quinta-feira, 30 de setembro de 2010

NOITE 30-09-2010

U DOIS
Parque Encontro Gerações.

Fonte.
Um Abraço.
Tonito.



TRINTA DE SETEMBRO ...

Foto Net ...
O Outono chegou de mansinho. Lá fora, neste fim de tarde acolhedor, o Sol recolheu-se atrás das montanhas. Uma cor púrpura, em forma de leque, desenha-se no horizonte. São os últimos acordes de um dia risonho. Daqui, deste local onde me encontro, tenho a planície a meus pés. Tons dourados, inundam os campos. Aqui e ali, um rebanho. Escondidos por entre os olivais, apenas lhes pressinto a presença. O tilintar dos badalos, o latido dos cães, dão - me essa certeza. Também a voz imperativa do pastor, perante a ovelha tresmalhada. Espalhadas num aglomerado disperso, espraio um olhar sobre as casas. Vistas daqui, parecem pequenas. Brancas, de telhado cor de laranja, percebe-se da modéstia da sua traça. Plantadas neste vazio espacial, assemelham-se a delicadas peças de um jogo do Lego. Ao longe, um caminho de terra batida rasga a planície e desaparece numa floresta de pinheiros. Fardos de palha, em forma de cubos, espalham-se pelos quintais. Arrumados criteriosamente, repousam junto das alfaias agrícolas. De repente, vislumbro um rebanho. Afasta-se, pachorrento, calcorreando o pasmo da campina. Diviso o pastor e atrás, de cor preto azeviche, o cão, fiel companheiro de tanta jornada. De novo, o silêncio toma conta da planície. Agora, que a luz coada pelo porte das montanhas é cada vez mais desmaiada, sinto o pulsar da aldeia. O caminhar das carroças no empedrado das ruas. O longínquo cantar de um galo. O piar de um bando de pássaros retardatário, que parte para outras paragens. O sino da torre da igreja e as suas badaladas compassadas e soturnas. As mulheres – algumas – que em passo apressado, se dirigem à nave do Templo. É hora do Terço. É hora de Oração. Anoiteceu. Os rumores deste dia tranquilo, diluem-se na noite. Os candeeiros, mortiços, projectam agora as suas sombras pelas estreitas ruas e vielas. E a aldeia, singela, aninhada entre montanhas e planícies, adormece, serena, envolta num manto de paz.
Foi assim, hoje, em Salgueiro do Campo, o último dia deste mês Setembro.
Quito Pereira

Viagem à Toscana

Estou de volta da Toscana e de partida para Varsóvia!
Não há medidas do Governo nem conselhos do Presidente da República que me façam mudar de ideias!!!....Ofereço-vos esta foto da Ponte Vechio de Firenze, tirada no final da tarde!

