sábado, 30 de junho de 2018
FESTAS DA RAINHA SANTA ISABEL...E DA CIDADE
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ANIVERSÁRIO
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Aniversários
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quinta-feira, 28 de junho de 2018
O GALO DE CABIDELA ...
Pensa um homem que anda anónimo, a percorrer a autoestrada do
norte a caminho do sul, quando nestas modernices que os novos carros oferecem,
o telefone tocou. Do lado da lá da linha, uma voz familiar suplicou – me em tom
amistoso:
- Óh pá, tens aí dez mil euros disponíveis para comprar um
brasileiro para a Académica, que está para desalfandegar num contentor de um
navio atracado no porto de Leixões?
A fumar um charuto cubano, perguntei ao meu preclaro amigo se queria em
dinheiro vivo ou cheque visado. A brincadeira acabaria por ali, não fosse a voz
tornar-se imperativa, para me dar uma ordem sem direito a resposta:
- Vais a Lisboa mas resolve lá a tua vida, que amanhã tens
que estar em Águeda, a lutar contra um galo de cabidela.
Fui a Lisboa e, de uma janela alta, vi uma vista privilegiada
da capital do reino. Depois regressei a Coimbra na brasa, sempre desconfiado
dos radares fixos, por muito que alguns digam que estão desativados. No dia
seguinte, lá partimos todos em procissão, como é costume. Após uma viagem com
muito trânsito e muitos semáforos, um compasso de espera fora do restaurante.
Uma espécie de estágio, agora que andamos em tempo de campeonato do mundo de
futebol. Minutos depois entrámos em campo, onde sentados numa mesa comprida,
vimos aterrar dois enormes tachos que
mais pareciam duas piscinas. Só faltava a prancha de saltos.
Bonito foi o repasto. E belíssimo era o arroz de cabidela,
bem condimentado, picante quanto baste para puxar ao tinto a escorrer pelas
gargantas. A conversa animada e as estórias de outros tempos de um bairro que é
o nosso. Dos tachos não restou nada. Dos confrades, apenas ficou a confissão do
costume de que comeram de mais, enquanto afagavam as barrigas redondas como um
tambor, sob o olhar reprovador do elemento feminino, muito mais comedido na
arte milenar e gloriosa de dar ao dente. Ainda não refeitos, derramaram-se sur
la table dois bolos – rei apetitosos, que mais parecia tempo de Natal. Nem a
falta de adereços natalícios tirou o apetite aos circunstantes, que se lançaram
aos bolos como se ainda não tivessem almoçado. De novo o padre Aníbal a dar
mais duas voltas na tumba, pois de nada lhe valeu os seus monocórdicos e
enfadonhos discursos sobre o pecado da gula. Nem um que também por lá apareceu
com nome Bíblico se livrou de um dedo acusador, naquela orgia de mastigação.
Ainda a horas decentes, regressámos a casa entre risos e
abraços. E, como nos contos infantis, vivemos todos para sempre muito felizes.
Menos o pobre do galo, uma evidência que nem carece de demonstração.
Q.P
Uf… Está cá um calor…
O verão chegou, a pequenada goza férias, o calor apertou e não há nada como um baninho com a máxima segurança possível para os miúdos se refrescarem.
Trabalhando nos dias de hoje a duas testas do casal, nem sempre é fácil encontrar um responsável para ficarem com as crianças de acordo com as suas posses económicas, pelo que as pessoas recorrem muitas vezes aos campos de férias para lhes ficarem com os miúdos durante o dia. Este sistema muito em voga por estes lados, tem o condão de dar trabalho durante as férias aos estudantes mais velhos que num certo número de vezes já completaram o secundário. Por outro lado vai-os formando não só no contacto com os pais e crianças, como na criação, gestão e desenvolvimento de actividades que mantenham os miúdos ocupados durante o dia. Este trabalho de verão para estudantes, conta muito para aqueles que não trabalham durante o ano pois em acabando o curso é uma mais valia que devem incluir no seu CV, para provarem que têm experiência de trabalho canadiano.
Sendo o verão a época propícia para actividades ao ar livre, a cidade tem uma rede de parques que permitem a prática de vários lazeres quer seja ao sol ou à sombra,
Sendo o verão a época propícia para actividades ao ar livre, a cidade tem uma rede de parques que permitem a prática de vários lazeres quer seja ao sol ou à sombra,
assim como a utilização de zonas para as crianças se refrescarem com elevada segurança, evitando as piscinas que se destinam mais aos adolescentes.
Mesmo uma criança que tenha ludibriado o contrôle dos monitores, dificilmente corre perigo iminente.
Mesmo uma criança que tenha ludibriado o contrôle dos monitores, dificilmente corre perigo iminente.
Se bem que cedo, já se vai vendo uma criança acompanhada pois a grande afluência começa por volta das onze da manhã com os campos de férias.
O responsável pela manutenção do parque fez a sua inspecção ainda muito cedo para evitar a distracção causada pela presença de estranhos, deixando tudo a funionar.
Ao deixar o parque, reparei que acima dos meus olhos estava a placa de identificação, "Parc de l’Estrie".
