...um caldeirão de emoções ...
Recordo-me, já lá vão muitos anos, de um concurso da extinta Emissora Nacional e que se intitulava “Quando o telefone toca”. Neste caso, passadas algumas décadas, seria, certamente, “Quando o telemóvel toca”. Perguntar-me-ão, os amigos, a que propósito vem toda esta “lenga-lenga”? Eu explico: Ontem tive uma noite difícil. Sem possibilidade de ver o jogo entre o Benfica e Académica por não ser em canal aberto, mortifiquei-me por não saber as incidências do desafio. Recusei-me a ligar pela rádio e a consultar o teletexto. Fui ouvindo o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, na sua rubrica semanal. Já no final do programa, o Professor de Direito disse, falando de futebol, que o campeonato ia ser mais equilibrado e que o Benfica estava a perder. Dei um salto na cadeira. Consultei o teletexto e lá estava: O – 1. Fiquei moído. Ainda faltava quase toda a segunda parte. Quando bateram as vinte e duas horas, tive a tentação de voltar ao teletexto. Mas resisti. Ao meu lado, repousava o telemóvel. Eu tinha a certeza que se a Briosa tivesse um resultado positivo, o meu filho Gonçalo ligar-me-ia. Mas não. Os minutos foram passando. E aí, convenci-me que o Benfica tinha ganho. Mas às vinte e duas horas e sete minutos o telemóvel tocou. Era ele. Estava emocionadíssimo, ao ponto de me dizer que tinha caído ao chão com segundo golo dos nossos. Estava numa alegria incontrolável. Por minutos estivemos ao telefone, a saborear aquele momento mágico. Mas emoções não terminaram ali. Também o meu pai me ligou, e percebi que tinha a voz um pouco trémula. Estávamos de parabéns. Vencer no “ninho da águia”, sempre foi um prazer para a família academista. E nos últimos anos temos tido o condão de o conseguir. Nada de pessoal contra o Benfica. É um grande clube nacional, com grande visibilidade internacional, e talvez por isso, mais apetecível vencê-lo. Mas ontem foi assim. Como outrora, nestes quarenta e cinco anos de associado, ontem senti-me consumido na fogueira da paixão por uma camisola negra. “Se jogasses no céu, morreria para te ver”, assim dizem os teus fieis seguidores. Obrigado Académica.
Quito Pereira
Quito Pereira
Gonçalo
ResponderEliminarSe partiste a baixela lá em casa, não me venhas pedir dinheiro para outra. A continuar assim, vais ter que partir muitos pratos ...
Pai brioso e entusiasmado
Para já há por aqui uma confusão de Gonçalos!
ResponderEliminarÉ que eu julgava que o partir da loiça era com outro meu amigo Gonçalo...mas que está agora em Angola e que também esteve em tua casa pelas Janeiras...de cavaquinho!
Por isso eu falar em coqueiros...
Mas está bem...a louça partida então és tu que pagas!
Pois eu só vi a 1ªparte que foi calminha!
A 2ª já nãofui capaz, fui espreitando na internet de 15 em 15 minutos!!!!
E o 2º golo só o vi já nas repetições!
Aos teus 45 anos de sócio(és uma criança) eu contraponho os meus 60 anos!(sou um velhote!)Sócio 63!
Pois Rafael, este Gonçalo é o meu. E eu cá vou, a caminho do meio século de sócio...
ResponderEliminarDigamos que o chão da sala já não precisa de ser aspirado tão cedo ... :)
ResponderEliminarProvavelmente não voltamos a ver a Académica ganhar no ultimo minuto dos descontos, a jogar com 10, em casa do campeão nacional e com um golo quase do meio campo !!! Portanto houve que festejar a coisa condignamente !!
Só de pensar que não fui porque temia uma noite trágica para as nossas cores ... grrrrr