BENJAMIM



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Caça aos gambuzinos
O Benjamim era aquilo a que se chamava “um verdadeiro marrão”.
Apareceu no Bairro, oriundo da Pampilhosa da Serra e hospedou-se em casa do Rui Mesquita, salvo erro , no ano em que foi caloiro de Direito.
Viria a ser, depois de formado, Juiz numa comarca da Beira Alta. E chegou a ser, anos mais tarde, Juiz Conselheiro do Tribunal Constitucional.
Passava o tempo encafuado no seu quarto a estudar, donde saía à noite, apenas por breves minutos para ir ao café beber uma bica. Era de uma ingenuidade atroz e dela não se desemburrava pelo pouco convívio extra escolar que tinha connosco. Eu frequentava na altura o 2º ano da mesma Faculdade e, por isso, era dos poucos com quem ele conversava, durante as idas e vindas das aulas, normalmente para me pedir esclarecimentos sobre algumas matérias do curso, único tema com que verdadeiramente se preocupava.
Um dia porém, coisa pouco usual nele, abordou um assunto corriqueiro! Gostava muito de um casaco de cabedal que eu trazia vestido
- Onde o compraste?perguntou-me deveras interessado...
Não sabia se ele já tinha ouvido falar em gambuzinos e nas histórias por demais conhecidas que giravam em nome desse “animal” inexistente. Mas aproveitei-me e, meio a sério, meio a sorrir, tentei:
- Mandei-o fazer! Este casaco é feito de pele de gambuzino.
- Gambuzino?!! – Que é isso?, insistiu admirado o Benjamim.
Percebi que nunca tinha ouvido falar da “caça aos gambuzinos” deixando-me mão livre portanto para planear uma caçada.
Expliquei-lhe que é um animal muito raro, cuja pele, de excelente qualidade possibilita a confecção de vestuário como o meu casaco, de que ele tanto tinha gostado.
Se ele quisesse, poderíamos organizar uma caçada, mas adverti-o de que tudo se teria de passar no mais absoluto segredo, porque a caça ao gambuzino era proibida por lei, para proteger aquele animal em vias de extinção.
- E como é que a gente sabe onde e quando o encontrar? – inquiriu o Benjamim.
- Bom, é um animal que paira a meia altura e por isso não deixa pegadas. É muito desconfiado e sentindo a presença humana, abriga-se e protege-se em troncos ocos das árvores. – elucidei eu.
O Benjamim estava entusiasmadíssimo. Estranhava que na Pampilhosa da Serra nunca tenha ouvido falar em gambuzinos.
- Isso não é admirar, disse-lhe eu. - Só há duas ou três zonas restritas no País onde eles existem. Uma delas é exactamente entre a margem norte do Rio Mondego e o Bairro. Ou seja, no Pinhal de Marrocos e zonas circundantes.
Combinámos que nessa mesma noite eu organizaria uma caçada, recomendando-lhe mais uma vez segredo absoluto , por causa da grave ilegalidade que isso representava. Eu sabia que o Benjamim era muito sensível a este argumento...
Chegado ao café do Silva, combinei com o Vitor Soares, o Feliciano, o Calado e o Zeca Mestre e por volta da meia-noite fomos buscar o Benjamim a casa, partindo todos em direcção ao pinhal de Marrocos. Démos-lhe um saco de serapilheira e munimo-nos de paus e latas, instrumentos indispensáveis à caçada.
Logo ao fundo da Quinta das Flores, escolhemos uma oliveira com um tronco oco e dissemos em surdina ao Benjamim para ele colocar a boca do saco no buraco da oliveira.
- O gambuzino vai sair por aí. Quando ele entrar para dentro do saco, fecha-lo e pronto...- explicou-lhe um de nós com voz sussurrada.
- Nós vamos afugentá-lo fazendo barulho com os paus a bater nas latas, para ele entrar na toca da árvore, no caso de andar cá por fora.
- Certifica-te que o bocal do saco de serapilheira tapa completamente a toca da árvore ouviste? O gambuzino é muito esperto e se deixas uma abertura, por pequena que seja, ele escapa-se! Fomos batendo os paus e gradualmente fomo-nos afastando.
Sentámo-nos ao cimo da escadaria da R. Pedro Álvares Cabral, medindo o tempo que duraria a paciência do Benjamim.Enfim, podia ter sido pior...
Mesmo assim, demorou duas horas a compreender o logro. Só o vimos subir a escadaria esbaforido e ameaçando-nos por volta das duas da manhã.
Rui Felício

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

AGRADECIMENTO


Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, A FAMILIA DO POMBALINHO solicita que transmitamos a todos quantos manifestaram pesar pelo seu falecimento, através de mensagens e acompanhento do funeral até ao cemitério, o seu profundo agradecimento.

marcadores. Pombalinho

PINHAL DE MARROCOS-QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ!

Reforçando a postagem do Rui Pato sobre a Zona da Boavista nos anos de 1977, mostrando a diferença paisagística com a que actualmente se vê, sobretudo no que diz respeito ao PINHAL DE MARROCOS, estas imagens são duma época mais longínqua, mas comum a mais do que uma geração!
Reportam-se talvez aos anos 50, 60 e 70, quando se fazia do Pinhal de Marrocos local de muitos divertimentos, principalmente junto à Quinta da Malavada!
Bailaricos, magustos ou simples passeios em grupo!
Muitas aventuras e estórias engraçadas já foram narradas passadas não só no Pinhal de Marrocos, como também na zona que nesse tempo se chamava a Quinta das Flores!
Talvez ainda alguma ainda esteja por contar!





