Poemas de António F. de Pina
RAIZES DE MAIO
Traços ténues que afloram à memória
Nas tardes em que tardam as aragens
Fazem cactos dos retratos que se formam
Na paisagem em que agrestes são as margens
E nessa tela quando se abrem flores de Maio
E a timidez é uma afluência de sentidos
Renascem beijos numa carícia de fogo
Que se desprendem dos corpos repartidos.
FLOR DE MAIO
Flor de Maio que tão intensa floriste
Entre cardos e gumes de cortar o medo
Agarrada ao tronco que anunciaste teu
Revesso no cerne e no marasmo azedo
Firme vertical sem torcer e sem quebrar
Lança no espaço reflexos da sua essência
Que adejam livres quando os dedos se alongam
E se apresentam em rituais de consonância.
Prendi-me a a ti que da manhã antevias noite
No cessar do parto na similitude da haste
Numa rubra névoa estanque na estepe distante
Flor de Maio que batendo pétalas voaste.
Excelentes legendas para este dia e este mês. Abre aços!
ResponderEliminarOlá! Bom dia! Também acho!
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