terça-feira, 31 de julho de 2018

CRÓNICA A AZUL E BRANCO ...





Esta crónica é a azul e branco, mas começa de vermelho. Porque Vermelho é o nome de batismo do meu primo António, que é todo do Benfica. É mais vermelho que o tinto carrascão !!! Vive numa moradia em Lagos, quase encostado ao Cascade Resort, unidade hoteleira de luxo cá do burgo. Ele – o meu primo António – anda todo marafado, porque acha que o Futebol Clube do Porto estar ali a estagiar é uma provocação. Mas ele também sabe que eu tenho uma leve simpatia azul, pelo que passa a vida a espicaçar-me e vai-me dizendo:

- Olha que os gajos, no treino, dizem tanto asneiredo que até se houve lá na rua !

 Devolvo-lhe:

- Mas tu achas que aquilo é patinagem no gelo ou ginástica rítmica?

Claro que é tudo mentira, que a malta azul anda toda na catequese. O que é certo que eu do meu poleiro, vejo o hotel e o campo de treinos. Todas as manhãs e tardes, a bola rola pelo relvado, com os matulões a correr atrás da redonda como num filme de desenhos animados, e a espaços sentam-se no chão a descansar e a ouvir as palavras do Mestre. Pelo menos é que o eu deduzo, quando “vejo” o treino com os meus binóculos.


Mas o meu primo António lá anda com a sua fé inquebrantável no título do próximo campeonato. Para lhe aliviar a pressão de ter o “inimigo” mesmo ali ao pé da porta, vou-lhe dizendo que o facto dos nortenhos virem para o Cascade treinar, é por especial deferência a mim. Uma gentileza com que me brinda o grande educador das massas, Sua Majestade Senhor Dom Jorge de Nuno de Pinto da Costa.


Esta conversa foi no Alvor, de volta de um robalo escalado à algarvia. Para o provocar ainda mais, também disse ao meu estimado primo que no dia em que o Futebol Clube do Porto regressar ao norte, vou estar no meu trono dourado para os receber, porque acredito que protocolarmente não deixarão de se vir despedir de mim, como mandam as regras da etiqueta e da boa educação.


Pensei com mais esta alfinetada futeboleira, que o António perdesse o apetite e sobrasse mais robalo para mim, mas enganei-me. Com o nervoso miudinho, a águia lacobrigense atacou ainda mais furiosamente no robalo e enxugámos mais umas taças de branco fresquinho. No fim, ele quis fazer um brinde ao “Glorioso” e eu aceitei de bom grado, porque foi ele quem puxou da carteira e pagou a simpática conta. Achei justo.

Q.P.     

segunda-feira, 30 de julho de 2018

POSTALINHOS DE VOUZELA( EM VISITA RÁPIDA)

Momentos em VOUZELA
 
    Ponte Romana I
   Ponte ROMANA II
   Ponte Romana -Jardins
   Por aqui segundo dizem se faz a junção dos rios VOU(ga) e ZELA
   Painel em azulejo numa pastelaria com fabrico dos deliciosos     pastéis de Vouzela

sábado, 28 de julho de 2018

CRÓNICA DO SUL ...






Derramado sobre a cadeira do meu conforto, olho o jornal. Apenas olho, porque as notícias cansam de repetitivas. Atiro com o diário para a cadeira do lado e observo os barcos aparcados na Marina. São barcos grandes e pequenos para todos os gostos e bolsas. Mas há os outros. Os que são o sustento de muita gente ligada ao turismo. São coloridos e festivos, artisticamente engalanados para atrair veraneantes em passeio pelas grutas ou olhando ao largo o prazer de conviver com golfinhos irrequietos. Ou ainda aqueles que gostam da pesca de cana das espécies graúdas de alto mar, de contornos especializados. Os mais simples é vê-los chegar e partir, de coletes de cor amarela ao pescoço para prevenir qualquer incidente no oceano. Vão e vêm como as marés. Chegam de boné na cabeça e a pele vermelha congestionada e abrasada deste sol algarvio. Estou absorto neste desfile de gente tão diversa portuguesa e estrangeira, quando uma menina de braço tatuado se acerca de mim. Pergunta-me gentilmente o que pretendo beber. Escolho um sumo da boa laranja algarvia. A cerveja fica para depois, quando lhe pedir o almoço. É ali, com a minha consorte, que por vezes atracamos também a nossa nau de afetos com a cidade - marinheira. Olhar aquela parafernália de mastros emaranhados e de bandeiras ao vento, e ver ao longe mas também ali tão perto a cidade histórica, que é nosso refúgio em diferentes épocas do ano.