...........................................BAILARICO - PINHAL DE MARROCOS
Reconhecem-se:
Fernando Peres dançando com a São Umbelino(nunca mais despegaram...);
a Milita Ferreira á esquerda escondendo o par...
o Rui Bento, com mais atenção á foto que ao par...
a Teresa Bento, á direita a esconder a cara do par...para não se comprometer...
......................MAGUSTO - PINHAL DE MARROCOS - QUINTA DA MALAVADAPausa no Magusto...Por aqui recnhecem-se: Jó Moutinho,Raúl Vieira(Chocolate),Rui Umbelino, Isabel Soares, Isabel Pimenta(?), Clara Umbelino, Milita, Celeste Maria, D. Rosa, Amadeu Vinhas(?)Marili(?),São Umbelino... e mais, quem souber que diga!
Texto e fotos de Rafael

marcadores:Pinhal de Marrocos

DECANOS DO NOSSO BAIRRO!



NOME: VIRGÍLIO NOGUEIRA DE CARVALHO
IDADE: faltam 6…(sic) 02-03-1916
MORADA: Rua Engenheiro Canto Resende (antiga rua B)
REFORMADO como funcionário da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra….já lá vão 29 anos!
CASADO COM Dona CECÍLIA DIAS CARVALHO, nascida a 27-12- 1919 – irmã de Manuel Dias(já falecido),pai do Nini e do Nando(já falecido)
APOSENTADA das Telecomunicações de Portugal, hoje PT.
FAMILIA: dois filhos-Jorge casado com a Gina Faustino e Eduardo casado com a Graça Couceiro, 3 netos – Guilherme, Pedro e Marta e um Bisneto - Afonso.
Foi deslocado da Alta sendo dos primeiros moradores do Bairro.
Lembra a boa relação que tinha com os vizinhos, como o Sr António Oliveira e D. Maria Augusta( pais da Elsinha), Sr Matos e esposa Dona Maria, Sr Abílio Soares-D.Mariana, Sr Santos e D.Adelaide …entre outros!
Recentemente foi com muita pena que este casal ficou sem a companhia, como vizinhos, o Luís Garção e sua irmã Celeste e que moravam na casa do Virgolino.

SÓCIO DO CENTRO NORTON DE MATOS COM O Nº 17
Frequentador assíduo da sala de convívio e jogos sendo exímio jogador do KING!
Foi jogador de BILHAR e desta sua actividade desportiva tem várias medalhas!
Actualmente só raramente pratica, mas é um espectador atento quando o CNM actua nos diversos torneios ou campeonato nacional!
Nunca exerceu nenhum cargo directivo no CNM , no entanto “ fui convidado pelo meu sobrinho Carlos Dias-Nini-na altura em que foi Presidente do CNM, para desempenhar uma função extra corpos directivos , a que poderei chamar de “apaziguador de conflitos”! Surgiam por vezes conflitos na sala de convívio, normalmente de pouca importância e que resolvia facilmente. Apenas um foi mais complicado!
Depois de várias diligências o conflito terminou com um “aperto de mão” e não foi participado à Direcção!

CAMONEANOS- Grupo de amigos fundado no dia de Camões no ano de 1953, conforme respectiva acta!Orgulho-me de ter pertencido ao Grupo dos “Camoneanos”, cuja alma principal foi o saudoso RAUL PINTO!, afirma O Sr Virgílio
A história da Fundação do GRUPO "OS CAMONEANOS", poderá ser consultada num livro, religiosamente guardado pelo Sr. Virgilio de Carvalho, e no qual estão relatados os passos fundamentais que foram dados para a sua fundação
GALERIA DE FOTOS
LINDO CASAL... NO BONITO JARDIM DA SUA VIVENDA!
FOTO DE FAMILIA na Comemoração das Bodas de Ouro- 05-10-1996
Mais uma lição de bem jogar o King...e as cartas destribuidas ajudem!

Compamheiros: Dr José Paulino Rocha, Nini França e Alberto Pinheiro Assistente Mauricio Beltrão

Como observador do jogo de King...neste dia chegou atrasado...
Demonstração de que não se esquece o "ESTILO"....
Demonstrando ao Mário Rui que ainda dá "umas tacadas"....