Nela pode-se ler as horas de utilização do mesmo e o número de telefone a utilizar para o caso de ser necessário qualquer tipo de manutenção e limpeza. Só assim, com uma cãmara que se preocupa com o bem estar dos seus cidadãos, a cidade pode apresentar uma cara lavada.
quarta-feira, 27 de junho de 2018
COIMBRA EM REVISTA DA TAP - SEGUNDA PARTE
COIMBRA, A SÁBIA- SEGUNDA PARTE
REVER PRIMEIRA PARTE
6- RIVE GAUCHE
REVER PRIMEIRA PARTE
6- RIVE GAUCHE
Se Shakespeare soubesse da história de amor de D. Pedro e Dona Inês tinha poisado a pena na hora de escrever a tragédia Romeu e Julieta. Luís de Camões e Victor Hugo foram dois dos muitos escritores que imortalizaram a história (com alguns trechos de lenda) deste amor eterno. Em resumo, o enredo desenrola-se assim: ele, D. Pedro I, herdeiro da coroa de Portugal; ela, Dona Inês de Castro, galega, aia da mulher de D. Pedro e amante do príncipe herdeiro. O romance, repudiado pela corte – por pôr em causa a continuação da independência –, teve trágico desfecho quando, por ordem do rei D. Afonso IV, pai de D. Pedro, Inês foi assassinada. Pedro perseguiu e matou os carrascos de Inês e corou-a rainha depois de morta. A Quinta das Lágrimas, que foi o lugar dos encontros secretos de Pedro e Inês, é hoje um hotel de charme que guarda ainda a mística mata e as românticas fontes onde os amantes namoravam. Bem perto do grande palco do amor de Pedro e Inês, fica o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. As recentes obras de revitalização trouxeram novo brilho aos terrenos do mosteiro que as cheias sacrificaram. Visite o museu e descubra o fulgor da vida monástica das Irmãs Clarissas e das damas que aqui se refugiaram. Depois saia à rua e aprecie as ruínas da igreja gótica do século XIII e do Paço de Dona Isabel de Aragão – a rainha que protagonizou o Milagre das Rosas e que o Vaticano canonizou. Regularmente, o mosteiro recebe concertos, espetáculos de dança e de teatro e também sessões de cinema. Depois do abandono em definitivo de Santa Clara-a-Velha, em 1677, as irmãs mudaram-se para Santa Clara-a-Nova, casa em terrenos imunes ao risco de cheia que fica dois quilómetros adiante. No altar-mor da igreja de Santa Clara-a-Nova está o túmulo em prata onde jaz o corpo incorrupto da Rainha Santa, padroeira da cidade. O túmulo original, que a própria mandou esculpir ainda em vida, é bem mais singelo e está na sacristia da igreja. Nele a rainha aparece vestida com o seu traje de peregrina. Nas dependências do mosteiro existe ainda um albergue para os peregrinos do Caminho Português de Santiago. De dois em dois anos, a 4 de julho, acontece a festa da Rainha Santa, que junta milhares de fiéis numa procissão que sai de Santa Clara-a-Nova. Outra das coqueluches da margem esquerda do Mondego é o caricato Portugal dos Pequenitos, uma ideia do Professor Bissaya Barreto. Viaje ou não com crianças, entre e divirta-se nesta minirréplica do património arquitetónico e cultural de Portugal.
Quinta das Lágrimas \\\www.quintadaslagrimas.pt
Mosteiro de Santa Clara a Velha \\\ www.santaclaraavelha.drcc.pt
Portugal dos Pequenitos \\\ www.portugaldospequenitos.pt
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7 - COIMBRA DO CHOUPAL
mortalizada na canção de Coimbra, a Mata Nacional do Choupal é uma reserva ecológica com 79 hectares onde vivem espécies como o milhafre-negro, a garça-real e o mergulhão, javalis, raposas, texugos, lontras e répteis como a cobra-de-água-viperina. A flora é composta sobretudo por choupos, plátanos e cedros dos pântanos. O Choupal nasceu nos terrenos da antiga mata de Coimbra, na periferia da cidade, no século XVIII, para estabilizar as águas rebeldes do Mondego. Passear pela mata é um dos passatempos prediletos dos coimbrões. Outro jardim de eleição fica em plena malha urbana: falamos do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, criado por determinação do Marquês de Pombal em 1772 com o objetivo de complementar o estudo da História Natural e da Medicina. Nos seus 13 hectares há espaço para as escolas sistemáticas (canteiros medicinais), para um bambuzal, para um pomar, para alamedas como a das Tílias, para uma imensa área de mata, jardins tropicais e estufas – a estufa grande é um dos mais esplendorosos exemplares da arquitetura do ferro em Portugal. Um pouco por todo o lado há estatuária consagrada a figuras ligadas ao jardim, como a do botânico Avelar Brotero. Antes de mudarmos de jardim, espaço para mais duas curiosidades: o portão principal, da autoria de Mestre Galinha, dá mote à sacramental pergunta feita aos caloiros de Coimbra, na praxe académica (”Preto é, Galinha o fez, em Coimbra?”) e a árvore-de-tulipa (Liriodendron tulipifera), que os estudantes chamam a árvore-do-ponto porque a flor rebenta em maio, a tempo de os avisar que é hora de começar a estudar para os exames. O Parque de Santa Cruz, mais conhecido por Jardim da Sereia, também mora no coração da cidade, em terrenos que em tempos que já lá vão pertenciam ao Mosteiro de Santa Cruz. No século XVIII, D. Gaspar da Encarnação transformou-o num espaço de lazer, com um campo de jogos e uma área em estilo barroco destinada ao descanso e à meditação. À beira do Mondego surge outro jardim, o Parque Verde do Mondego, onde, além dos espaços arborizados, encontra as modernas “docas”, com animação garantida. Jardim Botânico \\\ www.uc.pt/jardimbotanico Parque Verde do Mondego \\\ www.parqueverdedomoondego.pt
8 - COIMBRA É UMA CANÇÃO