Almoçamos ao ritmo do veleiro que parte. Vai lento, talvez a meditar no esgrimir de argumentos com as ondas e a espuma alva destes dias de verão. Enquanto a minha companheira vai folheando uma revista, percebo que ela não tem pressa. Como já são muitos anos de tarimba, se não me acautelo vou passar a tarde a olhar para montras num entrar e sair de lojas do meu enfado. Tenho então que tomar uma decisão e tomo – atiro com as chaves do carro para cima da mesa e exclamo numa amabilidade imperativa: encontramo-nos em casa!


Parto. Percorro a calçada deambulando entre tendas de roupa e dos mais diversos artigos. No largo que é sala de visitas, cumprimento o Sebastião de Cutileiro e penetro numa dependência bancária, em busca duma máquina automática e dos euros do meu contentamento. Vã e rápida ilusão. Os vikings que assolaram a cidade raparam tudo. Digo entre dentes algo de vernáculo de acordo como meu estado de espírito e volto para o sol castigador que inunda o largo. Ponho-me a meditar naqueles dois quilómetros sempre a subir até chegar a casa sob um sol a pino e olho a praça de táxis da minha salvação. Nova ilusão. Os vikings tinham tomado os táxis todos de assalto e já só me resta esperar. Enquanto aguardo sentado num pequeno banco de jardim, olho o carrossel inerte e sem sorrisos de criança. Apenas os tigres, os cavalos e as girafas se riem, a aguardar os seus pequenos clientes de um mundo de ilusão. Ao lado, africanos tentam vender todo o tipo de mercadoria espalhada em mantas pelo chão. São vestidos femininos, estatuetas em madeira, carteiras de senhora, relógios e braceletes de aspeto apelativo que ostentam nos dedos grandes e esguios, naquela improvisada ourivesaria de rua.  As suas túnicas coloridas, largas e compridas, lembram-me os mistérios de África. Nos seus olhos grandes e expressivos, encontro a paciência e a sabedoria de quem sabe esperar. Porém, é uma bizarra figura que me atrai a atenção. É um homem magro, de aspeto mal cuidado e rosto envelhecido. De estranho, é que dorme profundamente sentado em cima do selim de um cangalho de bicicleta, os pés nos pedais e braços cruzados sobre o peito. Para remediar aquele equilíbrio instável, tem o ombro esquerdo apoiado no tronco de uma árvore. Fico a olhar aquele inusitado quadro, até que acontece o provável: a bicicleta resvala e arrasta consigo o homem que desamparado bate com violência com a cabeça no chão. Grande alarido entre os africanos que, antes de mim, já o tentam socorrer numa roda de solidariedade. Combalido, o pobre homem agarra a cabeça com as mãos num esgar de dor. Lentamente vai recuperando até que, para surpresa minha, volta a montar na bicicleta e, de olhar vazio, fica a ver escoar-se o Tempo e a Vida. Dos turistas que observavam aquele momento, ninguém se mexeu. De todos, lembro aquele homem gordo de bochechas afogueadas, que se lambuzava com um gelado que com o calor lhe escorria pela camisola estampada com um musculado e enérgico Super Homem - fraco Super Homem.


Entro no táxi e digo ao motorista onde quero ficar. Indico - lhe com precisão o local e à guisa de conversa, vou dizendo que há muitos anos conheço a cidade. A conversa não é inocente. Quero que ele entenda que eu não sou um turista acidental a deambular pela urbe em passeio forçado ao sabor do rodar do taxímetro e dos euros. E assim, pelo caminho mais curto, cheguei ao meu porto de abrigo.


Agora, a coberto da canícula e de janela da varanda aberta de par em par vejo o  mar e o céu azul, onde as gaivotas voam em círculo no seu jeito caraterístico de comunicar entre elas em tempo de acasalamento, enquanto vão riscando o céu em coreografias sublimes numa dança flutuante ao sabor de um Tempo e de um Vento que não se esgota na sua rota intemporal.  