CAMONEANOS
Da esquerda para a direita, em pé:António Quaresma(sob ressalva); Sabino de Carvalho;Raúl Pinto; Gastão; João Silva; Amaro Pinto;Renato Santos, Armando Ferreira. Em baixo:Zé Pontes; Amadeu Vinhas; Abilio Soares; Carlos Gomes Mais alguns nomes terão pertencido a este grupo, como Jorge de Almeida, Jorge Baptista, Torreira da Silva e talvez outros . O Sr Virgilio de Carvalho terá aderido mais tarde e deste grupo fundador ainda estão entre nós:Armando Ferreira, Mário Reis e...Virgílo de Carvalho!

Texto e fotos de F. Rafael e Virgílio Carvalho e utilização de arquivo pessoal de Rafael

marcadores: Decanos BNM

DUAS VIDAS, UM DESTINO ...

" ...uma corda convida a puxar o fio ..."
Neste meu cirandar de mais de vinte anos por terras da Beira Baixa, fui conhecendo muitas pessoas e lugares. Das planícies áridas de Alcains e da Idanha, ao imponente porte da Serra da Estrela, tenho visto de tudo um pouco deste Portugal profundo. E se por um lado a atracção da Serra traz até ao interior do País muitos turistas, as zonas fronteiriças ancoraram no tempo. São paragens desertificadas, onde reside uma população muito envelhecida, que convive dia a dia de braço dado com a solidão.
Também eu, por vezes, padeço desse mal. Da janela do meu escritório olho a paisagem ressequida nestes dia de Verão, e mal vejo o casario por entre as vagas ondulantes de calor.
Sento-me então ao computador e partilho convosco um pouco deste meu modesto caderno de viagem.
Começamos o percurso na aldeia da Póvoa de Rio de Moinhos. Aldeia airosa, com um bonito e bem cuidado jardim, e uma igreja matriz do século XIX, em perfeito estado de conservação.
Por uma estrada estreita e íngreme, em mau estado, rumamos a Tinalhas. A meio do caminho, do lado esquerdo da estrada, um enorme terreiro. É aí que se realizam as Festas de Nossa Senhora da Encarnação. Festa de origem popular, tinha, antigamente, como momento alto, o lançamento de tropas pára-quedistas, por deferência da Força Aérea.
Falar de Tinalhas é falar de uma povoação com casas senhoriais e de uma banda de música que, em tempos distantes, era das mais conhecidas de Portugal. Como curiosidade, o facto de aqui se venerar a Rainha Santa Isabel, padroeira da cidade de Coimbra. No terreno da festa, existe uma pequena e singela capela, onde, em altar dourado, uma réplica da imagem do escultor Teixeira Lopes aparece em destaque, com o seu manto rosa e de semblante sereno.
Sete quilómetros á frente, viramos à esquerda e entramos por uma rua estreita na Aldeia de Freixial do Campo. A rua, como vos disse, é tão acanhada que mal cabe um carro. De um lado e do outro, alinha-se o casario escuro e granítico. Sentadas às portas, de negro vestidas e lenço na cabeça, as mulheres da aldeia, na sua esmagadora maioria muito idosas, acenam-me ao ver-me passar, e realço aqui a “Ti Ana”, com os seus quase noventa anos, de rosto envelhecido e sorriso de menina. Move-se com dificuldade amparada a um pau, vergada pelo peso dos anos e de uma vida de labuta no amanho das terras e na educação dos filhos. Falo-lhe no conforto de uma bengala. Replica-me que aquele cajado há-de acompanhá-la até ao fim da vida.