Foi beber ao cancioneiro e à música popular, às modinhas e a géneros musicais importados da Europa central. Também foi inspirar-se no fado de Lisboa e acabou – por moda, por convenção, por facilitismo (vá-se lá saber!) – a ser chamada fado de Coimbra. Jorge Cravo, sumidade no assunto, explica: “o fado de Coimbra não existe, existe sim, a canção de Coimbra. Nascida de um caldeirão de influências teve o seu primeiro momento áureo na década de 20 do século passado, quando o músico [e poeta da venerável revista Presença] Edmundo Bettencourt e o seu amigo e guitarrista Artur Paredes romperam com o lirismo da canção imposto por Lucas Junot, brasileiro a estudar em Coimbra”. Mais tarde, na década de 50, Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira usaram o género em baladas de intervenção e algures nos anos 60 Luís Goes recupera o modernismo de Bettencourt e imprime-lhe uma temática universal. “A canção de Coimbra – como o doutoramento honoris causa, as repúblicas, a investidura do Reitor e tantas outras tradições académicas –, faz parte do pacote imaterial da candidatura da Universidade de Coimbra, da Alta e da Sofia a Património Mundial da Humanidade”, acrescenta Jorge Cravo. É também ele quem nos explica que há um mundo de diferenças entre a sonoridade da guitarra de Coimbra e a de Lisboa. A esse propósito vem à baila Carlos Paredes, autor de Verdes Anos e de Ser e Morte, que emancipou a guitarra de Coimbra e a tornou universal. Se quer juntar ao seu iPod alguns temas imortais da canção de Coimbra, anote os seguintes títulos: Coimbra é uma lição (Avril au Portugal), Saudades de Coimbra, Balada da Despedida, Fado Hilário e Samaritana. Se passar por Coimbra em maio, junte-se às hordas de estudantes e de curiosos que enchem as escadas da Sé para ouvir e ver a Monumental Serenata da Queima das Fitas, momento alto do ano académico. À Capella
À CAPELLA
7 - COIMBRA DO CHOUPAL
mortalizada na canção de Coimbra, a Mata Nacional do Choupal é uma reserva ecológica com 79 hectares onde vivem espécies como o milhafre-negro, a garça-real e o mergulhão, javalis, raposas, texugos, lontras e répteis como a cobra-de-água-viperina. A flora é composta sobretudo por choupos, plátanos e cedros dos pântanos. O Choupal nasceu nos terrenos da antiga mata de Coimbra, na periferia da cidade, no século XVIII, para estabilizar as águas rebeldes do Mondego. Passear pela mata é um dos passatempos prediletos dos coimbrões. Outro jardim de eleição fica em plena malha urbana: falamos do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, criado por determinação do Marquês de Pombal em 1772 com o objetivo de complementar o estudo da História Natural e da Medicina. Nos seus 13 hectares há espaço para as escolas sistemáticas (canteiros medicinais), para um bambuzal, para um pomar, para alamedas como a das Tílias, para uma imensa área de mata, jardins tropicais e estufas – a estufa grande é um dos mais esplendorosos exemplares da arquitetura do ferro em Portugal. Um pouco por todo o lado há estatuária consagrada a figuras ligadas ao jardim, como a do botânico Avelar Brotero. Antes de mudarmos de jardim, espaço para mais duas curiosidades: o portão principal, da autoria de Mestre Galinha, dá mote à sacramental pergunta feita aos caloiros de Coimbra, na praxe académica (”Preto é, Galinha o fez, em Coimbra?”) e a árvore-de-tulipa (Liriodendron tulipifera), que os estudantes chamam a árvore-do-ponto porque a flor rebenta em maio, a tempo de os avisar que é hora de começar a estudar para os exames. O Parque de Santa Cruz, mais conhecido por Jardim da Sereia, também mora no coração da cidade, em terrenos que em tempos que já lá vão pertenciam ao Mosteiro de Santa Cruz. No século XVIII, D. Gaspar da Encarnação transformou-o num espaço de lazer, com um campo de jogos e uma área em estilo barroco destinada ao descanso e à meditação. À beira do Mondego surge outro jardim, o Parque Verde do Mondego, onde, além dos espaços arborizados, encontra as modernas “docas”, com animação garantida. Jardim Botânico \\\ www.uc.pt/jardimbotanico Parque Verde do Mondego \\\ www.parqueverdedomoondego.pt
8 - COIMBRA É UMA CANÇÃO
Foi beber ao cancioneiro e à música popular, às modinhas e a géneros musicais importados da Europa central. Também foi inspirar-se no fado de Lisboa e acabou – por moda, por convenção, por facilitismo (vá-se lá saber!) – a ser chamada fado de Coimbra. Jorge Cravo, sumidade no assunto, explica: “o fado de Coimbra não existe, existe sim, a canção de Coimbra. Nascida de um caldeirão de influências teve o seu primeiro momento áureo na década de 20 do século passado, quando o músico [e poeta da venerável revista Presença] Edmundo Bettencourt e o seu amigo e guitarrista Artur Paredes romperam com o lirismo da canção imposto por Lucas Junot, brasileiro a estudar em Coimbra”. Mais tarde, na década de 50, Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira usaram o género em baladas de intervenção e algures nos anos 60 Luís Goes recupera o modernismo de Bettencourt e imprime-lhe uma temática universal. “A canção de Coimbra – como o doutoramento honoris causa, as repúblicas, a investidura do Reitor e tantas outras tradições académicas –, faz parte do pacote imaterial da candidatura da Universidade de Coimbra, da Alta e da Sofia a Património Mundial da Humanidade”, acrescenta Jorge Cravo. É também ele quem nos explica que há um mundo de diferenças entre a sonoridade da guitarra de Coimbra e a de Lisboa. A esse propósito vem à baila Carlos Paredes, autor de Verdes Anos e de Ser e Morte, que emancipou a guitarra de Coimbra e a tornou universal. Se quer juntar ao seu iPod alguns temas imortais da canção de Coimbra, anote os seguintes títulos: Coimbra é uma lição (Avril au Portugal), Saudades de Coimbra, Balada da Despedida, Fado Hilário e Samaritana. Se passar por Coimbra em maio, junte-se às hordas de estudantes e de curiosos que enchem as escadas da Sé para ouvir e ver a Monumental Serenata da Queima das Fitas, momento alto do ano académico. À Capella
À CAPELLA
Foi uma ermida, uma capela e até uma sinagoga, mas hoje, na Capella o culto que se presta é à Canção de Coimbra. Todas as noites, os músicos da casa levam-no numa fabulosa viagem musical. Não se negue este pequeno (grande) prazer.
