quarta-feira, 6 de junho de 2018

Fogo nas traseiras da minha casa

Há dias levantei-me pelas cinco da manhã e já a Lucinda estava na cozinha a ver o fogo que lavrava no lado de trás da nossa casa. Os bombeiros acabavam de chegar, o que era um excelente sinal..
Foto: Lucinda
Em Montreal, o mínimo alerta a incêndio é logo tomado como uma situação de risco elevado, porque as casas são construídas para fazerem face aos invernos rigorosos que se fazem sentir por estes lados.
Além das fundações que são enterradas e por isso não sofrem muito com o frio, os materiais utilizados são em grande parte o ferro, madeira e os restantes isolamentos como a lã de vidro que é excelnte sobre todos os aspectos.
Já o revestimento exterior é em grande parte em tijoleira ou folha de pedra que servem de escudo ao frio e ao vento.
Sendo esta cidade exposta a um clima com dias muito ventosos, estimaram que os bombeiros devem estar no local dentro de dois minutos e meio para retirarem as pessoas e apagarem os incêndios, ou pelo menos evitarem a sua propagação aos edifícios vizinhos, pelo que a cidade está polvilhada de pequenos quarteis de bombeiros.

No caso do incêndio de trás da nossa casa, depois de extinto barricaram a entrada e janelas da cozinha para evitarem que certos indesejáveis possam utilizar o local, como se pode ver na foto abaixo.
Foto: Lucinda.
Agora é ao proprietário de proceder à limpeza do terreno exterior.
Com o passar do tempo um lindo dia de sol nascia, como a convidar os habitantes a dar vida à cidade.
Foto: Lucinda.

18 comentários:

  1. Francisco, como entenderás, da fogos caseiros tenho uma péssima recordação. Assim sendo, prefiro dar relevância à última foto, que de gosto particularmente. Belas cores de um amanhecer por entre a sombra do arvoredo. Parabéns à Lucinda por este momento.
    Naturalmente que também de ler todas as considerações que fizeste, tendo como ponto de partida este sinistro.
    Abraço

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    1. Francamente que não sabia que tinhas tido um problema desse género, Quito. Teria evitado de pôr esta postagem, pois de tristezas estamos fartos. Uma nota interessante, é a forma como os bombeiros tratam os canteiros das suas casernas. Valha-nos o belo dia que veio depois.
      A cachopa agradece o elegiu.
      Francisco José.
      Abraço.

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    2. Não há qualquer problema Chico, na postagem. De facto em i994, aqui no Bairro, a casa dos meus pais ardeu e a minha mãe faleceu no incêndio.
      Abraço

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    3. Só agora vim aqui acima e dei com o teu comentário.

      Nem sabes o sopapo que foi ler este teu comentário, pois até conheci a tua Mãe e desconhecia tudo.

      Contigo, o que sentes ao fim destes anos todos... enfim...Mãe só temos uma e perdida numa situação drástica, muito pior. Compreendo-te.

      Nem vale a pena dizer mais nada, Quito.

      Um forte abraço.
      --

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  2. ...E, no Brasil, na iminência de um sinistro, seja o mínimo possível... o sinistro acontece e destrói tudo. Carro do Corpo de Bombeiro custa a chegar e, quando chega, já existem até vítimas fatais,caso concretos relatados.
    Mas ....quem sabe algum dia esse retrato mude?

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    1. Olá Chama a Mamãe.A minha saudação amistosa.
      Será bom que o retrato mude quanto à urgência dos bombeiros chegarem a tempo...

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    2. Pois, está tudo muito estudado mas nem sempre chegam a tempo. Há dois dias com o vento que estava, arderam quatro casas e houve outras com estragos derivado ao material que ia a arder pelo ar. Não tiveram baixas mas foi um pandemónio.
      Quando é de inverno que calha haver mutio frio e vento, o capacete, bigodes, assim como por todo o corpo é só gêlo, até mete pena vê-los a combater os incêndios. Chegam alturas em que se revezam dentro dos carros para se aquecerem.
      É duro, duro, ser bombeiro.
      Abraço.