Paro então o carro no pequeno largo da povoação. O jorrar da água límpida de uma pequena fonte, contrasta como silêncio da aldeia. Dirijo-me então à taberna dos Morgados. A estreita porta de ferro está fechada. Uma corda a sair por um pequeno buraco convida a puxar o fio. É então que a porta se abre. Lá dentro, um espaço exíguo. Um pequeno balcão em forma de “L”. E dois irmãos. Francisco Morgado e João Morgado. O Francisco é um homem alto, com um boné castanho que sempre lhe vi na cabeça e que lhe descai sobre os olhos. O João é de média estatura, e tem uma triste particulariedade - é invisual.
Surpreendentemente, é ele que está ao balcão e atende os fregueses. Serve copos de vinho, e recebe o dinheiro que conhece pelo tacto. Depois lava os copos com destreza, vira-se para mim e estende-me a mão. Percebo que me reconhece pela voz…
- Senhor Pereira, como está?...vai um copinho…
- Não, João … pode ser uma água fresca…sem gás….
A taberna tem de tudo e funciona também como mercearia. Por uma porta, entra-se noutro compartimento. É a desorganização organizada. Pacotes de arroz, massa e açucar , misturam-se com pantufas, baldes, escadotes, rações para animais, regadores , vasos de plástico, camisas para homem de colarinho aprumado, e brinquedos para crianças que já não existem…
E o João Morgado lá deambula por entre os balcões, trazendo o que lhe é pedido, como se não arrastasse consigo aquela desgraça desde a nascença…
O Rosa e o Semião, de copo de vinho pousado sobre o balcão, juntam-se agora à conversa. Falam do aterro sanitário que quiseram fazer junto à aldeia e em jeito de desabafo dizem-me:
- O senhor Pereira já viu os “figurões”!?....queriam envenenar a água e destruir os nossos poços…vieram para aí uns tipos bem - falantes, todos engravatados, para uma sessão de esclarecimento, era tudo sorrisos, pensavam que lá por sermos da aldeia somos parvos…olhe até o sino tocou a rebate, teve que vir a Guarda Republicana...coitados, estavam entre dois fogos…por um lado cumpriam ordens…por outro eram amigos e conhecidos cá do povo…também não queria estar-lhes na pele…
O Rosa vai ouvindo, acenando afirmativamente com a cabeça, enquanto espanta uma mosca varejeira que lhe pousa na testa. É então que o Francisco Morgado, que de braços cruzados assiste à conversa em silêncio, se mune de um velho jornal que dobra em três partes e vai seguindo com os olhos a trajectória da mosca. De repente, sinto uma pancada seca no meu ombro. Viro-me então, e vejo no chão de cimento, em aflitivo rodopio, o animal alado agonizante. E o Morgado com o jornal na mão em forma de cacete, a dizer-me com voz triunfante:
- Óh Senhor Pereira… matei-a !!!
Despeço-me então daquela “sociedade”. E dos irmãos Morgado. Sempre tive, e tenho, uma enorme simpatia e respeito por eles. Amáveis, de uma educação irrepreensível, tomam conta do negócio que vem de geração em geração. O Francisco, vítima de doença neurológica, cedo abandonou a sua profissão, refugiando-se na taberna que também lhe pertence. O João, nunca frequentou os bancos do liceu, nem os anfiteatros da universidade. Tem apenas e só, a escola amarga da vida. E é nesta simbiose de afectos, nesta fraternidade cúmplice que os une, que exercem com dignidade a profissão que lhes foi legada pelos seus antepassados: … taberneiros…
Dois irmãos, duas vidas, um destino…
Quito Pereira (2OO8)