www.acapella.com.pt
9 - TALHERES AO ALTO
Três vivas para a tibornada e para a chanfana, receitas com história e tradição na Beira Litoral. A primeira é descendente das típicas ceias que se faziam nos lagares em dia do primeiro azeite. O costume de comer bacalhau assado desfiado com batatas a murro, regado com azeite e alho ficou até hoje. A segunda tem uma história curiosa. Quando, no início do século XIX, as tropas de Napoleão Bonaparte se instalaram por estas bandas, roubaram o melhor gado dos pastos, mas o povo, desenrascado, agarrou nas cabras velhas, cozinhou-as em vinho tinto e não passou fome. O pitéu continua a ser cabeça de cartaz nos melhores e mais típicos restaurantes de Coimbra. E se de restaurantes está bem servida, a cidade tem pena de ter deixado esmorecer as tabernas, outrora centro nevrálgico da vida social e académica da cidade, onde futricas e estudantes se encontravam para conversar, beber e petiscar. Das que sobreviveram, sobretudo na intrincada malha de vielas da “Baixinha”, recomendamos as sandes de leitão do Portas Largas (Rua das Padeiras, 35) e os petiscos da intemporal tasca Mija Cão (Rua Nova, 8). No campo dos doces, o receituário conventual é rei e senhor. Destaque para os pastéis de Santa Clara, recheados com doce de gemas, que nasceram no mosteiro e que não ficam nem um pouco atrás dos igualmente famosos pastéis de Tentúgal. Experimente também os crúzios, delícia de ovos e amêndoa que renasce de uma receita centenária recuperada pelo carismático Café Santa Cruz. Convém ainda referir duas iguarias que abundam pelas redondezas. Uma é a lampreia, cuja época vai de janeiro a abril; outra, o leitão da Bairrada. Se quiser saborear o típico arroz de lampreia (uma espécie de aspeto semelhante à enguia), o restaurante O Marinheiro, em Montemor-o-Velho, é uma boa opção. Para (com)provar que a fama do leitão da Bairrada é mais do que justificada, passe pela Nova Casa dos Leitões (Estrada Nacional 1, 118 – Peneireiro).
A TABERNA
9 - TALHERES AO ALTO
Três vivas para a tibornada e para a chanfana, receitas com história e tradição na Beira Litoral. A primeira é descendente das típicas ceias que se faziam nos lagares em dia do primeiro azeite. O costume de comer bacalhau assado desfiado com batatas a murro, regado com azeite e alho ficou até hoje. A segunda tem uma história curiosa. Quando, no início do século XIX, as tropas de Napoleão Bonaparte se instalaram por estas bandas, roubaram o melhor gado dos pastos, mas o povo, desenrascado, agarrou nas cabras velhas, cozinhou-as em vinho tinto e não passou fome. O pitéu continua a ser cabeça de cartaz nos melhores e mais típicos restaurantes de Coimbra. E se de restaurantes está bem servida, a cidade tem pena de ter deixado esmorecer as tabernas, outrora centro nevrálgico da vida social e académica da cidade, onde futricas e estudantes se encontravam para conversar, beber e petiscar. Das que sobreviveram, sobretudo na intrincada malha de vielas da “Baixinha”, recomendamos as sandes de leitão do Portas Largas (Rua das Padeiras, 35) e os petiscos da intemporal tasca Mija Cão (Rua Nova, 8). No campo dos doces, o receituário conventual é rei e senhor. Destaque para os pastéis de Santa Clara, recheados com doce de gemas, que nasceram no mosteiro e que não ficam nem um pouco atrás dos igualmente famosos pastéis de Tentúgal. Experimente também os crúzios, delícia de ovos e amêndoa que renasce de uma receita centenária recuperada pelo carismático Café Santa Cruz. Convém ainda referir duas iguarias que abundam pelas redondezas. Uma é a lampreia, cuja época vai de janeiro a abril; outra, o leitão da Bairrada. Se quiser saborear o típico arroz de lampreia (uma espécie de aspeto semelhante à enguia), o restaurante O Marinheiro, em Montemor-o-Velho, é uma boa opção. Para (com)provar que a fama do leitão da Bairrada é mais do que justificada, passe pela Nova Casa dos Leitões (Estrada Nacional 1, 118 – Peneireiro).
