos com estacionamentos junto ao passeio de cada lado e mais três ou quatro faixas de rodagem bem largas, nos dois sentidos. Aqui já é muito diferente à Fernão de Magalhães. As ruas secundárias antigas no centro da cidade, têm um estacionamento de cada lado da rua com uma faixa de rodagem central de um só sentido. Pelo meio vai havendo uma ou outra com mais ou menos faixas de rodagem, como a minha aonde podem andar três carros num só sentido e tem estacionamento dos dois lados, junto aos passeios.
      Habitualmente, as principais ruas têm dois sentidos e as secundárias têm um só sentido.
      Muito rápidamente, é como se fôsse o bairro aonde a rua de Moçambique só descesse e a Vasco da Gama só subisse. A Infante Santo/Carvalho Araújo num sentido e a Gonçalves Zarco em sentido inverso. Este sistema dá um escoamento extraordinário do tráfego.
      Depois há a considerar que o coração da cidade não é como Coimbra mas muito maior pois inclui a própria baixa. Não há comparação.
      Como todas as cidades, Montreal tem as horas de ponta, de manhã à ida para o serviço e à tarde na hora da volta.
      De manhã, se as pessoas que se dirigem a Montreal por auto-estrada que também há dentro da própria cidade, começam a ter o tráfego de para-choques a para choques pelas seis horas da manhã de inverno. Já dentro de Montreal começa-se a fazer sentir pelas sete na mesma época. Um pouco mais tarde nos dois casos no verão, sendo a dentro de Montreal pelas oito. Nessa altura, tanto as ruas principais com várias faixas como as secundárias começam a serem difíceis num raio a sete kms do centro. Como a essa distância há muito de zona habitacional, as principais ruas nesses locais são difíceis como a Westminster, por exempo. Podes ver aonde fica no google e veres a distância a que fica da Boulevard Saint Laurent que divide Montreal ao meio e por isso a principal, mais conhecido pela "La main". Derivado à largura das ruas como ao estudo do tráfego, o trânsito forte dura entre uma hora e um quarto e duas horas.
      (Continua)

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    2. (Continuação II)
      É claro que a esta dificuldade toda ainda se acumula para melhor e para pior os sinais de trânsito. Os sinais luminosos fazem um excelente trabalho mas por vezes o tráfego é tal no sentido norte/sul assim como no do este/oeste e vice versa nos dois casos, que a polícia se vê obrigada de tomar o controle dos sinais para permitir uma maior evacuação do tráfego. Ao tomar o controle, está em contacto directo com a central de tráfego colocada em local secreto e é de acordo com os contactos com a central que vai seguindo tudo pelas cãmaras de tráfego, fazendo-o andar. Não sei se agora na maior parte dos cruzamentos com a Fernão de Magalhães há cãmaras a seguirem o tráfego pois é uma boa ajuda.
      Por outro lado, também há a considerar o sinal de stop que tem muita força e que existe em quase todos os cruzamentos aonde não haja sinais luminosos. Sinais triangulares de perderem a prioridade, só vi uns três ou quatro. Não se usam para não levantarem dúvidas e causarem acidentes, o que não seria agradável na hora de tráfego. Com o stop passa sempre o primeiro carro que chegou ao cruzamento, o que é chato mas dá uma disciplina extraordinária ao tráfego. Assim não há acidentes o que na hora de ponta é um problema.
      Este tráfego na zona do coração da cidade é forte mas muito menos intenso à noite, se bem que venham as horas dos espectáculos, restaurantes, boates e bares em especial, não falando nos festivais que duram todo o ano.
      Como vês, existe tráfego mas eles conseguem quase sempre pô-lo a andar sem falar nas auto-estradas aonde o atraso raramente passa de uma hora pois têm uma bateria de cãmeras para as controlarem.
      Antes e passadas as diferentes horas de ponta, as ruas principais têm tráfego por vezes forte e as secundárias permitem andar benzinho, por vezes mesmo à-vontade.
      A demora é sempre relativa pois comparado com Coimbra, uma pessoa que queira ir de um lado ao outro no sentido norte/sul daqui, percorre onze kms e este/oeste pode chegar a sessenta kms. É obra, aí vais quase até Leiria pois no meu tempo eram sessenta e seis kms.
      (Continua.)