San'Tiago Sons da Alma - Mundo Incerto

ZONA DA BOAVISTA-COIMBRA 1977-2010-DIFERENÇAS!



Desde 1977 que vivo na Rua Verde Pinho.
Da parte de trás da minha casa, a vista foi sempre a da encosta poente do Pinhal de Marrocos, a Zona da Boavista e o vale do Mondego junto à Lapa.
Veja-se a diferença entre as fotografias que fiz em 1977 e a que fiz hoje, ambas tirada nas traseiras da casa da
Verde Pinho.
Avalie-se o caos urbanístico desta zona, um verdadeiro "manual daquilo que não se deve fazer", onde os terrenos passaram de rurais a urbanos, com a especulação que se imagina, com gente que amealhou ilegalmente fortunas neste negócio e com a cumplicidade dos diversos governos autárquicos.
E veja-se a completa destruição de toda esta zona e do Pinhal de Marrocos e da Quinta da Boavista em 33 anos.

..................................................................1977
.................................................................2010

Texto e fotos: RUI PATO
marcadores: Zona Boavista-Coimbra

terça-feira, 28 de setembro de 2010

CARLOS PAREDES-ESPECTÁCULO GIL VICENTE-30-09



República Carlos Paredes 2010 Auditório
O espectáculo “República Carlos Paredes 2010” pretende manter a memória de Carlos Paredes, um dos expoentes máximos da Guitarra de Coimbra, ao longo da sua história, manter vivo o seu reportório e renová-lo através de trabalho inovador, despertando assim o interesse pela Guitarra de Coimbra. A iniciativa divulga, em simultâneo, diversos artistas de Coimbra que têm a oportunidade de “aparecer” num espectáculo de dimensão e indiscutível qualidade, conferindo através das suas abordagens musicais, um toque único e actual ao reportório de Carlos Paredes.

Elenco
Dança Lourenço Leitão Solo - Variações sobre Mudar deVida
Guitarra Clássica Pedro Jóia
Guitarras de Coimbra Ricardo Dias, Pedro Lopes, Bruno Costa, Ni Ferreirinha
Jazz Paulo Figueiredo, Paulo Salgado, Bruno Costa, Luís Oliveira e Luís Formiga

Apresentação Manuel Pires da Rocha (Director do Conservatório de Música de Coimbra)

Promoção, organização e Produção Lourenço Leitão/METAFORMAÇÕES
Duração aproximada 90 minutos
Espectáculo para M/3 anos

marcadores:Carlos Paredes

E ESTA, HEIN!




E ESTA, hein !Todos nos lembramos desta interrogação, colocada por um dos mais carismáticos jornalistas portugueses.Tenho a certeza que, se ele ainda por cá andasse, não se importaria de subscrever.Automóveis abandonados, há-os por todo o país. O Bairro não é excepção, a praga existe e não há que a ignorar. Os seus donos, farto deles, não estão com meias medidas. Porque já nada valem, nem para a sucata os querem, encontram a solução fácil : o abandono e a transformação da via pública em cemitério. Atitude criticável, fruto da falta de civismo e do egoísmo de quem quer ver o seu problema resolvido esquecendo, ou fingindo esquecer, que ao resolver o seu problema pessoal cria um problema colectivo.Nada de novo.Também não é novidade que as entidades com competência para resolver o problema, seja a PSP, seja a PM, não o fazem. Por indiferença, por falta de meios?Por desconhecimento da situação?Ora, é aqui que a "porca torce o rabo". No caso concreto que aqui vos trago, as entidades foram mais que alertadas para mais este abandono. Há meses que sabem que mais um calhambeque vai apodrecer na via pública, em plena R. Mousinho de Albuquerque, no BAIRRO !Mas o Bairro é, realmente, diferente. Há sempre alguém que reage...E, como podem ver, com um grande espírito critico mas também com um grande espírito de humor.Eu achei piada, e tiro o meu chapéu a quem se deu ao trabalho de combater a indiferença.
Texto: Carlos Viana
Foto: Tonito Dias
marcadores: carros abandonados

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Açucenas


Açucenas
Sei de um pequeno pedaço de terra na serra da Lousã onde nascem açucenas. Ao lado há um bosque que convida a intimidades. Será que os líquenes sobre as pedras ainda guardam a ternura dos teus dedos? Será que o vento ainda viaja pela serra com as nossas palavras? Lembro-me que pegaste numa açucena e a puseste no cabelo a lembrar-me que os amantes são sempre ingénuos e gostam de lugares-comuns. Não fora o peso do Tempo e sentiria ainda o mesmo calor, apesar do vento frio que anunciava o Inverno prestes a chegar. Porque pesa o Tempo? Porque murcham as açucenas?

Manuel Bastos

in "Cacimbo"

DECANOS DO NOSSO BAIRRO!


DECANOS do nosso Bairro será uma despretensiosa “rubrica” que gostaria de ir publicando, dando a conhecer como bem merecem, alguns de nossos amigos, que desde a inauguração do nosso Bairro e nalguns casos até mesmo ainda antes, se tornaram figuras de relevo, quer em actividades associativas ou até simplesmente pela convivência com os mais novos e referências de uma vida recheada de bons exemplos e que granjearam ao longo de muitos anos a simpatia e a amizade de sucessiva gerações!
O sucesso desta rubrica dependerá da disponibilidade que possa obter dos amigos que vá contactando e recolher depoimentos sobre a sua actividade profissional, actividades associativas, estórias interessantes que foram acontecendo ao longo de uma vida, felizmente bem longa!
A 1ª a publicar de imediato será do nosso querido Amigo VIRGÍLIO NOGUEIRA DE CARVALHO!


marcadores: DECANOS

SERÁ PARA MENÇÃO HONROSA?