A TABERNA
Ambiente familiar e receitas consagradas confecionadas em forno de lenha. A Taberna não precisa de mais para ser um dos melhores e mais premiados restaurantes de Coimbra. As pratas da casa são o cabrito, a vitela à Lafões, a conserva de porco e a chanfana. Se preferir peixe, nada como o bacalhau com batatas a murro. Reserva mais do que recomendada.
Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 86 – Coimbra
+351 239 716 265
www.restauranteataberna.com
NACIONAL
NACIONAL
Incontornável da cidade. Gostámos especialmente dos filetes de tamboril com arroz de berbigão e do arroz de pato à antiga.
Rua Mário Pais, 12 1º andar – Coimbra
+351 239 829 420
ARCADAS DA CAPELA
ARCADAS DA CAPELA
Uma viagem gastronómica absolutamente imperdível comandada por dois chefes de renome: Albano Lourenço e Joachim Koerper. No Arcadas da Capela pratica-se uma cozinha de mercado e a carta flutua consoante as estações. Aceite a sugestão e acompanhe o repasto com o romântico vinho tinto Pedro&Inês.
Quinta das Lágrimas – Coimbra
+351 239 802 380
www.quintadaslagrimas.pt
A PORTUGUESA
A PORTUGUESA
Peixe fresco da lota, todos os dias sem exceção! Peixe grelhado na brasa, arroz de marisco e açorda de camarão estão sempre na ordem do dia.
Parque Verde do Mondego – Coimbra
+351 239 842 140
www.aportuguesa.pt
9- AQUI TÃO PERTO
Não se vá embora sem visitar cinco magníficos lugares nas redondezas de Coimbra. Em Conímbriga, visite as ruínas da cidade romana fundada no século I a.C. que foi uma das mais prósperas de toda a Península Ibérica. Dê também um pulo a Montemor-o-Velho para espreitar a encantadora vila presépio encimada por um castelo medieval. Não lhe damos só um, mas mil e um motivos para passar pela Figueira da Foz, cidade voltada para o mar onde tradição e modernidade andam lado a lado. Passe pelo Casino, mergulhe no Atlântico, coma o melhor peixe do mundo e dê um passeio pelas salinas ou pela rota dos monumentos megalíticos. Recupere energias nas Termas da Curia e depois vá até à fantástica Serra do Buçaco, uma mata a 500 metros de altitude e a 40 quilómetros do Atlântico que no coração tem um hotel [o Palace do Bussaco] construído para o luxo dos finais da Belle Époque.. Conhecê-la a bordo de um carro clássico – BMW vintage, Morris ou até mesmo um Volkswagen carocha (fusca para os brasileiros) – é uma das várias propostas que pode encontrar na Fundação Mata do Buçaco. Fundação Mata do Bucaço \\\ www.fmb.pt Figueira Grande Turismo \\\ www.figueiraturismo.com Conímbriga \\\ www.conimbriga.pt Montemor-o-Velho \\\ www.cm-montemorovelho.pt Curia \\\ www.termasdacuria.com
9- AQUI TÃO PERTO
Não se vá embora sem visitar cinco magníficos lugares nas redondezas de Coimbra. Em Conímbriga, visite as ruínas da cidade romana fundada no século I a.C. que foi uma das mais prósperas de toda a Península Ibérica. Dê também um pulo a Montemor-o-Velho para espreitar a encantadora vila presépio encimada por um castelo medieval. Não lhe damos só um, mas mil e um motivos para passar pela Figueira da Foz, cidade voltada para o mar onde tradição e modernidade andam lado a lado. Passe pelo Casino, mergulhe no Atlântico, coma o melhor peixe do mundo e dê um passeio pelas salinas ou pela rota dos monumentos megalíticos. Recupere energias nas Termas da Curia e depois vá até à fantástica Serra do Buçaco, uma mata a 500 metros de altitude e a 40 quilómetros do Atlântico que no coração tem um hotel [o Palace do Bussaco] construído para o luxo dos finais da Belle Époque.. Conhecê-la a bordo de um carro clássico – BMW vintage, Morris ou até mesmo um Volkswagen carocha (fusca para os brasileiros) – é uma das várias propostas que pode encontrar na Fundação Mata do Buçaco. Fundação Mata do Bucaço \\\ www.fmb.pt Figueira Grande Turismo \\\ www.figueiraturismo.com Conímbriga \\\ www.conimbriga.pt Montemor-o-Velho \\\ www.cm-montemorovelho.pt Curia \\\ www.termasdacuria.com
Por Maria Ana Ventura
terça-feira, 26 de junho de 2018
NOTÍCIAS DO CENTRO NORTON DE MATOS - ACADEMIA DE MÚSICA
É com muito orgulho que apresentamos o programa das festas de final de ano letivo.
26 de Junho pelas 18h30 na Academia de Música CNM;
28 de Junho pelas 18h30 na Academia de Música CNM;
30 de Junho pelas 15h no Centro Norton de Matos (CNM);
01 de Julho pelas 15h no Salao Brazil.
28 de Junho pelas 18h30 na Academia de Música CNM;
30 de Junho pelas 15h no Centro Norton de Matos (CNM);
01 de Julho pelas 15h no Salao Brazil.
Venham celebrar com a Academia de todos(as).
Um abraço.
AMCNM
AMCNM
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NOTICIAS DO CNM- CENTRO NORTON DE MATOS..