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  3. São os imprevistos que quando menos se espera alteram as rotinas diárias e para os que são directamente afectados são momentos muito complicados,já para,neste caso vizinhos,para além de presenciarem o fogo e o trabalho dos bombeiros,se sentirão solidários com a angustia dos afectados.Tambem depende da amplitude do incêndio.Ha a considerar não só o que o fogo consome, mas também os prejuízos da nota água despejada sobre as chamas.
    A Lucinda atenta e fixou o acontecimento na hora...
    Boa foto do raiar do dia.

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    1. É isso tudo, Rafael e no caso daqui que as casas são em cartão como eu digo, o local aonde a água toque fica logo com problemas. É todo um processo de scagem para travar o desenvolvimento dos fungos, com todos os seus problemas pulmonares. Se bem que a Cruz Vermelha despeache logo um ou mais autocarros para acolherem os sinistrados, os primeiros momentos são os vizinhos que lhes dão guarida. Ã parte os problemas materiais que as pessoas sofrem, tenho notado que é no campo afectivo que é o grande problema, principalmente com a perda de fotos do passado aonde tinham os entes queridos. É mesmo triste.
      A Lucinda com o telemóvel anda toda contente, tira fotos a tudo, fala com toda a gente, manda mensagens, serve-se para ir à met, vai fazendo uns jogos, é uma alegria e eu meio zarolho, vou aproveitando. É outra alegria.
      Abraço.

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  4. Como em tempos já aqui deixei escrito que não poderia ser elegível a mais nenhum tratamento experimental incluindo o habitual de quimioterapia, tenho vindo posteriormente a falar dos serviços paleativos que me têm sido administrados.
    À minha maneira costumo dizer que me reconstuíram para explicar a excelente forma fisica em que me sinto e que já há anos não sentia e acontece que ontem fui sujeito a um tratamento de quimioterapia em minha casa. Devidamente acompanhado tudo correu bem, não tendo havido até este momento alguma rejeição. Hoje, como todos os cuidados são poucos, tive a visita do médico que passou comigo quase uma hora e quando partiu montou na bicicleta e foi-se embora. Se bem que tudo passe por certos momentos na evolução da doença, devo ter recuperado algum tempito mais de vida. Acontece que na segunda-feira se tudo correr bem, vou ser sujeito a uma cirurgia e esqueci-me de perguntar quanto tempo vou estar inactivo. Assim, ainda vou ver se tenho tempo para fazer saír mais uma postagem. Se não responder aos comentários, não há nada de especial. É só uma questão de tempo para voltar a aparecer.
    Com positivismo, só boas notícias.
    Abraços.

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  5. Vivo mesmo "colado" a um pinhal/eucaliptal. Nos dias de muito calor, estou sempre alerta. Este ano, fiz uma participação à Câmara e duas à Polícia Municipal, para obrigarem os proprietários a limpar toda a área circundante. Uns, cortaram os eucaliptos e deixaram o mato; outros deixaram o mato e deixaram os eucaliptos e pinheiros. Ninguém se entende na interpretação da lei. Eu, nem sequer posso rezar para que nada aconteça, porque não sei rezar e também nem saberia a quem!...

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    1. Acabas de apresentar um problema real que vives aí, Alfredo Moreirinhas.
      Para isso só o sistema inglês. Leis com prazos bem definidos, multas pesadas e todos procuram resolver o assunto sem discussão.
      No sistema latino, cada um tenta interpretar a lei à sua maneira e nunca mais anda.
      A lei deve estar definida de forma a que uma pessoa mesmo que não esteja de acordo, tenha que fazer o trabalho como está descrito e se tem alguma coisa a dizer, fá-lo depois. Parece uma contradição mas funciona.
      No caso da minha postagem, tanto a cãmara como o senhorio têm prazos que têm que cumprir, quer estejam de acordo ou não.
      Depois até podem ir para tribunal, o que acontece nos grandes edifícios a alojamentos a alugar, quase sempre ogiginado por fogo ou insalubridade. As discussões, são depois e assim, tudo anda.
      Quanto ao rezares, começa com um Deus e termina com outro para que nenhum deles fique com problemas de consciência.
      Digo isto mas sou católico e os Deuses não têm culpa dos erros dos homens.
      Abraço.

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  6. Será que consigo fazer comentário ?

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