Lindas...a Lena Morgado e a Titá!

Emolduradas em CRISTAL!

-incluída na reportagem da Rota dos Açores.

-foi tirada numa loja "ATLANTIS" em Ponta Delgada.

-O fotógrafo estava na rua..."os modelos" dentro da loja
!

Autor da foto: amador devidamente identificado

marcadores: fotos

FEIRA DAS NOZES EM PENELA


Feira de São Miguel - XVIII FAGRIP
1433 marca o ano em que a Feira de São Miguel - mais conhecida por Feira das Nozes - foi criada por ordem de D. Duarte, em resposta a um pedido do seu irmão D. Pedro.

Feira de São Miguel - XVIII FAGRIP
24/09/2010 a 29/09/2010
As Festas do Concelho de Penela, com a ancestral Feira de São Miguel (Feira das Nozes) e a contemporânea FAGRIP - Feira Agrícola, Comercial e Industrial, que decorrerão de 24 a 29 de Setembro próximos, constituem um momento único de afirmação da vitalidade social, económica e cultural do território de Penela.
A música, o teatro, a animação de rua, as exposições e a gastronomia com as tasquinhas e os produtos endógenos do concelho, como tema central, são os pratos fortes da programação.
Este ano a autarquia continua a aposta na inovação das Festas de São Miguel, tornando-as mais atractivas e mais dinâmicas...
Este ano aas Feira têm como novidade o associar a realização da V edição da Feira dos Produtos Endógenos e Gastronomia, como forma de preservação das tradições locais e de promoção do orgulho penelense nas suas tradições, na sua gastronomia, na sua riqueza etnográfica e na sua identidade cultural.
Os visitantes desta feira poderão ficar a conhecer não só os recursos naturais, culturais e económicos da região, como também desfrutar dos sabores do Sicó e do Pinhal Interior Norte,
tais como o cabrito, o Azeite do Sicó, a aguardente de medronho, o vinho Terras de Sicó, o queijo DOP Rabaçal, o Mel DOP Serra da Lousã, a Broa Cumieira, o Chícharo - uma leguminosa de sequeiro e, obviamente, das tradicionais cebolas e da omnipresente noz.
NOVO
NOZES VÃO TER CASA PRÓPRIA



Fonte: Net, Região do Castelo e Diário "As Beiras"


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domingo, 26 de setembro de 2010

LAUDO PERICIAL

Em Goiana,cidade no interior de Pernambuco,o delegado registrava a queixa de uma moça que se dizia deflorada pelo namorado.
Na ausência de médico na cidade,pediu um laudo,por escrito,a uma parteira afamada da região,para anexar ao processo.
Eis o laudo proferido pela professional:
Eu,Maria Francisca da Conceição,parteira oficial do destrito de Jenipapo,declaro para o bem do meu ofício que,examinando os baixos fudentórios de Maria das Mercedes,constatei manchas arrôxicadas na altura da críca,que para mim,ou foi supapo de rola ou solavanco de pica.
É verdade e dou fé.
Ficamos a saber o que é um "laudo"!

CALHAU

O DITO
Estúdio da ultima geração.
Coisa moderna.
Tonito.



sábado, 25 de setembro de 2010

ANIVERSÁRIO


OLGA RODRIGUES VIANA


25-09-1946 / 25-09-2010
64 ANOS
"ENCONTRO DE GERAÇÕES"
DESEJA FELIZ ANIVERSÁRIO
Um pouco sobre a Olga:
Chegou ao nosso Bairro em 1950 com 4 aninhos
para a então rua J, hoje Mouzinho de Albuquerque.
Actualmente reside na Rua Pedro Álvares Cabral.
Casada com o Carlos Viana.
Tem um casal de filhos e dois netos!
Profissionalmente foi funcionária bancária, estando já reformada.
OLGA NO GEG em 2008

Em Santo Tirso em casa da Ana Maria e do Henrique...delirando com a interpretação do "Coro dos Matulões" na interpretação da conhecida canção "É Natal, é Natal"!