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segunda-feira, 25 de junho de 2018
domingo, 24 de junho de 2018
Sempre mais alto
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Chico Torreira,
Montreal (notícias)
sábado, 23 de junho de 2018
BAIRRO NORTON DE MATOS - MARCHAS POPULARES
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sexta-feira, 22 de junho de 2018
COIMBRA EM REVISTA DA TAP - PRIMEIRA PARTE
COIMBRA, A SÁBIA
Coimbra é uma universidade. É uma canção. É o rio Mondego e o Choupal. Coimbra é um livro de histórias de batalhas suadas e de amores proibidos. Coimbra é uma lenda. Coimbra é de pedra e cal e de carne e osso. Coimbra é dos estudantes. É nossa e é sua também.
Coimbra é uma universidade. É uma canção. É o rio Mondego e o Choupal. Coimbra é um livro de histórias de batalhas suadas e de amores proibidos. Coimbra é uma lenda. Coimbra é de pedra e cal e de carne e osso. Coimbra é dos estudantes. É nossa e é sua também.
1 – UMA HISTÓRIA DO ARCO-DA-VELHA A história de Coimbra funde-se e confunde-se com a da Península Ibérica e a de Portugal. Habitada desde tempos imemoriais, foi poiso dos romanos que chamaram à cidade na colina sobranceira ao Mondego, Aemenium. Mais tarde, em 714, chegaram os muçulmanos. Coimbra – Kulūmriyya para os árabes – foi islâmica durante mais de três séculos, e, não sendo uma grande urbe para o contexto Al-Andaluz, era, ainda assim, o maior aglomerado urbano a norte do Tejo. A cidade foi definitivamente reconquistada aos mouros em 1064 pelas tropas de Fernando Magno de Leão, que deixou nas mãos do moçárabe D. Sesnando a tarefa de reorganizar o burgo. Um século mais tarde, já integrada nos domínios do Condado Portucalense, Coimbra foi a morada eleita por D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, que se mudou com a corte para a velha alcáçova califal. Nela nasceram seis dos nove reis da primeira dinastia portuguesa. O século XII foi um período áureo na história da cidade. Bem localizada, com terrenos férteis, um bom porto fluvial, bem fortificada e povoada, Coimbra passou a capital do reino, honra que perdeu para Lisboa em 1255. Em meados do século XVI, graças à instalação definitiva da universidade em Coimbra, no antigo Paço Real, a cidade ganhou ainda mais vigor. Berço do conhecimento, Coimbra e a sua universidade tiveram um papel fulcral no mundo tal como o conhecemos hoje.
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OH COIMBRA DO MONDEGO
OH COIMBRA DO MONDEGO
O maior rio com nascente em Portugal (nasce na Serra da Estrela e desagua na Figueira da Foz, depois de percorrer mais de 250 quilómetros) foi determinante na fundação e no crescimento da cidade. O Mondego é tema recorrente na canção de Coimbra e em versos dos mais sagrados poetas da língua portuguesa. É no seu leito que todos os anos, por ocasião da Latada (a grande festa de receção ao caloiro), centenas de caloiros recebem o batismo dos veteranos da universidade. A encantadora Coimbra do Mondego apresenta-se com um trio de luxo a candidata a Património Mundial da Humanidade da UNESCO: concorrem a Universidade, a Alta e a Sofia, bem como um rol de património imaterial que desbravaremos nestas páginas. Os habitantes de Coimbra são coimbrões, conimbricenses ou conimbrigenses. Mas, segundo os estudantes, “elas” são as tricanas e “eles” os futricas.
3 -COIMBRA É UMA LIÇÃO
Testemunho vivo de sete séculos de saber, a Universidade de Coimbra (UC), mais do que a universidade mais antiga de Portugal – e uma das mais antigas do planeta! –, teve (e tem) um papel decisivo no país e no mundo: desde a epopeia marítima, à formação do Brasil e à integração europeia. Um exemplo, saudável e vigoroso, do melhor que Portugal tem para oferecer no campo das ciências, das letras, das artes e do conhecimento em geral. Por ela passaram estudantes de todas as partes do globo e alguns dos maiores vultos do saber da língua de Camões (ele próprio, estudou em Coimbra). A UC é determinante na vida da urbe e depositária de um sem fim de tradições académicas. D. Dinis fundou-a em 1290 e, durante os seus três primeiros séculos de vida, a instituição saltitou entre Coimbra e Lisboa. Já em 1537, por determinação de D. João III, fixou-se definitivamente em Coimbra no lugar do Paço Real medieval. Para entrar no Paço das Escolas é preciso cruzar a Porta Férrea, arco triunfal onde figuram esculturas alusivas às quatro faculdades originais (Teologia, Leis, Medicina e Cânones); aos dois monarcas fundamentais na vida escolar (D. Dinis e D. João III) e também a imagem alegórica da Sapiência, a insígnia da instituição. Atrás de si estão as novas faculdades, um espelho da arquitetura do Estado Novo (ditadura que vigorou em Portugal entre 1926 e 1974). Quando terminar a visita ao Paço, dispense-lhes também alguns momentos da sua atenção. Aguçamos-lhe a curiosidade se lhe dissermos que no Departamento de Matemática existe um magnífico mural de Almada Negreiros, o maior artista plástico do modernismo em Portugal?
www.uc.pt
A TORRE E A "CABRA"
A TORRE E A "CABRA"
Ícone da cidade, a Torre da Universidade está para Coimbra como a Torre Eiffel está para Paris. É nela que mora “A Cabra”, o sino que regia a alvorada, as horas de estudo e de recolher dos estudantes. O ódio de estimação dos capas negras ao dito sino resultou na infame alcunha. Também existe “O Cabrão”, mas esse só toca em dias de cerimónia.