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    3. (Continuação III)
      Para tirar fotografias eu fui um privilegiado porque o fazia quase sempre em bicicleta. Facilidade de parar em qualquer lado como até se nota na segunda foto à direita mesmo em frente à Grande Bibblioteca. Para mais a minha até a podia prender a uma árvore porque envolvi-lhe o quadro em material tipo esponja com que se envolvem os canos da água quente e assim jamais as feria. No centro, se a deixasse presa ao gradeamento de um jardim, os senhorios não diziam nada. Outra cultura.
      Depois vem a prática de tirar as fotografias: se o alvo é fixo ou se é em movimento.
      Se é fixo e a foto é feita na rua, além dos cuidados habituais tinha de ter em conta se havia estacionamento de um só lado ou dos dois e se vinha movimento. Se é zona de habitação ou não por causa da melhor hora para o fazer.
      Se o alvo é móvel, o melhor lugar é uns cinquenta a cem metros após os sinais luminosos e de preferência numa rua que nas duas intercepções tenha os respectivos sinais luminosos. Neste caso aconteceu na segunda foto: sinal luminoso atrás, sinal luminoso à frente com os vermelhos abertos e enquanto os carros que viram não começam a chegar, se houver um alvo não fixo, é o momento ideal.
      Na primeira foto, é um local aonde já não estou certo mas havia dois (o mínimo) ou quatro de sinais stops. Ora, um pranchista começa-se a ver à distância e dá-se lhe o tempo de chegar ao cruzamento pois caso contrário ficam na foto os carros estacionados. Aí, como ele só passa quando tiver uma abertura no tráfego e com os espaços entre si, tenta-se a foto. Nem todas são conseguidas e por vezes até nem há mais pranchistas, pois são muito menos do que os ciclistas. Isto aplica-se aos patinadores, corredores pedestres, etc. É preciso paciência.
      Houve uma foto que tirei na St. Denis a um pranchista que tive de a fazer a andar em bicicleta atrás dele, o que não foi fácil pois ficávamos entre os carros que passavam e os estacionados. Para mais era a descer e ele ia a uma velocidade que rondava os vinte e cinco kms/hora mas não a encontro. Muito sofreu esta amostra de fotógrafo para obter certas fotos.

      Só que não queiras comparar o tráfego de Montreal com o de Coimbra. Há a considerar o controle do tráfego como expliquei e a forma como se tiram as fotos.
      Francamente fiquei admirado quando cá cheguei ao ver que logo desde o princípio da colónia, os franceses tinham feito as ruas com disposição rectangular assim como os campos.
      Nas ruas já falei acima e nos campos era o mesmo com o lado mais pequeno junto aos rios. Assim, havia muitos mais agricultores com acesso às águas dos rios.

      Já lá vão trezentos a quatrocentos anos!

      Espero que tenhas ficado ilucidado.

      Contente de te "ver".

      (M I F)

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    4. Antes da mais, grato pela tua pormenorizada explicação.
      O meu comentário foi motivado pelo facto de dizeres que a foto é do coração da cidade, mas é verdade que dizes que o "pranchista" está a atentar contra a sua segurança.
      Naturalmente que, sendo a população de Montreal 16 vezes a de Coimbra, não podemos comparar o incomparável. Basta lembrar que, quem vive em Coimbra, considera que é "impossível" conduzir em Lisboa, sendo que a população de Lisboa apenas quintuplica a da Coimbra.
      Mais uma vez, obrigado pela tua excelente exposição.

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  5. Eu entro aqui para dizer que és um especialista nesta coisa de fotografar!!
    Quanto aos semáforos isso aí é mesmo a "sério"
    Cãmaras? aqui em Coimbra só conheço a Câmara Municipal!
    Qual central, qual carapúça!
    Os semáforos ou estão verde, amarelos ou vermelhos!AH! alguns já indicam o tempo de espera!E quando estão vermelhos para os peões temos mesmo que esperar, não vale a pena carregar no botão para sair verde.Estão programados para não haver intervenção dos peões.
    Talvez nas zonas de menos tráfego, quase reduzido lá vão obedecendo ao carregamento do botão.
    Boa noite até mais logo

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    1. Deixa-me contrariar-te.
      Vale a pena carregar no botão verde, sim senhor!
      Se carregares, tens de esperar que o temporizador, que está conjugado com os outros sinais, accione o semáforo verde para o peão. Se não accionares, bem podes ir buscar um banquinho para te sentares...
      Ah, é verdade! Informação gratuita, não precisas de creditar no meu haver porque não me adianta nada...

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    2. HUM!
      Por experiência em determinadas zonas, por exemplo na Baixa junto ao Turismo estão sincronizadas centralmente, tanto assim é, que tens a contagem decrescente para passar do vermelho ao verde!Bem podes carregar no botão dos peões que não passa a verde enquanto a contagem descrescente não chegar ao 0!
      E esta hem?

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    3. Claro que tens de esperar que acabe a contagem! Querias carregar no botão e fazer parar 0 trânsito todo? Julgas que és o PR ou quê?
      Como eu disse: Se carregares, tens de esperar que...
      Se não carregares, bem podes ir buscar um banquinho...
      No local onde dizes, em frente ao Turismo, faz a experiência. Claro que é preciso que ninguém carregue no botão para que o vermelho se mantenha para os piões.
      Ou melhor, deixa o tempo melhorar e vamos lá os dois fazer a experiência. Quem não tiver razão, paga uns bolinhos de bacalhau no "Zé Figueiredo", que são os melhores de Coimbra. Convidamos o Quito para ir connosco, para servir de testemunha e porque também gosta de bolos de bacalhau...

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  6. Combinado.Pelos vistos tenho que levar massa para os bolinhos de bacalhau.
    O Quito não deve estar por cá. Anda numa roda viva!.
    Quando for avisa!

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