segunda-feira, 16 de agosto de 2010

QUANDO O TELEMÓVEL TOCA ...

...um caldeirão de emoções ...
Recordo-me, já lá vão muitos anos, de um concurso da extinta Emissora Nacional e que se intitulava “Quando o telefone toca”. Neste caso, passadas algumas décadas, seria, certamente, “Quando o telemóvel toca”. Perguntar-me-ão, os amigos, a que propósito vem toda esta “lenga-lenga”? Eu explico: Ontem tive uma noite difícil. Sem possibilidade de ver o jogo entre o Benfica e Académica por não ser em canal aberto, mortifiquei-me por não saber as incidências do desafio. Recusei-me a ligar pela rádio e a consultar o teletexto. Fui ouvindo o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, na sua rubrica semanal. Já no final do programa, o Professor de Direito disse, falando de futebol, que o campeonato ia ser mais equilibrado e que o Benfica estava a perder. Dei um salto na cadeira. Consultei o teletexto e lá estava: O – 1. Fiquei moído. Ainda faltava quase toda a segunda parte. Quando bateram as vinte e duas horas, tive a tentação de voltar ao teletexto. Mas resisti. Ao meu lado, repousava o telemóvel. Eu tinha a certeza que se a Briosa tivesse um resultado positivo, o meu filho Gonçalo ligar-me-ia. Mas não. Os minutos foram passando. E aí, convenci-me que o Benfica tinha ganho. Mas às vinte e duas horas e sete minutos o telemóvel tocou. Era ele. Estava emocionadíssimo, ao ponto de me dizer que tinha caído ao chão com segundo golo dos nossos. Estava numa alegria incontrolável. Por minutos estivemos ao telefone, a saborear aquele momento mágico. Mas emoções não terminaram ali. Também o meu pai me ligou, e percebi que tinha a voz um pouco trémula. Estávamos de parabéns. Vencer no “ninho da águia”, sempre foi um prazer para a família academista. E nos últimos anos temos tido o condão de o conseguir. Nada de pessoal contra o Benfica. É um grande clube nacional, com grande visibilidade internacional, e talvez por isso, mais apetecível vencê-lo. Mas ontem foi assim. Como outrora, nestes quarenta e cinco anos de associado, ontem senti-me consumido na fogueira da paixão por uma camisola negra. “Se jogasses no céu, morreria para te ver”, assim dizem os teus fieis seguidores. Obrigado Académica.
Quito Pereira

4 comentários:

  1. Gonçalo
    Se partiste a baixela lá em casa, não me venhas pedir dinheiro para outra. A continuar assim, vais ter que partir muitos pratos ...
    Pai brioso e entusiasmado

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  2. Para já há por aqui uma confusão de Gonçalos!
    É que eu julgava que o partir da loiça era com outro meu amigo Gonçalo...mas que está agora em Angola e que também esteve em tua casa pelas Janeiras...de cavaquinho!
    Por isso eu falar em coqueiros...
    Mas está bem...a louça partida então és tu que pagas!

    Pois eu só vi a 1ªparte que foi calminha!
    A 2ª já nãofui capaz, fui espreitando na internet de 15 em 15 minutos!!!!
    E o 2º golo só o vi já nas repetições!
    Aos teus 45 anos de sócio(és uma criança) eu contraponho os meus 60 anos!(sou um velhote!)Sócio 63!

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  3. Pois Rafael, este Gonçalo é o meu. E eu cá vou, a caminho do meio século de sócio...

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  4. Digamos que o chão da sala já não precisa de ser aspirado tão cedo ... :)

    Provavelmente não voltamos a ver a Académica ganhar no ultimo minuto dos descontos, a jogar com 10, em casa do campeão nacional e com um golo quase do meio campo !!! Portanto houve que festejar a coisa condignamente !!

    Só de pensar que não fui porque temia uma noite trágica para as nossas cores ... grrrrr

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