SALA DOS CAPELOS
SALA DOS CAPELOS
Antes da instalação definitiva da Universidade no Paço Real, esta era a Sala do Trono, onde em 1385 se reuniram as Cortes que, depois de um prolongado vazio de poder, elegeram D. João I como rei de Portugal – o primeiro da segunda dinastia. Com a transformação em Paço das Escolas, a sumptuosa Sala dos Capelos (ou dos grandes atos) passou a receber as cerimónias mais importantes da vida académica, como os doutoramentos solenes, os honoris causa, a abertura solene das aulas ou a investidura do reitor.
SALA DO EXAME PRIVADO
No tempo em que era morada de reis, esta dependência era o aposento do monarca. Foi também nesta sala que se realizou, a 13 de outubro de 1537, a primeira reunião entre o reitor D. Garcia de Almeida e os professores da universidade. Aproveitamos e lançamos um desafio aos nossos leitores brasileiros: será que conseguem achar, na série de retratos que adornam a sala, o de D. Francisco de Lemos Pereira Coutinho, brasileiro que entre 1770 e 1779 foi reitor da instituição?
BIBLIOTECA JOANINA
SALA DO EXAME PRIVADO
No tempo em que era morada de reis, esta dependência era o aposento do monarca. Foi também nesta sala que se realizou, a 13 de outubro de 1537, a primeira reunião entre o reitor D. Garcia de Almeida e os professores da universidade. Aproveitamos e lançamos um desafio aos nossos leitores brasileiros: será que conseguem achar, na série de retratos que adornam a sala, o de D. Francisco de Lemos Pereira Coutinho, brasileiro que entre 1770 e 1779 foi reitor da instituição?
BIBLIOTECA JOANINA
É a joia da coroa da universidade, um delírio barroco do século XVIII. Erigida a mando de D. João V, a sumptuosa casa-forte do saber guarda mais de 200 mil volumes, entre eles uma primeira edição de Os Lusíadas (a epopeia de Luís de Camões) e também uma Bíblia Hebraica manuscrita, datada de 1104. Os floreados em talha dourada, os frescos e as delicadas chinoiseries são tão surpreendentes quanto o facto de a biblioteca abrigar uma colónia de morcegos que zela pela manutenção dos livros. Os mamíferos alados comem os insetos papirófagos, que destroem os livros. Por baixo da biblioteca fica a antiga prisão académica.
CAPELA DE SÃO MIGUEL
CAPELA DE SÃO MIGUEL
Construída em 1517 e sucessivamente restaurada ao longo dos séculos, a capela da universidade exibe uma mistura de estilos que vai do gótico ao manuelino, passando pelo barroco e pelo neoclássico. Nossa Senhora da Conceição é a padroeira da UC.
4- ALTA
4- ALTA
Coração da cidade, a Alta foi poiso do fórum romano, da alcáçova muçulmana e do paço real medieval. Foi nesta varanda sobre o Mondego que nasceu Coimbra. Comece a visita pelo recém-renovado Museu Machado de Castro. Aqui achará o colossal criptopórtico romano onde assentava o fórum da cidade. A estrutura, datada do século I, é a maior e mais bem conservada da Península Ibérica e das poucas, em todo o mundo, que tem dois pisos sobrepostos para contrariar o declive acentuado da colina. Do velho núcleo romano, suba às novas dependências do museu batizado em honra de um dos maiores escultores que Portugal viu nascer (Joaquim Machado de Castro, 1731 – 1822). Espera-o um fantástico acervo de escultura renascentista que inclui nomes tão importantes como o de João de Ruão ou Mestre Pero. Mas as grandes surpresas são a Última Ceia, de Hodart, obra maneirista em terracota, e a “capela do tesoureiro”, edifício quinhentista da Baixa coimbrã que, por volta de 1960, foi trazido, pedra por pedra, para dentro do museu. Nos restantes pisos está um espólio impressionante de pintura, têxteis, mobiliário, cerâmica e joalharia. Reserve três horas para digerir tudo isto com calma e depois passe por outro museu obrigatório: o da Ciência, que exibe uma parafernália de instrumentos científicos dos séculos XVIII e XIX. De seguida visite, em ordem anacrónica, as sés: a Nova primeiro, a Velha depois. O templo, sagrado em 1640, pertenceu ao colégio da Companhia de Jesus até 1759. Em 1772, a igreja roubou à Sé Velha o lugar de sede episcopal da cidade. A Sé original, a Velha, fica mais abaixo, na colina da Alta, e é um monumento românico da segunda metade do século XII. Destaque para o retábulo da capela-mor, em gótico flamejante, executado pelos escultores flamengos Olivier de Gand e Jean d'Ypres em finais do século XV, e para o retábulo da capela do Santíssimo Sacramento, de estilo maneirista, datado de 1566, da autoria de João de Ruão. Perca-se nas ruas acidentadas da Alta e vá tomando atenção às fachadas mais improváveis, volta e meia saltar-lhe-ão à vista lindos portais manuelinos (como os da Casa de Alpoim ou da Casa da Nau), e passe pelas escadas do Quebra-Costas, onde está o monumento à tricana – a mulher de Coimbra. Aqui achará também os vestígios mais significativos da velha muralha da cidade, dos poucos que chegaram, mais ou menos intactos, aos nossos dias – a Torre e o Arco da Almedina, onde funciona o Núcleo da Cidade Muralhada. Viaje até aos primórdios da urbe neste centro interpretativo e depois cruze a Porta da Barbacã, porta principal da cidade no período islâmico.
