quarta-feira, 25 de novembro de 2015

OLHARES SOBRE A CIDADE ...

Morreu o Sousa Bastos. Morreu o cinema fora de horas. Morreu uma memória da boémia coimbrã. Morreu um pouco de Coimbra ...
Quito Pereira

13 comentários:

  1. Poucas vezes fui ao Sousa Bastos. Mas das minhas memórias, lembra-me que havia filmes com grandes arraiais de pancadaria, com o "artista" - assim a plateia chamava ao Bruce Lee e a outros - que distribuía "fruta" que dava para uma casa de família, a espalhar murros e pontapés perante a plateia que batia palmas e ia comendo pevides na penumbra. Um dia, num filme de indios e a cavalaria americana com setas e tiros à mistura, via-se ao fundo um risco de fumo branco no céu que ia progredindo. Era um avião a jacto e logo por aí se percebeu da qualidade do filme. Lá por volta da uma da matina, novo filme agora sem sem índios, mas com indías. Aí os tiros eram outros ....

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    1. Parece mesmo uma foto tirada na actual Síria!!!!
      Também por lá passei algumas vezes!
      Não me lembro se uma delas terá sido a Sissi!...

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  2. É vergonhoso deixarem chegar a este estado. E a República Prákistão, num edifício belíssimo, vai pelo mesmo caminho.
    Já falei nisto no meu blog:http://alfredo-moreirinhas.blogspot.pt/search/label/Portugal%20-%20Coimbra

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  3. É o que que esta a dár, mas não é só por Coimbra, é por todo o país.

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  4. Lembro-me bem do Sousa Bastos, onde vi alguns filmes entre os quais "Sissi"!
    Os das " índias", nunca soube sequer da sua existência...

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    1. A Celeste Maria veio falar num filme que tem passado aqui todos os anos pelo verão. Aqui está um caso do meu comentário em baixo.
      Quanto às "índias", há por aqui muito, até mesmo na televisão mas não é preciso serem índias. Que horror, que descriminação... !!!!!!!!!! :)

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  5. Em 2012, falava-se em reconverter o edifício em residência de estudantes. Mas Coimbra é Coimbra... e tudo na mesma como a lesma.
    Li aqui um texto interessante sobre o Teatro Sousa Bastos:

    "Situado na Alta histórica de Coimbra, entalado entre as ruas estreitas que nos levam até à Universidade, este edifício foi construído onde em tempos havia um templo – Igreja de S. Cristóvão (século XII). Começou a ser edificado em 1860, e nessa época denominava-se Teatro D. Luís (inaugurado a 22 de Dezembro de 1862), e mais tarde, após a instauração da Primeira República foi reconvertido no actual Teatro Sousa Bastos, em homenagem ao seu proprietário da época (inaugurado em 1914).

    Depois do 25 de abril de 74, a programação do Teatro começou a adquirir um cariz mais alternativo – segundo a historiadora e autora do livro “Teatro Sousa Bastos: as primeiras décadas da história”, Lígia Gambini, “até filmes pornográficos lá passavam”. Também José Moio, habitante local, confirma e pensa que foi a índole da programação que levou ao fecho do espaço, na década de 90. Facto que não agradou aos jovens artistas de então. Repúblicos, estudantes e população local – juntos envolveram-se com o intuito de recuperar aquele espaço.

    O antigo Teatro Sousa Bastos, a degradar-se no coração da Alta histórica de Coimbra, vai ser reconvertido num espaço habitacional com 32 apartamentos T0, investimento que ultrapassará os 2,5 milhões de euros. Após mais de uma década de impasses na C.M.C. quanto à sua recuperação, parece agora haver uma luz ao fundo do túnel."

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    1. O aqui está indisponivel...
      Vou ver se vou por outro lado!

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    2. Li também que:
      Sousa Bastos conta 100 anos de
      história feita de “inconseguimentos”
      Futuro do teatro, inaugurado a 15 de Junho de 1914, mantém-se num impasse. Dono crê que reabilitação arranque em 2015. Manuel Machado diz que se não houver obra, ali nasce uma praça
      Edição de:
      Domingo, Junho 15, 2014

      2015 poderá ser um ano feliz para o Teatro Sousa Bastos. Depois de décadas de impasse e de anos de contestação contra o fim da actividade cultural no edifício, a necessidade de manter (o que resta) de pé faz com que se aceite transformá--lo num centro habitacional, com apartamentos para estudantes, cumprindo-se o propósito de Joaquim Órfão e de Mendes Silva - presidente da autarquia nos anos 80 (já falec

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  6. É uma pena pois está mesmo miserável. Ainda lá fui algumas mas vezes mas poucas. Chamávamos-lhe na altura, o piolho. Com tanto ar, já deve estar desinfectado.
    Tenho notado aos longo dos tempos que nós, europeus, temos uma mentalidade muito diferente dos norte-americanos. É certo que por vezes deixam andar edifícios que marcaram uma época e que estão em mau estado, mas só por um certo tempo. A uma dada altura, refazem um grande número deles com as mesmas fachadas exteriores. Pode o interior ficar para o mesmo fim ou outro. Quando tal não acontece, uma lagarta mecânica com pá ou então um guindaste com um peso enorme tipo badalo de sino e deitam tudo abaixo. De facto procuram imenso recuperar em todos os campos. Mesmo filmes que aí não se vêm porque são antigos, aqui passam. Os livros, o mesma. É interessante: vivem no presente mas convivem com o passado.

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  7. O Sousa Bastos era na plateia "suma a pau", mas o balcão mais confortável que o Avenida ou o Tivoli. Uma vez vi lá um filme de cowboys com uma tremenda cena de pancadaria num sallon, em que tudo acabava destruído exceto o piano onde o pianista continuava a tocar. Os cowboys continuam a pancadaria na rua e volta a imagem do sallon só com o piano intacto. A plateia do Sousa Bastos levanta-se em peso a exigir "justiça" e os cowboys devem ter ouvido o apelo pois voltam .ao sallon e rebentam com o piano. Anos mais tarde Woody Allen recria uma coisa parecida na ROSA PÚRPURA DO CAIRO, mas eu já tinha visto esse filme....

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  8. Normalmente em Portugal, hà muitos edificios neste Estado! E depois dum inquérito bem aprofundado, chega-se à conclusao que é o resultado duma caracteristica bem Portuguesa: Problemas entre os diversos herdeiros!!! E uma das doenças nacionais! E muitos de vos, bem o sabem!

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