Colando palavras umas às outras como
se fossem de barro
com peças das mais perfeitas
que são feitas de partir
parto-me a rir se tropeças
sem saber onde cair
com outras feitas às pressas
sem que me peças sentir
sinto-me envolver por essas
que são peças de servir
porque peças não enjeitas
por maleitas peço meças
ao juntares tão bem as peças
partidas que são de unir
ou sendo talvez promessas
tão unidas às avessas
de promessas por cumprir
por vezes peças que ajeitas
em colheitas de travessas
travessas que sejam essas
tropeçando no sentir
troto brando já sem pressas
tão certo por serem essas
as peças do meu porvir
mas se nos dás nomes às peças
panelas – garfos-funis
que as desfaças não peças
pois as fadas
só por elas
fundem fados âs janelas
duendes e colibris
e eu te direi feliz
por mil e uma aguarelas
das tuas peças tão belas
que tu fizeste e eu não fiz
e eu não mexo
nelas
comigo é que mexem elas
sou eu mesmo quem to diz
3
de Outubro de 2010
Com um abraço ao amigo Jorge Castro
ResponderEliminarVou chamá-lo!
ResponderEliminar...pois fica-te bem. São Rosas chamariz...
EliminarChamariz não é o apelido dela. Maria da Conceição Rosas, nome de solteira.
EliminarE eu cá estou! Bons e grandes amigos, tocais a sineta e sei logo que é para mim!
ResponderEliminarE nem a Joana abana,
nem na loiça vai bulir,
que toda ela se dana
se algum pratinho cair...
pois entre tachos-dislates,
colheres, pensos dos mais belos,
lembro a guerra entre dois vates:
«Porquê, meu Deus, de Vasconcelos?»
(de José Carlos Ary dos Santos a Mário Cesariny)
Grandes abraços!
JC
E, claro, sempre imensamente grato pela lembrança!
ResponderEliminarTu és um poeta operacional: sempre pronto!
ResponderEliminarPOETAS sempre POETAS ....nossa populacao de coracao terno e ROMANTICO... incomparavel...
ResponderEliminarO Jorge encanta nos jogos de palavras que se cruzam... mas não são cruzadas! Um grande abraço.
ResponderEliminarPois eu acho que o Jorge Castro usa as palavras para fazer Cruzadas.
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