Museu Nacional Machado de Castro \\\ www.mnmachadodecastro.imc-ip.pt
Museu da Ciência \\\www.museudaciencia.pt
Museu Municipal de Coimbra - Núcleo da Cidade Muralhada \\\ www.cm-coimbra.pt
5- A BAIXA
Passando a Porta da Barbacã, chega-se ao arrabalde, a cidade extramuros, onde desde cedo se desenvolveu a vida popular e comercial de Coimbra. O desenho medieval da zona baixa mantém-se mais ou menos fiel ao original, especialmente na área conhecida como a “Baixinha”. Nesta zona há que visitar a Igreja de São Tiago, de traça românica, e a Igreja de São Bartolomeu, que a reconstrução levada a cabo no século XVIII dotou de um estilo barroco simples. Vá pelas vielas até à Rua Direita, onde, a partir do século XIV, se estabeleceu a Judiaria Nova (a velha, do século XII, fica onde hoje passa a Rua do Corpo de Deus). Atalhe até à Rua da Sofia, aberta por vontade de D. João III e de Frei Brás de Braga no século XVI para albergar os colégios universitários – entre eles o primeiro colégio das Artes. A Sofia é uma montra do renascimento em Coimbra. Pouco adiante fica outro dos mais importantes monumentos da cidade: o Mosteiro de Santa Cruz. Iniciado a 28 de julho de 1131 com o patrocínio de D. Afonso Henriques, foi entregue à ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Originalmente românica, a Igreja de Santa Cruz foi alvo de sucessivos acrescentos que resultam numa fabulosa mescla de estilos. No altar da igreja estão D. Afonso Henriques e o seu filho D. Sancho, que repousam em elegantes túmulos renascentistas, uma encomenda de D. Manuel I, que achou os túmulos originais demasiados toscos para a grandeza dos seus antepassados. Outros apontamentos dignos de destaque são o fabuloso cadeiral manuelino, uma clara homenagem aos Descobrimentos portugueses, e os baixos-relevos do Claustro do Silêncio, com cenas da Paixão de Cristo da autoria de Nicolau Chanterenne, também autor do púlpito da nave da igreja. Ainda na Baixa não deixe de passar pelo Pátio da Inquisição, sede do Tribunal da Inquisição depois de 1548, e pelo Edifício Chiado, valiosíssimo exemplo da arquitetura do ferro. Neste espaço cultural, sede do Museu Municipal de Coimbra, encontrará um acervo artístico diverso – composto por peças de pintura portuguesa, mobiliário, cerâmica, escultura e prata – colecionado ao longo de mais de quatro décadas pela família Telo de Morais. www.turismodecoimbra.pt
5- A BAIXA
Passando a Porta da Barbacã, chega-se ao arrabalde, a cidade extramuros, onde desde cedo se desenvolveu a vida popular e comercial de Coimbra. O desenho medieval da zona baixa mantém-se mais ou menos fiel ao original, especialmente na área conhecida como a “Baixinha”. Nesta zona há que visitar a Igreja de São Tiago, de traça românica, e a Igreja de São Bartolomeu, que a reconstrução levada a cabo no século XVIII dotou de um estilo barroco simples. Vá pelas vielas até à Rua Direita, onde, a partir do século XIV, se estabeleceu a Judiaria Nova (a velha, do século XII, fica onde hoje passa a Rua do Corpo de Deus). Atalhe até à Rua da Sofia, aberta por vontade de D. João III e de Frei Brás de Braga no século XVI para albergar os colégios universitários – entre eles o primeiro colégio das Artes. A Sofia é uma montra do renascimento em Coimbra. Pouco adiante fica outro dos mais importantes monumentos da cidade: o Mosteiro de Santa Cruz. Iniciado a 28 de julho de 1131 com o patrocínio de D. Afonso Henriques, foi entregue à ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Originalmente românica, a Igreja de Santa Cruz foi alvo de sucessivos acrescentos que resultam numa fabulosa mescla de estilos. No altar da igreja estão D. Afonso Henriques e o seu filho D. Sancho, que repousam em elegantes túmulos renascentistas, uma encomenda de D. Manuel I, que achou os túmulos originais demasiados toscos para a grandeza dos seus antepassados. Outros apontamentos dignos de destaque são o fabuloso cadeiral manuelino, uma clara homenagem aos Descobrimentos portugueses, e os baixos-relevos do Claustro do Silêncio, com cenas da Paixão de Cristo da autoria de Nicolau Chanterenne, também autor do púlpito da nave da igreja. Ainda na Baixa não deixe de passar pelo Pátio da Inquisição, sede do Tribunal da Inquisição depois de 1548, e pelo Edifício Chiado, valiosíssimo exemplo da arquitetura do ferro. Neste espaço cultural, sede do Museu Municipal de Coimbra, encontrará um acervo artístico diverso – composto por peças de pintura portuguesa, mobiliário, cerâmica, escultura e prata – colecionado ao longo de mais de quatro décadas pela família Telo de Morais. www.turismodecoimbra.pt
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quinta-feira, 21 de junho de 2018
BAIRRO NORTON DE MATOS - COIMBRA
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quarta-feira, 20 de junho de 2018
O ar do tempo
Mais um trabalho da MU que tem por fim de levar à democratização da arte mural em Montreal, transformando a cidade num museu a céu aberto com os seus cinquenta murais exteriores até à data.
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Chico Torreira,
Montreal (notícias)
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