sexta-feira, 16 de julho de 2010

Há dias em que...

Acordamos e dizemos: é hoje. No espelho matinal, olhamos o reflexo de nós e do tempo que foi. E sabemos para onde nos leva o pensamento.
Sabemos: que há muito perdemos a protecção dos afectos uterinos.


Sabemos: que há muito já não brincamos com bonecas.

Sabemos: que há muito nos (des)iludimos em aventuras múltiplas.

Sabemos: que há pouco o todo se tornou menor do que a soma das suas partes.
Sabemos tanta coisa, porque as vivemos. E foram sonhadas.
Mas sabendo tudo isso, sabemos também que há dias como este Mana, belos, como tu. Assumiste comigo os papeis todos: de mãe, irmã, professora, confessora. Todos os papeis, e vais repetindo-te neles, como no Mito, porque o teu tempo é estar e o teu modo ser. Explicas-me quotidianamente, que o único infinito que existe não é o da matemática mas o dos afectos.
Há dias em que...
Acordamos e dizemos: é hoje ... e sempre. No espelho matinal olhamos o reflexo de nós e do tempo que foi. E sabemos para onde nos leva o pensamento.
Diz-nos: 1 + 1 é igual a 1!

Hoje ... e sempre!
Mano Jó-Jó

10 comentários:

  1. Em dia de festa o Jójó conseguiu que
    uma lágrima se soltasse... mas lágrima de
    alegria!
    Num pequeno percurso de vida da família
    Costa e, muito especialmente, no da mana Belinha
    a intensidade dos afectos é manifesta quer
    em relação às alegrias quer em relação às tritezas entre os dois manos...
    Beijinhos, Belinha
    Beijinhos, JóJó
    Beijinhos, a todos os manos

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  2. Belo testemunho de amor e cumplicidade.

    Para todos vós um grande abraço.

    Abílio

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  3. Que lindos manos e que dificuldade que eu tenho de ver a Belinha com 58 anos, fiquei com uma imagem quando abandonei Coimbra e adorei ver-vos pequeninos que bom é recordar...
    Nela Sarmento

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  4. «Tem uma lágrima ao canto do olho...»
    Li e reli. Que ternura!
    «...O único infinito que existe é o dos afectos!»
    Parabéns e beijinhos aos dois

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  5. É encantador "sentir" o Amor, a Ternura, a Recordação e até alguma tristeza dos tempos já passados...! no conjunto, uma cumplicidade maravilhosa entre irmãos ,que se continuam a amar através dos tempos. Exemplo bonito, o vosso! Beijos para os dois.

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  6. Durante muitos anos, meteu-se na minha cabeça a ideia de que o Jó-Jó e a sua querida mana Belinha eram marido e mulher, ou companheiros.
    Já fiz esta confissão a um dos manos. Não sei se a um se a outro. Confessei que, sem querer, por ignorância própria de quem não se preocupa muito em conhecer da vida dos outros, os "acasalei".
    Isto é, quando a Olga me esclareceu que eram irmãos, enfiei a minha pobre cabeça quadrada num profundo buraco porque, ao fim e ao cabo, tinha inventado um incesto. Ainda bem que a "invenção" nunca tinha saído da minha cabeça...
    Para ambos, os meus parabéns porque são excelentes pessoas e o meu obrigado por serem meus amigos.

    Uma nota, para o Jó-Jó, que não será de rodapé mas quase:

    Um dia referi algures, noutras paragens, a minha dificuldade em comentar, em tempo útil, os teus textos. Justificava-me eu com a necessidade de tempo para analisar a complexidade do que escreves.
    Não reagiste a este meu queixume...
    Meses depois, enquanto fazíamos a digestão de uma lampreia em Penacova, disseste-me:
    - Não percebes o que escrevo? Não te preocupes, por vezes nem eu próprio percebo...

    Já agora, só mais uma coisita:
    Este texto que aqui trouxeste até a minha pobre cabeça quadrada consegue entender.
    Trata-se de um hino de amor. Um hino não só à Mana Belinha mas também a toda a tua família.

    Aqui te deixo aquele abraço. Se bem te conheço, não vais retribuir mas na primeira oportunidade vais-me perguntar:
    - o que é que tu percebes de hinos?...

    Carlos Viana.

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  7. Impossível ficar indiferente a estes grandes matemáticos!!!

    Tiram conclusões,elevam à potência máxima os nossos sentimentos e recordações,metem-nos num círculo de emoções , multiplicam as amizades,subtraem-nos do sério!

    Uma maravilha.

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  8. Que maravilha meus queridos amigos.Palavras para quê?Só vos digo eu AMO-VOS A TODOS. Beijinhos.

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  9. Embora tardiamente não posso deixar de expressar a minha admiração por esta familia admirável!
    Um grande abraço a todos eles e mais um beijinho para a Belinha!

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