Logo, mais logo, quando a noite lacobrigense chegar, as ruas medievais enchem-se de forasteiros das mais diversas origens, perante a indiferença de um Infante vestido de bronze e sentado num pedestal erguido em pedra alva, a olhar o mar que lhe traçou o Destino e a História. É o seu mar. É o meu mar.

Q.P.         

POSTALINHO DE LAFÕES

MOSTEIRO DE S. CRISTÓVÃO DE LAFÕES


O Mosteiro cistercense de Cristóvão de Lafões, fundado no século XII, foi construído na forma
actual nos séculos XVII e XVIII
O Mosteiro de São Cristóvão de Lafões tem uma suite e sete quartos duplos com casa de banho privativa, aquecimento e TV.Um pequeno Bar, salas de estar e de 
pequenos almoços, salas de jogos, piscina.
ALOJAMENTO LOCAL

Jardim interior
Espigueiro

Abóboda da Igreja do Mosteiro
Igreja do Mosteiro
Escultura de São Cristóvão
Capela do Mosteiro
Esculturas fixada na parede
Mosaico de São Cristóvão, com arranjo floral


A CEIA esculpida em madeira


A sala do CAPÍTULO

ANIVERSÁRIO

TERESA BELO SOARES

28-07-1945

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!






sexta-feira, 27 de julho de 2018

Jardinszinhos de Montreal

Um grande número de jardins em Montreal são apaparicados pelos proprietários que gostam de lhes dar um cunho próprio, criando certos tipos de obras de arte de uma simplicidade a toda a prova mas que embelezam os jardins e não passam despercebidos a quem passa.

SEPARADOR FOTOGRÁFICO...A ÚLTIMA DAS TERMAS DE SÃO PEDRO DO SUL

   Balneáio D. Afonso Henriques (parte virada ao rio Vouga), onde fizemos os                  tratamentos termais.

   Foto EG

quinta-feira, 26 de julho de 2018

POSTALINHOS DA CIDADE DE SÃO PEDRO DO SUL

                     CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO DO SUL
Igreja de Santo António
    IGREJA MATRIZ DE SÃO PEDRO DO SUL
     PALÁCIO DO MARQUÊS DE RERIZ
                         RUA DIREITA  parte
     RUA DIREITA  início

                                                              SÃO PEDRO

    IGREJA DE SÃO PEDRO
   Igreja da Misericórdia

quarta-feira, 25 de julho de 2018

POSTALINHO DE TIMOR LORASAE ... E A MINHA HOMENAGEM AO CASAL DAISY/ALFREDO MOREIRINHAS


https://www.facebook.com/alfredo.moreirinhas/videos/2261390293876770/

O FADISTA ALFREDO  EM TIMOR(CLICAR)



Casa típica de Los Palos - A parte de baixo é para os animais, a parte de cima até ao início do telhado é para as pessoas e daí até ao topo é para os espíritos.
Na foto, Mimi Chungue a causadora desta minha vinda a Timor.

terça-feira, 24 de julho de 2018

ANIVERSÁRIO Anagui 24-07

ANA MARGARIDA PINTO

            "GUI"

24-07-1950

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!









ANIVERSÁRIO Zeca Neves 24-07

MARIA JOSÉ NEVES

24- 07-1943

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

segunda-feira, 23 de julho de 2018

SEPARADOR FOTOGRÁFICO

Complexo Turístico de GERÓS - Termas-São Pedro do Sul


ANIVERSÁRIO Zé Faustino

JOSÉ LUÍS FERREIRA FAUSTINO

23-07-1954

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

domingo, 22 de julho de 2018

Viaturas antigas

Ford Hot Rod 1933


Os Hot Rod são carros de colecção dos anos vinte a cinquenta do século passado altamente modificados na sua aparência, muito especialmente no tipo e disposição das rodas. Na potência, a preferência ia para motores V8.
A pintura geralmente da côr do fogo, não foge ao habitual.
São ainda hoje consideradas peças únicas de grande valor pelos colecionadores americanos.

sábado, 21 de julho de 2018

POSTALINHO DE TIMOR LORASAE IV

Na Praia de Tibar,com Daisy e Mimi Chungue



    Foto Alfredo Moreirinhas