Rafael, elogio-te a capacidade de percorreres a cidade de lés a lés, seja margem norte ou sul do Mondego. Recordar o liceu onde muitos de nós andámos e as escadas ao Cimo da Avenida Lourenço Almeida Azevedo. Ali perto, a Sereia do nosso desencanto, por mal cuidada e o mítico Santa Cruz, onde a Académica carimbou o título de Campeão Nacional de Basquetebol frente ao Barreirense. Memória que já se perde nos tempos. Cada foto, uma recordação. E do Liceu, de rábulas com professores, alunos e contínuos, seria um desfiar de histórias. Umas jocosas e outras nem tanto. Obrigado por mais este passeio pela cidade.
Falta só uma referência ao original José Falcão, ali para os Arcos e que, aquando da mudança nos tempos da ditadura viu o nome mudado para Liceu D João III.
O Colégio da Artes, fundado por D. João III em 1548 para preparar os alunos para a entrada na Universidade, foi extinto em 1836, dando lugar ao Liceu de Coimbra, que viria em 1871 a ocupar o Colégio de S. Bento, situado a Norte do Jardim Botânico, no ponto onde a Rua do Arco da Traição entronca com o Aqueduto de S. Sebastião. Em 1914 o liceu tomou o nome de José Falcão e, anos mais tarde, viu nascer no mesmo edifício um segundo liceu – o Júlio Henriques. Tendo o Colégio de S. Bento ficado acanhado para os dois, construiu-se de raiz um edifício na Av. Afonso Henriques, o qual deveria vir a albergar apenas o Liceu Júlio Henriques. Como, entretanto, foi decidido que Coimbra tivesse apenas um liceu, mandou-se ampliar o novo edifício, onde estava já a funcionar o Júlio Henriques, e meteram-se lá dentro os dois, agora fundidos num só, com a denominação de Liceu D. João III. Esta mudança de patrono não terá sido pacífica – José Falcão, catedrático da Universidade de Coimbra e professor do Liceu de Coimbra, foi um ideólogo do republicanismo enquanto D. João III tem a mancha de ter trazido para Portugal a Inquisição – pelo que, chegados a 1974, o liceu retomou o nome de José Falcão. Quanto a Júlio Henriques, ilustre meste e cientísta de Botânica, o homem nem era político pelo que não contou para estas contas. NET
Rafael, elogio-te a capacidade de percorreres a cidade de lés a lés, seja margem norte ou sul do Mondego. Recordar o liceu onde muitos de nós andámos e as escadas ao Cimo da Avenida Lourenço Almeida Azevedo. Ali perto, a Sereia do nosso desencanto, por mal cuidada e o mítico Santa Cruz, onde a Académica carimbou o título de Campeão Nacional de Basquetebol frente ao Barreirense. Memória que já se perde nos tempos. Cada foto, uma recordação. E do Liceu, de rábulas com professores, alunos e contínuos, seria um desfiar de histórias. Umas jocosas e outras nem tanto. Obrigado por mais este passeio pela cidade.
ResponderEliminarBoa reportagem! Boas passeatas, continua que eu gosto.
ResponderEliminarEstão a faltar mais locais com interesse.
ResponderEliminarTalvez não!!!... Qualquer dia vamos aí durante a semana para darmos uns passeios. Ainda há muito para fotografar...
EliminarEu lá para trás no blogue temho muitos outros locais que já publiquei, embora não estejam como recantos de Coimbra, mas noticias de Coimbra
EliminarFalta só uma referência ao original José Falcão, ali para os Arcos e que, aquando da mudança nos tempos da ditadura viu o nome mudado para Liceu D João III.
ResponderEliminarO Colégio da Artes, fundado por D. João III em 1548 para preparar os alunos para a entrada na Universidade, foi extinto em 1836, dando lugar ao Liceu de Coimbra, que viria em 1871 a ocupar o Colégio de S. Bento, situado a Norte do Jardim Botânico, no ponto onde a Rua do Arco da Traição entronca com o Aqueduto de S. Sebastião. Em 1914 o liceu tomou o nome de José Falcão e, anos mais tarde, viu nascer no mesmo edifício um segundo liceu – o Júlio Henriques. Tendo o Colégio de S. Bento ficado acanhado para os dois, construiu-se de raiz um edifício na Av. Afonso Henriques, o qual deveria vir a albergar apenas o Liceu Júlio Henriques. Como, entretanto, foi decidido que Coimbra tivesse apenas um liceu, mandou-se ampliar o novo edifício, onde estava já a funcionar o Júlio Henriques, e meteram-se lá dentro os dois, agora fundidos num só, com a denominação de Liceu D. João III. Esta mudança de patrono não terá sido pacífica – José Falcão, catedrático da Universidade de Coimbra e professor do Liceu de Coimbra, foi um ideólogo do republicanismo enquanto D. João III tem a mancha de ter trazido para Portugal a Inquisição – pelo que, chegados a 1974, o liceu retomou o nome de José Falcão. Quanto a Júlio Henriques, ilustre meste e cientísta de Botânica, o homem nem era político pelo que não contou para estas contas.
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