Nas manhãs do Samambaia...

marcadores: Aniversários

ROTA DOS AÇORES

Foi com grande expectativa que iniciamos no dia 24 a nossa viagem aos Açores, mais propriamente à Ilha de S. Miguel, para concretizar a tão ansiada ROTA DOS AÇORES.
Esta expectativa após a nossa chegada e até ao dia de regresso a 24, foi amplamente excedida, quer pelas visitas aos locais mais emblemáticos, quer pelas magníficas paisagens que pudemos disfrutar, ainda pela gastronomia de que sobressai o "cozido" nas FURNAS e os "mariscos", mas sobretudo pela excelente organização com que os nossos amigos Lau, Mima e Zé Eloy Moniz, sempre bem dispostos, nos proporcionaram!
Os casais Celeste Maria/Rafael, Tó Quaresma/Maria José, Nandita/António Canelas, Fernando Morgado/Lena Morgado, Ana Maria Roque/Galileu Franco e Jaime Quresma/Titá,
agradecem todas as atençõesque nos foram dispensadas!
BEM HAJAM!
Na chegada ao aeroporto de Ponta Delgada.

Recebidos peloLau, Zé Eloy e Mima..e pelo Pedro, filho do casal Mima e Zé Eloy
Um apertado abraço entre as amigas Ana Maria Roque e Mima...

Uma foto de grupo, e o mapa de ilha...
Uma igreja de arquitectura inconfundivel dos Açores...

Uma das diversas variedades de flores que vão aparecendo ao longo do ano.
Estas com o nome de "meninas à escola", pois começam a florir ao longo dos caminhos em Outubro...quando os alunos iniciavam as aulas...
No restaurante MARISSERRA escolheu-se este vinho que bem conhecemos!!!!
Aqui uma homenagem ao nosso amigo Cândido Ferreira!
Como fui eu que escolhi o vinho...a saúde foi feita com "URRA"!
Um aspecto do almoço no restaurante Marisserra

Uma foto do grupo na fábrica de Chás...verde, preto, etc GORREANA!
O Quito não foi esquecido...e os pacotes de chá verde para a sua elegância!

Esta queda de água é meia natural e meia artificial, pois de uma pequena queda de água fizeram uma queda de água muito bonita com muita quantidade de água, pois fizeram convergir para ela algumas ribeiras...
Sempre e sempre as flores à beira dos caminhos e nos muitos jardins sempre muitos cuidados!
Aqui são dálias...

...e mais flores... estas são hortenses
..vigiando as vacas..."sem cornos", pois para que o cálcio dos ossos dos chifres se concentrem no leite, são impedidosde nascer untando-os com um ácido...

... O PATRÃO desta Jornada Maravilhosa aos Açores!!!!
Foi inexcedível!
Tudo bem programado, exigente com os horários, mas sempre bem disposto!
....água quentinha e com enxôfre!
Faz bem a tudo!
...e dá para brincar...
...uma das caldeiras,
água bem quente sempre a brotar..

Restaurante "Estalagem do Milenium"
..o Galileu Franco e a sua arte de contar anedotas, Lau e Nini-filha do casal Fátima e Zé Eloy.
Toca a vestir os fatos de banho...e para dentro desta piscina com água bem quente e sulfurosa!!!


Lindas...a Lena Morgado e a Titá! Emolduradas em cristal!!!!
Na Praça Principal - As PORTAS DA ILHA - em Ponta Delgada!

Mesmo a "preço do ouro"...o vício!!!!
Já na despedida no aeroporto:os anfitriões responsáveis por esta ROTA!:Pedro, Mima, Zé Eloy Moniz e Lau!
Os ananases oferta do Casal Moniz e produzidos nas suas estufas!

FOTO FINAL com as t´shirt´s oferecicas pelo Lau e Mima, com o desenho de vaquinhas e
"ROTA DOS AÇORES"

uma magnifica "paisagem"!
Lagoa das "SETE CIDADES" uma das "Sete Maravilhas de Portugal"


O postal com ....
...... A MENSAGEM FINAL DE DESPEDIDA!

E NÓS DIZEMOS: OBRIGADOS A ESTES AMIGOS!
LAU - MIMA -ZÉ ELOY - PEDRO e restante FAMÍLIA!
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